• Bill •
- Como eu disse, Emily... - termino de fumar e apago o cigarro no cinzeiro do balcão - O suicídio não parece uma má ideia.
- Bill, não pode desistir dessa forma, muitas coisas boas ainda vão acontecer, você é jovem. - a detetive tenta me encorajar.
- É disso que eu tenho medo, só acontece desgraça na minha vida. Primeiro, meus pais faleceram, perdi tudo e fui preso acusado de tê-los matado, em seguida o verdadeiro culpado foi revelado, ok, isso foi justo. Depois, Daisy some e é supostamente sequestrada, uma ex-namorada de anos atrás caiu da minha varanda e morreu. Como vou ter forças pra prosseguir dessa maneira?
- Imagino a dor que está sentindo. - ela passou a mão no meu ombro - Olha só pra você, é um lutador.
"Lutador", têm pior colocação que essa?
- Acho que precisa de óculos, eu estou acabado, mal durmo e me alimento, sou um poço de cocaína e whisky.
- Não pode beber e usar drogas a cada coisa ruim que acontece, Bill.
- Eu já tenho esse vício e ele se tornou uma fonte de escape dessa realidade dolorosa.
Dá pra perceber que estou me esforçando para passar a imagem de alguém depressivo, essa vadia têm que acreditar que eu mal tenho forças para levantar da cama, quem dirá sequestrar alguém.
- Vai superar essa fase, acredito em você.
- Obrigado pelo apoio, Emily. Eu raramente tenho alguém com quem contar, uma amiga para desabafar...
- pago pela dose ao garçom e levanto, Emily me acompanha para fora do bar.É tarde da noite, por volta das onze horas, nós entramos em um beco para pegar meu carro estacionado do outro lado, porém fomos surpreendidos por dois assaltantes.
- Passa a bolsa, sua vagabunda! - o cara de balaclava cinza exclamou.
- É isso aí, dá logo essa porra! - o outro de capuz apontou a faca para Emily.
- Não fala com ela desse jeito! - empurrei o da balaclava para trás e o outro me atingiu com a faca no abdômen.
Os dois saíram correndo na hora, foi um acontecimento, vamos se dizer, caótico.
- Bill, você tá bem? - ela pergunta assustada.
- Não, me leva para o hospital... Meu carro tá no final da rua... - minha fala saí em grunhido, contenho o sangue escorrendo da ferida com a mão - Você fica.. No volante.
Se eu fui responsável em armar essa cena somente para detetive pensar que eu sou tipo um herói por ter levado uma facada no lugar dela? O quê posso dizer? Situações extremas, exigem medidas extremas. Parece loucura ter pago dois criminosos para me dar uma facada e fingir um assalto, porém a lâmina não perfurou tanto, fez parte do acordo, valerá a pena.
Ok... Não foi tão superficial como pensava, essa merda tá ardendo pra caralho e não parou de sangrar o caminho inteiro! Minha visão começou ficar turva andando pelos corredores do hospital, eu tô chapado de tanta dor.
- Sr. Skarsgârd, consegue me ouvir? - pergunta a enfermeira de cabelo... Azul?
- Acho que sim... - respondo, enxergando tudo embaçado.
Odeio ser dopado por estranhos, não importa se é uma médica.
- A minha namorada foi sequestrada... - digo com a fala mais arrastada que um mendigo bêbado, em pequenos apagões, perco a noção do tempo e da própria consciência.

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𝐓𝐎𝐗𝐈𝐂 • 𝐁𝐢𝐥𝐥 𝐒𝐤𝐚𝐫𝐬𝐠𝐚̂𝐫𝐝
FanfictionBill Skarsgârd é um jovem problemático que perdeu a riqueza da noite para o dia; seus pais morreram e não o deixaram nenhuma herança, por ser viciado em drogas acabam lhe considerando irresponsável para comandar os negócios da família. Durante esse...