7 • Medo

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Bill

— Te sequestrar foi mais fácil do que eu pensei. — me abaixo para recolher as polaroid's do chão, organizando na minha mão, guardo no bolso de trás da calça.

— Por quê fez isso?

— Sério que nenhum motivo passa pela sua cabecinha oca? — perguntei.

— Não, eu... Estou muito confusa.

— Vou resumir em uma palavra; dinheiro.

— Então, me sequestrou porquê quer dinheiro?

— Um milhão de dólares para ser mais exato. Esse deve ser um bom preço por você, não acha?

— Isso não pode tá acontecendo... — Daisy balançou a cabeça em negação — Todas as coisas que a Mary falou, ela me alertou sobre você e eu não quis acreditar. Como pôde me enganar desse jeito, Bill? Eu tirei você da cadeia, te defendi o máximo que eu pude!

— Vamos ver... — fingi pensar por dois segundos — Ah, já sei! Vou explicar direitinho; eu disse coisas clichês das quais você precisava ouvir, como por exemplo; “Oh, Daisy! Você é diferente das outras garotas” — afinei a voz, zombando das aspas — “Não sei o quê seria de mim sem você”. E a frase que amoleceu seu coração; “Eu te amo”. Quando na realidade... — soltei um riso — Você não é diferente, muito menos especial. É só mais uma garota burra que confiou no primeiro a te tratar minimamente bem.

— Você nunca me amou... — ela susurrou perplexa, quase que para si mesma.

— Claro que não. Eu só disse aquilo por puro desespero, tinha que te convencer a me livrar da prisão, fazer você acreditar que estava fazendo a coisa certa.

— Como pode dizer que me ama sem sentir nada? — sua fala mal saí, soluçando ao chorar como um bebê.

— Não sei porquê está tão surpresa, as pessoas mentem o tempo todo, pelo menos agora estou dizendo a verdade.

— Então, você quem causou a morte dos seus pais?

— É... Fui eu. — confesso — Olha, não me entenda mal, eu não queria que meu pai tivesse morrido, só a minha mãe. Acreditei que ele iria se salvar porquê usa cinto de segurança e o carro tinha airbags, acontece que os airbags falharam e nada ocorreu como planejado.

Daisy não parava de choramingar, olhando para o chão sem piscar, talvez esse comportamento seja o quê chamam estado de choque.

— Alô? — estalo os dedos e ela finalmente "acorda" — Eu vou te apresentar para os meus amiguinhos, tá legal?

— Têm mais pessoas aqui além de nós dois? — ela pergunta, transparecendo um certo fundo de esperança, tornando a situação cômica, assim como sua maquiagem borrada

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— Têm mais pessoas aqui além de nós dois? — ela pergunta, transparecendo um certo fundo de esperança, tornando a situação cômica, assim como sua maquiagem borrada.

— Espera aí. — respondo e me dirijo para o cômodo do quarto, onde ela ficará após a ilustre apresentação, pego a maleta grande de couro debaixo da cama e retorno para sala.

𝐓𝐎𝐗𝐈𝐂 • 𝐁𝐢𝐥𝐥 𝐒𝐤𝐚𝐫𝐬𝐠𝐚̂𝐫𝐝Onde histórias criam vida. Descubra agora