• Bill •
Quem é vivo sempre aparece, mas não por muito tempo... Samantha poderia ter evitado terminar espatifada igual uma melancia podre na calçada, se tivesse escolhido continuar com aquela vida pacata. Espero que Mary esteja se sentindo culpada e triste pela sua morte, porquê eu, estou me contendo para não rir nessa delegacia.
— Você fez de propósito, seu desgraçado! Você matou ela! — Mary gritou, vindo para cima de mim, os policiais vieram conter a situação.
— Se acalme, Srta. Durand. — disse um deles.
— A varanda estava em reforma, Samantha pisou em falso e caiu, eu tentei segurar o braço dela, achei que seria como na ficção, onde é possível salvar com facilidade... Se aquilo tivesse sido uma cena de filme, com certeza foi a cena onde o homem aranha tenta salvar a Gwen. — como quem segura para não chorar, engulo a saliva.
Leonardo Dicaprio que se cuide, porquê eu sou um ator incrível, claro que nem todos sabem apreciar puro talento e Mary não acreditou nem um pouco na minha encenação. Bom, a aprovação necessária no momento eu garanti, os policiais acreditaram no meu depoimento e confirmaram com o zelador do prédio que a varanda realmente estava com o piso quebrado, contou sobre os inquilinos que morreram anteriormente da mesma forma que a Samantha, tudo não passou de um trágico acidente. O velhote ainda terá que me devolver o dinheiro do depósito.
— Eu vou sair do apartamento essa semana, melhor morar em um lugar tranquilo, são três mortes em um ano, confesso que estou assustado! — disse ao guarda que falava comigo.
Presto atenção de relance para ver se Mary abria a boca para polícia sobre o sequestro, ficamos nos encarando na distância, conversando por olhares.
Achei que tinha me livrado de encrenca... E inesperadamente, após me embreagar em comemoração, virei saco de pancadas para três traficantes, levei tanto soco no estômago, que vomitei todo o whisky que havia tomado.
— Se você não pagar a dívida em três dias, vai ganhar uma bala na sua cabeça, playboy!
Merda... Como eu faço para levantar desse chão duro? Acho que vou ficar jogado nesse beco e esperar minha morte.
Quer saber? Você não consegue admirar a beleza através das nuvens quando está sangrando, não tive forças para gritar e xinguei mentalmente o quanto o céu é estupidamente azul e seu criador cruelmente egoísta.
Levantei depois de uns vinte minutos, não sei muito bem, meus órgãos estão doendo demais, eu nem sei como aguentei entrar no carro e digirir para Louisiana.
Ao chegar, saí do carro e entrei em casa quase me arrastando, destranquei a porta do quarto, terminando por trancar pelo lado de dentro, guardei a chave no bolso da calça.
— O quê aconteceu com você? — perguntou Daisy.
— Nem... Queira saber. — deitei na cama, procurando uma posição que diminuísse a dor — Eu tô fodido, Daisy.
— A polícia está vindo me resgatar?
— O quê? Não! Eu tô devendo uma grana para um traficante já faz algum tempo, se eu não pagá-lo em três dias, vão literalmente me matar, o que você está vendo é a amostra grátis.
— Têm caixa de primeiros- socorros?
— Tenho, tá na segunda gaveta do armário.
Eu fechei os olhos à beira de um desmaio, enxergando Daisy de forma embaçada segurando um comprimido em uma mão e um copo d'água na outra.
— Bebe.
Fiz o que ela disse e sono veio rápidamente, eu não estou acostumado a apagar tão fácil, abri as pálpebras algumas vezes no automático, pronto para o ataque, fico aliviado ao ver que era só a Daisy fazendo um curativo no meu rosto.

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𝐓𝐎𝐗𝐈𝐂 • 𝐁𝐢𝐥𝐥 𝐒𝐤𝐚𝐫𝐬𝐠𝐚̂𝐫𝐝
FanfictionBill Skarsgârd é um jovem problemático que perdeu a riqueza da noite para o dia; seus pais morreram e não o deixaram nenhuma herança, por ser viciado em drogas acabam lhe considerando irresponsável para comandar os negócios da família. Durante esse...