10 • Deja vu

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• Samantha •

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Samantha

“Um dia de cada vez”, disse Sra. Green. Desde que terminei meu namoro com o Bill, não tenho a capacidade para me relacionar com outro homem, qualquer tom de voz que aumentassem seria o bastante para eu desistir. Existem pessoas que se curam de relacionamentos tóxicos em quatro anos, já completou esse tempo, gostaria de acordar um dia e ter esquecido tudo.

Após a sessão de terapia, voltei para meu apartamento, moro sozinha com Garfield, meu gatinho laranja. Coloquei ração no seu pote e água limpinha.

Não esperava por visita hoje, na verdade nunca espero, levo um estilo de vida totalmente antissocial.

— Samantha, sou eu, Mary.

Olhei pela câmera de segurança, sua inquietude e preocupação fizeram eu abrir a porta, ela me abraçou, achei esquisito, faz anos que não nos víamos.

— O quê houve?

— Eu estou desesperada, Samantha. Desculpa vir sem avisar.

— Tudo bem, eu só... Deixa pra lá. Conta o quê aconteceu.

— A Daisy foi sequestrada, recebemos essa carta ontem, dá uma olhada nisso. — ela abriu o envelope da mão e me mostrou polaroid's da sua irmã desmaiada e presa a uma cadeira.

— Meu Deus... — disse chocada — Já informaram a polícia?

— Esse é o problema, o desgraçado enviou uma carta dizendo que caso a gente conte para polícia, ele mata a Daisy.

— Existe algum suspeito? — perguntei.

— É ai que você entra, Samantha. O meu suspeito é o Bill.

— Está falando sério?

— Eu avisei para Daisy não se envolver com ele, mas ela não quis escutar. Só preciso de uma confissão, Samantha, me ajuda nessa.

— E-eu não posso.

— Por favor, esse desgraçado deveria estar na cadeia desde a época do colégio. Você conhece o Bill, pode conseguir uma confissão dele, se tivermos a certeza, ele será preso.

[...]

Parte de mim não queria aceitar, mas outra parte precisava superar esse medo de uma vez por todas.

Mary descobriu o endereço do apartamento do Bill, eu subi o elevador, conversando com Mary a todo momento por ligação até chegar no décimo andar. Saí em passos lentos, desliguei a ligação e guardei o celular na bolsa. Parei frente a sua porta, me sentindo extremamente tensa, aperto a campainha.

𝐓𝐎𝐗𝐈𝐂 • 𝐁𝐢𝐥𝐥 𝐒𝐤𝐚𝐫𝐬𝐠𝐚̂𝐫𝐝Onde histórias criam vida. Descubra agora