07| Você não tem escolha.

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Jason Drew Lancaster.

Aquela vagabunda ia me dar muito trabalho, espero que me traga lucros também.

Minha parte intima ainda doia pra caralho.

"Você ta me levando pra onde?" Perguntou Samantha nervosa. "Eu vou pular do carro!" Ameaçou.

"Pro seu novo presídio. Ah é? Vai pular? Boa sorte, cuidado pra algum caminhoneiro não passar por cima de você." Debochei. Destravei a porta do carro, dando liberdade para ela pular.

Quando ela ia abrindo a porta um carro passou rapidamente, deixando-a assim com medo.

"Acho.. Melhor eu ficar aqui mesmo." Gaguejou.

"Você não tem escolha."

Chegamos na minha casa, os seguranças abriram o enorme portão. Olhei para a garota ao meu lado do banco, ela estava extasiada, admirada com a mansão que estava a sua frente.

"Você mora aqui?" Perguntou.

"Sim." Sorri.

Pedi para Carmen, a governanta mostra-lhe o seu quarto.

Eu tinha muita papelada para resolver, não só papeladas como muitas coisas.

"Carmen." Chamei-a.

"Sim, senhor."

"Fique de olho na garota, não deixe-a sair, tenho umas coisas para resolver, não sei a que horas volto."

"Tudo bem senhor, mais alguma coisa?"

"Não, pode ir."

Carmen era minha governanta desde muito tempo. Minha mãe Elizabeth não morava comigo, ela não gostava de todos os esquemas que eu comandava, em um tempo havia ficado muito perigoso para ela continuar em Atlanta, então comprei uma casa em um dos melhores condomínio de Nova Iorque.

Meu pai, não tem muito o que contar, só que ele não é contra e até aceita meus esquemas, todo ano ele ta com uma mulher diferente, a única que ele realmente amou foi a minha mãe, que durou 14 anos.

Fui interrompido por meus devaneios com o meu celular tocando.

Ligação on.

- Fala Zé ruela. - disse.

- Já estamos todos aqui parceiro. Que história é essa que você comprou uma mina? É gostosa? - perguntou Zayn, um dos meus amigos e parceiros pro crime.

- Daqui a pouco chego. Já viu teu patrão comprar algo que não é comestível ou gostoso? - me gabei.

- Claro que não, tu tem bom gosto - gargalhou - Não demora pra vim, ainda quero passar na boate do Jackson.

- A mina veio de lá, aposto que tu já comeu, pau no cu. To chegando, os caras já estão fazendo alguma coisa? - perguntei pegando a chave do carro.

- Devo ter comido mesmo. Tão fazendo o trabalho deles.

- To chegando.

- Beleza.

Ligação off.

Desliguei e assim que as portas da mansão se abriram, sai de lá cantando pneu.

Samantha Moore.

A mansão era extremamente grande, cada cômodo que eu passava ficava mais admirada, quem escolheu cada móvel dali tinha realmente bom gosto.

Carmen a governanta me levou para um quarto, perfeito, caramba eu tinha um quarto. Pode até parecer besteira, mais eu tinha um quarto, eu nunca tive um quarto, sempre vivi em uma cela pequena onde só tinha um colchão e um lençol, um pequeno espelho e roupas por todo o chão. Se Spencer estivesse aqui, aposto que estaria louca.

Um segurança veio deixar as "minhas" malas, Carmen pediu para mim não sair do quarto.

Tirei as coisas da mala para organizar no closet, tinha cada conjuntinho de roupa linda.

Avistei uma porta e abri, era um enorme banheiro. Eu realmente estava cansada, estava exausta. Tomei um banho e peguei uma das roupas para vestir.

Fui em direção a porta do quarto, estava aberta, ufa! Senti um alívio, estava tão extasiada por ser tudo novo que nem me toquei no porque de esta tudo novo.

Eu tinha sido vendida para um dos homens mais perigosos de Atlanta, confere. E esse tal homem me odiava provavelmente, confere. Eu fui idiota e provoquei a ira de um dos homens mais perigosos, confere. E talvez eu tivesse só essa oportunidade para fugir, confere.

Carmen me disse que seu chefe havia saído, deduzi que Jason era seu chefe. Já era a noite e a chuva caia fortemente, eu não conhecia a casa direito, pra falar a verdade eu nem conheci a casa.

Avistei a cozinha, uau, era enorme. Abri algumas gavetas e achei uma faca de mesa, peguei-a, vai que eu precise dela.

Olhei para o portão de onde havia entrado, tinha uns cinco seguranças vagando por ali por fora, havia mais seguranças dentro.

Andei em direção aos seguranças que estava na porta.

"Quem é você?" Perguntou um deles.

"Uma das garotas do Jason." Pensei rápido. Sorri maliciosamente.

"Uma das vagabundas você quer dizer?" Falou o mesmo que havia perguntado.

"Isso." Disse rápida.

"Não sabia que o patrão tinha trago uma das vagabundas para cá sem ele estar presente. Estranho." Ele e um dos rapazes se entreolharam.

"Já terminei meu expediente, a não ser que vocês queiram que eu alongue?" Sorri maliciosamente colocando minhas mãos em cima do tórax de um deles.

"Acho melhor não, patrão não ia gostar." Um deles disse.

"Pode passar vadia." O mais alto disse, abrindo assim o enorme portão.

Ufa! Isso foi mais fácil do que eu imagina.

Eu não sabia onde eu estava, não fazia idéia para onde ir, já estava escuro, a chuva caia sobre meu corpo, cada trovão que soava era um susto, meu coração batia a mais de mil.

Corri. Já havia corrido uns quatro quarteirões, estava morrendo de frio.

Avistei um farol, o carro estava encostando na calçada andando bem devagar, buzinou uma vez, depois duas, na terceira sai correndo.

Será que era o Jason? Se fosse, posso considerar-me uma pessoa morta.

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