Eu estava literalmente morta de cansada. Minha cabeça doía, a claridade invadia a luz do quarto fazendo assim com que minha cabeça doesse mais.
Levantei meio bamba e fui em direção ao banheiro, tomei um banho demorado, olhei em direção ao espelho do banheiro e eu estava cheia de hematomas, daqui algumas semanas isso deverá sair. Vesti-me uma das roupas que tinha no guarda-roupa e penteei meus cabelos molhados.
Sorri ao lembrar da madrugada passada.
Fui em direção a porta do quarto na esperança de estar aberta e estava trancada, bufei, eu estava com muita fome, como vou avisar a alguém que estou com fome? Ou será que serei castigada por ontem mais cedo e me deixarão com fome igual faziam na droga daquela boate?
Fui em direção a cama para arruma-lá e avistei um bilhete na cabeceira da cômoda.
"Samantha, adorei a noite de ontem, preciso levar você mais vezes para "testar" o motor do meu carro e ver se é potente ou não, ontem a noite foi, Muito potente, espero que seja assim sempre. Você estará trancada até segunda ordem, estou evitando de você se meter em confusão, Carmen irá vir ao seu quarto de uma em uma hora, caso precise de algo, peça a ela.
Beijos, Jason."Sorri ao ler o bilhete. Espero que Carmen venha logo ao quarto, preciso pedir comida ou terei um desmaio, sou muito fraca em relação a saúde.
Arrumei a cama e sentei entediada, depois de alguns minutos escuto a zoada da porta sendo aberta e dou graças a Deus por ver a bandeja que Carmen carregava na mão com várias comidas.
"Está com fome menina Samantha?" Carmen perguntou entrando ao quarto colocando a bandeja em cima da cama e voltando para trancar a porta. Sorri comigo mesma ao ver sua preocupação como se eu fosse dar um surto para fugir dali.
"Sim, muita fome." Olhei-a que estava me encarando. "Não precisa trancar a porta, não irei fugir. " sorri um pouco sem jeito.
"Senhor Jason disse para ter cuidado com você menina, disse que você é terrível e que tentaria fugir. Ele arranca meu pescoço se eu deixar você fugir mais uma vez." Ela riu.
"Não precisa se preocupar, dona Carmen, não irei fazer nada e nem tentar fugir. Desculpa se dei algum problema a você por ter fugido, juro que não foi minha intenção."
"Sem o dona, por favor, só Carmen."
"Senta e come comigo." Bati na cama para ela sentar ao meu lado. Carmen recusou com a cabeça. "Senta ou tentarei fugir." Ameacei sorrindo.
"Acho melhor eu sentar-me então." Sorrimos.
"Você é o que de Jason?" Perguntei quebrando o silêncio que havia ficado no quarto.
"Apenas governanta. Trabalho para o senhor Jason a mais de quinze anos, sou amiga de sua mãe, estudávamos juntas na escola, quando mais precisei ela me estendeu a mão, Jason diz que sou como sua segunda mãe. Quando a senhora Elizabeth foi morar onde mora agora, ela se desesperou, não queria deixar seu filho sozinho aqui, então pediu para ficar-me, então fiquei."
"Você é praticamente da família Carmen."
"E você menina?"
"O que tem eu?" Perguntei pegando um morango que tinha naquela enorme bandeja.
"Qual a sua história? Como veio parar aqui?" Perguntou enquanto mexia em uma das mexas do meu cabelo.
"Eu não tenho uma história."
"Mais é claro que tem, minha menina, todos temos histórias, se não, não estaríamos aqui hoje."
"A minha é um pouco complicada." Sorri meio sem jeito. "Não é história para dormir, não é conto de fadas, está mais para um pesadelo."
VOCÊ ESTÁ LENDO
Tráfico
Romance"Eu quero nós. Mais nós. Grudados. Enrolados. Amarrados. jogados no tapete da sala. Nós que não atam nem desatam. eu quero pouco e quero mais. Quero você. Quero eu. Quero seu beijo. Quero seu cheiro. Quero aquele olhar que não cansa.”