08| Ajoelha e reza, filho da puta.

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"Psiu." Ouvi o homem que estava no carro gritar.

Corri rapidamente, pra completar taquei o meu pé na calçada e acabei caindo gemendo de dor.

Olhei rapidamente na direção do carro, pude ver só a sombra do homem, não dava para ver o seu rosto, ele estava perto, a rua estava praticamente deserta, a chuva aumentava a cada instante e meu medo estava a cem porcento por hora.

"Você não ouvi eu lhe chamar?" Disse o desconhecido.

"Não, quem é você?" Minha voz saiu tremula.

"Seu sonho ou seu pesadelo." Sorriu se agachando perto de mim. "Quer uma carona?" Perguntou me avaliando de cima a baixo.

"Não, meu pai está chegando, obrigada" Menti.

Ele se aproximou mais, pude ver o seu rosto, seu olhos era pretos, ele tinha por rumo de uns 48 anos por aí, não era bonito e nem feio.

O desconhecido tocou em minhas pernas, gemi de dor.

"Venha eu ajudo você." Ele esticou as mãos para que eu pegasse, peguei e levantei com um pouco de cuidado.

"Obrigada." Levantei e virei-me para ir para qualquer lugar que fosse, aquele homem me assustava de um jeito que eu não sabia explicar.

Senti os meus cabelos sendo puxados com força.

"Pra onde pensa que vai mocinha?" Perguntou sorrindo.

"Me solta. Eu não penso, eu vou! Embora." Disse fria, tentando tirar as mãos dele do meu cabelo.

"Você não vai para lugar nenhum,sua vadia."

Puxou os meus cabelos e segurou o meu braço com força e foi me levando em direção ao seu carro, tentei me soltar várias vezes porém foi em vão.

Ele abriu a porta de trás do seu carro rapidamente, eu me debatia sobre o branco, estava toda encharcada e com muito frio.

"Me solta." Gritei e consegui chutar suas pernas, fazendo assim quase cair.

"Vadia cala a boca ou eu te mato." Disse o homem rasgando a minha blusa com sua mão. "Belos peitos" disse enquanto olhava em direção aos meus seios, ele tentou tirar o sutiã, lembrei que havia trago uma faca da casa de Jason.

Estava no meu bolso. Peguei-a com um pouco de dificuldade e apontei em sua direção.

"Vou te cortar se você não parar." Tentei parecer o mais ameaçadora possível, minha voz saiu tremula.

Ele riu.

"Você não tem forças o suficiente sua tola."

Passei a faca por seu braço, cortou um pouco. Ele puxou a faca da minha mão muito rápida, me dando em seguida um soco no rosto. Fazendo o meu nariz sangrar.

"Sua vadia, isso é pra você aprender a não tentar me cortar."

Ele sorriu maliciosamente. Desabotoou o meu short e o tirou, me deixando assim só de calcinha e sutiã. Eu estava com um baita frio e um baita medo.

O homem apontava a faca com uma de suas mãos para a minha cabeça e a outra desabotoava a sua calça.

Ele abaixou sua calça com um pouco de dificuldade, tentei chuta-lo porém ele me deu outro soco no rosto, fazendo doer mais que o primeiro.

Ele se aproximou de mim, já com a calça abaixada. O homem apertou os meus seios e mordia seu lábio inferior, ele abaixou sua cueca..

"Que porra ta acontecendo aqui?" Ouvi uma voz perguntar.

"Nada, só to com a minha mina." Disse o homem.

"Socorro." Gritei.

"Que voz é essa?" Perguntou.

"Só a minha mina se masturbando cara." Disse o homem querendo parecer relaxado.

"Socorro." Gritei mais alto dessa vez.

O homem da tal voz empurrou o cara que estava querendo me estrupar, e por um momento um único momento eu estava feliz por ver o rosto dele, nossos olhares se cruzaram e eu dei graças a Deus por ele ter me achado.

"Eu divido a vagabundo com você cara, se você quiser, deixa eu terminar de comer minha mina em paz." Disse o homem.

"Acontece filho da puta, que essa mina não é tua, é minha!" Disse Jason.

"Mais eu vi ela primeiro." Disse o homem.

"Foi você que fez isso nela?" Perguntou Jason apontando para o meu rosto.

"Foi, a vagabunda não queria se aquietar." Disse o homem.

Jason se aproximou dele e deu um soco na sua cara, em seguida o derrubou no chão dando chutes em suas costas.

"Tu sabe rezar filho da puta?" Perguntou Jason.

"Sei." Gaguejou o homem já chorando.

"Ajoelha." Ordenou. Jason colocou a mão em suas costas e puxou um arma.

"Mais.." Gaguejou o homem mais uma vez.

"Ajoelha agora porra." Gritou Jason. "Samantha, pro carro, agora!" Ordenou e eu obedeci.

Pude ouvir a ultima coisa que ele disse.

"Ajoelha e reza, filho da puta."

TráficoOnde histórias criam vida. Descubra agora