Capítulo 21

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Arrumo Theresa na cama, toco seus cabelos vendo ela suspirar.

— Dorme comigo? — disse me olhando.

— Durmo. — beijei sua bochecha antes de me deitar ao seu lado abraçando ela de lado, suas mãos entrelaçadas nas minhas apertando meus dedos.

Beijei seus cabelos sentindo seu cheiro. Assim que chegamos a ajudei a tomar banho e a se vestir, escovei seus cabelos os deixando solto para secarem naturalmente. Eu já fiz isso com minhas irmãs quando as mesmas estavam doentes ou minha mãe ficava doente e eu tinha que cuidar dos meninos sozinho.

Reprimir um pequeno gemido de dor que estava sentindo no meu joelho apenas de lembra o quão era ruim cuidar deles quando eu também estava mal. Sai da cama quando Thess já estava dormindo, suspirei saindo e indo até o closet. Suspirei fundo olhando para o teto, tirei minha gravata sentindo meu corpo começar a suar, suspirei ficando em pé andando até o closet, me encostei no batente, olhei para Thess na cama a vendo dormi tranquilamente. Tirei meu terno indo até a parede que está lisa sem nada, virei ela um pouco vendo a mesma abrir, entrei vendo as máquinas de tratamento, suspirei fundo.

Puta que pariu, isso doía tanto.

Fui até a cômoda abrindo a gaveta mais acabei derrubando tudo, me sentei ao chão pegando o pote de remédio e engolindo um. Odiava quando coisas do passado me faziam refletir, me fazia ter uma crise psicológica, eu desejava sempre que nunca tivesse nascido assim. 

Peguei uma seringa com líquido dentro, peguei a tesoura rasgando minha calça e aplicado ao meu joelho.

— Dom? Geovanni? — escutei a voz de Thess. Ela não deveria está acordada. Porra, ela não podia me ver assim, no estado mais deplorável da minha vida.

Antes que eu pudesse me levantar, vi ela entrando confusa na sala secreta. Suspirei sentindo uma dor imensa no meu joelho e no resto da perna, gemi de dor sentir o suor cair escorregando pelo meu rosto.

— Geovanni? — ela me olhou assustada, em passos devagar ela começou a andar até mim.

— Não chega perto. — mumurei, gemi outra vez de dor sentindo latejar. Thess ficou ao meu lado me olhando.

— O que tá acontecendo? — indagou me olhando assustada com os olhos cheios de lágrimas, ela olhou para minha perna observando as cicatrizes, acho que ela nunca as notou de fato. — Você se machucou? — ela soltou um som frustada enquanto as lágrimas caíram, Thes pegou o celular que estava caído, mais antes que ela ligasse para a emergência não deixei tomando da sua mão. — Por que nao me diz o que está acontecendo? Você está suando e sua perna está tremendo. — falou com a voz chorosa enquanto seu rosto ficava vermelho e as lágrimas desciam. Nunca tinha visto ela chorar assim.

— Me deixe em paz. — mumurei com dificuldade, soltei um gemido quando meu músculo doeu. — Não é algo que alguém possa curar

— Por que você está agindo assim? Podemos ir ao médico. — mumurou tentando me ajudar, mas ela nao podia fazer força, seus pontos poderiam estourar. — Vamos, eu te ajudo. — ela, porém ela chorou quando eu apenas não quis, toquei sua mão devagar.

— Theresa, por favor...— eu nao me lembrava da última vez que tinha pedido tal coisa á alguém. Ela me olhou triste, vi ela passa suas mãos no rosto. Toquei seu rosto antes dela sai fechando a parede falsa devagar.

Suspirei fundo vendo minha perna tremer como se tivesse vida própria, aquilo doía tanto, não me lembro dessa doe gigantesca quando criança. Soltei um grito enquanto peguei o pote de remédio, quatro comprimidos vinheram na minha mão, suspirei fundo e tomei de novo. Ainda gemendo com a dor puxei a bolsa com mais seringas, todas caindo ao chão, peguei uma aplicando na minha pele. Talvez um dia poderia parar, mas esse dia está a longe.

Marcas Esmeralda. - Saga Marcas 1. Onde histórias criam vida. Descubra agora