Marcas Esmeralda. - Saga Marcas 1.

Capítulo 20

Coloco Thess sobre a maca vendo ela desacordada.

— O que aconteceu? — a enfermeira perguntou.

— Um salto no restaurante, ela acabou sendo baleada. — Joe respondeu rápido. Tentei acompanhar eles mais a enfermeira me parou.

— O senhor não pode entrar. — vi eles levarem ela para dentro da sala.

— Acho bom vocês tratarem ela direito, se ela morrer a culpa vai ser completamente de vocês. — mumurei a olhando, a mulher ficou assustada e entrou também. Assim que me virei vi o sangue em minhas mãos. Olhei Lara cima vendo Luigi apoiado nos joelhos.

— Meu Deus, nunca corri tanto. — disse. Suspirei fundo me sentei na cadeira sentindo meu joelho e toda minha perna doer como se tivesse tendo uma caimbra.

Joe me olhou desconfiado enquanto suspirei fundo tentando manter minha máscara impecável e inabalável. Mirko trouxe um copo de água para mim, me forcei a beber. Puta merda, maldito restaurante.

— Descobriram quem foi? — indaguei, Luigi sentou ao meu lado

— Pegamos dois caras e filmagens do local. — Vi Joe sair de perto indo até a recepção, assim que voltou com uma prancheta me entrou.

— Precisa prencher. — acenei começando a colocar os dados pedidos na folha. Irritado, com raiva e frustada por toda essa demora esfreguei minha nuca sentindo que cada vez mais Theresa estava perto da morte. Se ela morresse quem fez isso iria pagar com a vida e todos ao redor.

Depois de horas o doutor saiu.

— Parentes de Theresa Bokosvik? — chamou e eu fiquei em pé. — O Sr é...?

— Marido. Como ela está?

— Estável, em um coma induzido por conta das grandes doses de anestesia. Tiramos as duas balas, não atingiu nada, por algum milagre, ela só precisa de um pouco de doação de sangue, por enquanto estamos esperando bolsa de sangue. — disse. — O tipo dela é O-

— Eu sou O+. — mumurei o olhando.

— Vai doar? — acenei. Ele era burro? Óbvio que eu doaria meu sangue para minha mulher. Que idiota estúpido. — Preciso que troque de roupa e prepararmos tudo para tirar o sangue. — acenei. Me virei para Joe.

— Arrume alguma roupa para mim. — me virei para Luigi e Mirko. — Avisem as duas famílias que está tudo bem, e segurei os dois que vocês pegaram e tentem tirar informações úteis.

— Okay. — Luigi mumurou é saiu com Mirko. Joe também saiu para pegar roupa para mim.

O doutor me levou até aonde Theresa estava. Parecia que não poderia acontecer, mais podia sentir o sentimento de tristeza por vê-la entubada com um aqueles fios ligados nela.

Ah, minha coelhinha inofensiva estava mal e ferida.

...

Lavo minhas maos saindo do banheiro e me sento na poltrona ao lado de Theresa, a enfermeira colocou a agulha no meu braço, apertei minha mão, vi o sangue subir para a bolsa de sangue em seguida caindo diretamente na sua bolsa de sangue.

— Vou trazer algo para o Sr comer. — a mulher saiu em seguida, encostei minha cabeça na poltrona observando Thess deitada naquela cama.

Pálida, sem vida, sem cor. Não parecia a minha Thess, sorridente linda, cheia de vida que sempre costumava ver quando chegar em  casa depois de um dia estressante no escritório. Vi a sua aliança sobre o vestido na cômoda e o peguei colocando em seu dedo.

Por alguns segundos pensei em dormi, mais não queria deixá-la desprotegida mesmo com quatro seguranças, mais o Joe, lá fora. 

A enfermeira trouxe algo para comer, porém não estava com muita fome. Apenas bebe a água e por um tempo fiquei encarando a janela de vidro, minutos depois começou a chover, olhei o relógio vendo que eram 00:30. Se tivéssemos feito o jantar na casa da minha mãe nada disso estaria acontecendo, não era culpa da Theresa, ela não sabia que teria alguém querendo me atingir.