Capítulo 8

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Esse show foi diferente de todos os outros shows que já havia ido pelo simples motivo de que, eu não havia comprado um ingresso e simplesmente me programado pra fazer parte dele lá embaixo, no meio de todos os fãs eufóricos como eu, dessa vez eu havia sido convidada e além do mais vim no mesmo avião das gêmea e o detalhe mais importante: Estou dividindo um quarto com a Maiara.

Diz se não é pra surtar? Eu tô tentando demais manter a pose e não surtar a cada segundo que minha mente me avisa o motivo deu estar tão longe de casa em um show que eu nem se quer havia cogitado a possibilidade de vir.

A euforia de está com todos na grade gritando feito doida pra que elas de alguma forma nos note é incrível, mas tenho que confessar que assistir ao show em cima do palco, ao lado do Bruno é ainda melhor. Apesar de todas as zoeiras que ainda tenho que ouvir, o dia inteiro foi assim, então acabou que me acostumei com tudo.

Esse é aquele momento do show em que faz a Maraisa brilhar ainda mais. Ela está prestes a começar a contar a sua primeira música solo, e eu não consigo deixar de pensar em como minha amiga estaria surtando agora se estivesse aqui.

Eu a entenderia, pois estou prestes a surtar ao ver a Maiara vindo em minha direção.

Respira, respira! Repito algumas vezes em minha mente, apesar de ter passado mais tempo com ela do que eu imaginei passar a minha vida toda, eu ainda não me acostumei com isso. Ter ela tão acessível assim pra mim.

— Você tá gostando? - Ela diz em um sussurro próximo ao meu ouvido.

— De você? - A olho e dou risada.

Ela me olha e sorri de volta.

— De estar aqui, do show, de viajar comigo..

Ela para em minha frente e coloca sua mão em minha cintura. Não está perto o suficiente pra eu sentir sua respiração, mas também não está longe o suficiente pra que eu não consiga sentir o seu cheiro.

— Um sonho,mal consigo acreditar!

Nesse meio tempo o Bruno acaba retocando sua maquiagem até que a Maraisa finaliza suas músicas e a Maiara precisa voltar pro palco.

Ela deposita um beijo em meu rosto e se vira pra olhar pro Bruno novamente.

— Não pegue tanto no pé dela. - Ela da um sorrio e ele apenas concorda.

Ela segue até a Maraisa e da continuidade ao show. Não faltava muito pra que elas finalizassem o mesmo.

Chegou o momento dancinha e diferente dos outros, eu simplesmente não consegui ficar tranquila. Eu tenho noção do quanto esse momento é esperado pelos fãs, assim como camarim. Mas agora pra mim é diferente, ver algumas meninas agindo com tanta intimidade pro lado da Maiara acaba me fazendo sentir ciúmes e eu me xingo toda vez que sinto isso.

Entendo que não tem o que eu faça pra mudar o que eu sinto por ela, ainda agora que passamos mais tempo juntas do que já passamos um dia. E olha que eu já era doida por ela sem ter contato algum, a não ser vídeos e músicas.

Eu prefiro não prestar mais tanta atenção assim no que estava acontecendo. Eu poderia sentir ciúmes, mas não teria direito algum de falar sobre, afinal, não temos nada que nos de essa liberdade de dizer que fulano passou do limite ou coisa do tipo.

Tudo bem que vocês podem está pensando agora: Alem de não ter nada com a Maiara ainda tá julgando algo que acabou favorecendo ela quando participou. Não é sobre a dancinha ou qualquer contato que ela possa ter com os fãs. Isso não me incomoda!

Show finalizado e seguimos direto pro camarim. Estranho entrar no mesmo e não ser pela porta que os fãs costumam entrar, eu havia acabado de descer do palco e me sentado numa poltrona que tem encostada na parede. As gêmea logo começará o atendimento e diferente das outras vezes eu só ficarei aqui olhando, a admirando e esperando a hora de voltarmos pro nosso quarto.

Elas atendem os fãs, tiram fotos, gravam vídeos, da entrevistas e entre uma pausa e outro só vejo a Maiara olhar pro meu lado e sorri.

Eu já desisti de tentar me fazer não se apaixonar ainda mais por ela, pois cheguei a conclusão que isso será impossível. Eu simplesmente aceitei que, se isso não der certo eu vou sofrer, mas sofrerei realizado por ter a oportunidade de viver algo que eu julgava ser impossível.

— Linda.. - Ela diz chamando minha atenção.

- Oi. - Dou um sorriso.

— Te chamei algumas vezes mas parecia está em outro planeta. - Ela da uma leva risada. — Tá cansada? Quer voltar pro hotel ou quer estender a noite?

— Eu é que deveria perguntar se você está cansada. Mas, eu vou pra onde você for, não precisa se preocupar comigo.

— Tem certeza? Eu já estou acostumada com essa vida agitada.

— Certeza!

— Ok. Tem um barzinho de um amigo nosso na cidade, ele havia nos convidado então vamos pra lá

Apenas concordo com a cabeça e em seguida levantamos e saímos junto com o pessoal em direção da van que estava nos aguardando.

Não demorou muito pra que chegássemos no tal bar. Descemos da van e logo de cara a fachada era incrível, bem iluminada. Entramos no local e era diferente de tudo que eu já havia visto. Um local incrivelmente aconchegante, com uma decoração impecável e um pequeno palco mais ao fundo que já estava rola do música ao vivo.

Mal entramos e já fomos direcionada a um lugar mais reservado, não era bem uma área vip, mas era um pouco mais afastado de todo mundo. Ficava próximo do bar, pois acredito que ele saiba que as gêmeas gostam pouco de beber.

Nos acomodamos e pedimos algumas bebidas. Eu logo me sentei no sofá que havia ali e em seguida a Maiara fez o mesmo se sentando ao meu lado.

Sinto sua mão repousar sobre a minha coxa e fico surpresa, eu sei que ela é sempre muito carinhosa, mas acho que talvez ser fotografada com alguém que jamais foi visto em outro lugar, poderia levantar suspeita que talvez ela não quisesse no momento.

Bebemos uns três drinks com o pessoal até que a Maiara segura em minha mão e sai praticamente me arrastando até a pista de dança.

Maiara como sempre usa toda a sua sensualidade na dança, não tem como não pensar em tudo que já havíamos feito e nesse momento desejar arrastar ela pro banheiro e fazer tudo de novo

— Por que você me olha assim? - Ela diz próximo do meu ouvido.

— Você sabe o motivo.. - Seguro em sua cintura e grudo seu corpo ao meu.

— Você sabe que aqui é muito mais fácil das pessoas verem né?

— E você se incomoda?

— Eu sou solteira, não devo nada a ninguém! - Ela diz olhando em meus olhos.

— Por pouco tempo! - Sussurro.

— O que você disse? - Ela me olha como se não entendesse direito o que eu havia dito.

— Nada de importante!

— Hm. - Ela faz uma pausa e me olha. — Acho que essa conversa já durou demais.

— Concordo!

Levo minha mão até sua nuca e a puxo pra mais perto grudando nossos lábios. Eles mal se encostam e já sinto sua língua pedir passagem. Concedo e nos beijamos como em todas as vezes, com intensidade, desejo e entrega.

Seus braços se apoiam em meus ombros enquanto uma de minhas mãos aperta sua cintura e a outra segura em sua nuca.

O mundo sempre parece acontecer em câmera lenta quando estamos nos beijando e acredito que isso nunca mudará.

Finalizamos o beijo e ficamos ali mais alguns minutos no nosso mundo até resolvermos nos juntar ao pessoal. Assim que retornamos percebemos todos os  olhares se voltar a nos.

— Irmã! - Maraisa diz surpresa.

— Não começa, irmã. - Ela diz dando um pequeno sorriso. — Não é nada demais!

— Só fiquei surpresa, mas já desconfiava. - Ela sorri e olha pra mim. — Cuidado com o golpe, hein.

— Tomarei. - Falo sorrindo.

Tomarei o que? Cuidado é que não é, pois se esse golpe realmente existir eu já caí nele inúmeras vezes e no momento eu não pretendo parar.

Quando as coisas acontecem. - Maiara e SN. Onde histórias criam vida. Descubra agora