Capítulo 30

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Depois de ter visto a Maiara e a Luísa na parte da tarde, apesar de querer muito ficar em casa resolvi vir pra balada. Nada melhor do que afogar as mágoas bebendo e dançando com alguma amigos.

Já era de madrugada, já fazia algumas horas que estávamos aqui, eu já havia dançando mais do que qualquer coisa e tudo que eu queria era ir ao banheiro.

Aviso meus amigos e saio em direção do banheiro, logo chego e entro. Faço o que tinha que fazer e saio pra lavar a mão. Me olho no espelho e fico ali alguns segundos até ouvir a porta do banheiro ser aberta. Não dou muita atenção. Até ver alguém se aproximando e parando ao meu lado.

— Podemos conversar?

— Aff! Você tá de brincadeira né? Não tenho tempo pra falar com você! - Me viro pra sair do banheiro.

— Me ouve! Cara, você não me dá abertura nenhuma pra falar com você.

— É que eu simplesmente não quero falar com você, Maiara. Você consegue entender isso? Já basta ter te visto acompanhada mais cedo. Meu, deixa eu viver a minha vida.

— Eu te amo!

— FODA-SE Maiara! Quando você me tinha não pensou duas vezes antes de pisar na bola e o pior de tudo parece continuar fazendo o que eu imagino que não tenha conseguido terminar aquela noite.

— EU NÃO ESTOU COM A LUISA!

— Você juro que eu vou acreditar depois de  ter visto vocês juntas? Conta outra Maiara.. tá me procurando aqui pra que? Tá me seguindo por acaso?

— Não! Te vi dançando com aquela menina sem querer. Já estava aqui com uns amigos..

— Aposto que a Luísa também deve está.

Ela me olha, abaixa a cabeça e apenas concorda. Eu dou uma risada sarcástica e a olho.

— Espero que esteja se divertindo e que aproveite muito com a Luísa. - Saio em direção da porta e viro pra olhá-la. — A E se eu fosse você não me observava na pista de dança, pois pode ver coisas que não vai te agradar. Caso você ainda se importe. - Dou um sorrio e mando um beijo no ar.

Saio dali e segui até a mesa onde está alguns dos meus amigos. Eu poderia pagar pra ela de superada ou que ela não me atingia tanto quando realmente atinge, mas no fundo tudo dentro de mim está destruído.

Toda e qualquer ação que eu fizer essa noite é toda e exclusivamente feita sem pensar e movida a raiva, ciúmes e mágoas. Eu não costumo ser assim, mas tudo que quero é que ela seja teimosa e me observa a noite toda e veja o estrago que farei.

Bebi mais do que devia, voltei a dançar assim que senti meus pés um pouco mais descansados.

Beijei a menina que passou praticamente quase a noite toda dançando comigo. Não vou negar que a maiara não saia da minha cabeça, mas sempre que me lembrava, automaticamente lembrava que a Luísa também estava ao seu lado.

Estou beijando a menina que estava ali dançando comigo, até que sinto alguém me segurar pelos braços e me arrasta pra longe dali.

— Por que tá me arrastando assim? - Ela me puxa pelo braço até o banheiro e tranca a porta. — O que você acha que tá fazendo?

— Por que você tá agindo assim, feito uma idiota?

— Por que você se importa? Não temos nada Maiara, eu sou solteira vou beijar quem eu quiser.

— Não tivemos essa conversa.

— E precisa? Você age como solteira sem estarmos. E se for por falta de falar, estou te falando agora, afinal, nem a aliança eu uso mais. - Levanto a mão direita e a mostro. — S-O-L-T-E-I-R-A Maiara.

Quando as coisas acontecem. - Maiara e SN. Onde histórias criam vida. Descubra agora