Bônus.

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O primeiro ano de casadas foram de total adaptação. Embora não precisasse de tantas, mas era diferente tê-la como minha mulher.

Saímos de lua de mel, fomos pra lugares incríveis, desde lugares quentes e com praias incríveis, a lugares mais frios e com neve. Juro que todos os dias que acordava e olhava pro lado e em meu dedo eu custava a acreditar que era real. Bom, tenho que confessar que tem algumas horas em meu dia que questiono ainda sem acreditar.

Ah, depois que voltamos de lua de mel que resolvemos ir atrás da nossa casa dos sonhos, pelo menos era os meus planos, mas a Maiara já havia deixado tudo preparado. Havia uma casa no condomínio onde ela morava que toda vez que passávamos por ela eu sempre fazia questão de dizer o quão linda eu a achava. Não sabia como ela era por dentro, mas por sua dimensão e fachada incrivelmente linda, eu sempre acreditei que dentro seria ainda melhor.

Sempre sonhei em ter aquelas casas dos filmes, com cozinha grande, piscina e todos os cômodos possíveis integrados entre si. Sempre gostei da liberdade que a casa trás.

Quando voltamos de viagem Maiara disse que tinha uma supresa pra mim. Mais surpresas além de todas que ela já havia feito durante toda a viagem. Eu nunca em toda a minha vida fui tão mimada como fui e continuo sendo por ela.

Eu na minha inocência imaginei que seria algo simples, afinal, ela já havia feito tudo que era possível e impossível durante as semanas que passamos longe. Mas, quando chegamos no condomínio que ela morava, ao invés de pararmos na onde costumava ser a sua casa, ela simplesmente continuo o caminho até parar em frente a casa que eu admirava e dizer que aquela era o nosso novo lar.

Ela é perfeita e não existe nada que prove o contrário disso. Ela é além do que um dia sonhei encontrar.

Os anos foram se passando, nosso primeiro ano, segundo, terceiro. Até que resolvemos ter um bebê, a casa e tudo a nossa volta pedia por esse passo. Estávamos na melhor fase, no melhor momento e tudo que queríamos era aumentar a nossa família.

Tentamos por meses, vários meses na esperança de ver um positivo. Maiara como sempre impaciente e a cada negativo que os testes de gravidez mostrava, era um pouco de sua esperança que ia embora.

Não vou negar que foram meses difíceis, nessa tentativa de engravidar a fez se sentir insegura e duvidar de sua capacidade de ser mão.

Inúmeras foram as noites em que ela passou chorando e eu tive que me manter forte pra não deixá-la ainda pior. Eu ficava frustrada mas não a cobrava de nada, sabia que ela estava dando o seu melhor e que no momento certo as coisas iriam acontecer e a verdade é que se não acontecesse daríamos um jeito. O sonho dela era ficar grávida, mas se não acontecesse eu aceitaria fazer isso, embora eu quisesse muito ver a minha mulher com um barrigão.

Ao todo tentamos por quase doze meses, quando sentamos e conversamos que já não iríamos tentar mais, pois ela estava ficando cada vez mais frustrada e triste. E então foi quando ela começou a passar muito mal, uns desejos estranhos apareceram até que o que tanto esperavamos também veio: O positivo!

Sabe aquela pequena luz no fim do túnel? Então, ela apareceu quando tudo estava mal. A frustração de tentar e sempre da de cara com a parede estava desgastando tudo que planejávamos, até que tudo começou a dar certo e a esperança voltou.

Os nove meses que se passaram foram um desafio pra mim. Maiara sempre foi emotiva demais, mas na gestação ela ficou cem vezes pior, tudo era extremo demais. A forma que eu falava, o jeito que eu a tratava, a forma que eu te tocava e até mesmo o tempo que passava ao seu lado. Se ela cismasse que algo estava errado ou ela brigava ou ela simplesmente ficava chorando pelos cantos. Eu e a Maraisa que o diga, pois quando ela enjoava de mim ela corria pra sua irmã.

Quando as coisas acontecem. - Maiara e SN. Onde histórias criam vida. Descubra agora