<𝑉𝑜𝑐𝑒̂𝑠 𝑠𝑎̃𝑜 𝑎 𝑐ℎ𝑎𝑣𝑒>

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𝐴𝑙𝑖𝑠𝑠𝑎 𝐷𝑎𝑚𝑜𝑛

-- Por que está aqui? - Wed me perguntou quando estávamos na janela do Xavier.

-- Mãozinha me disse que precisaria de ajuda. - Ela o fuzilou com os olhos. - E precisa mesmo, pelo jeito.

-- Só faça silêncio. - Assenti e abrir a janela com um pouco de esforço. Entramos e ela começou a vasculhar o lugar. Me mantive quieta sentada pensando em como seria melhor estar com o Tyler.

Escutei passos e puxei Wandinha pra debaixo da cama. Ele foi tomar banho e Wed desligou a luz, procurando digitais debaixo da antiga cama do Rowan.

Voltamos pra debaixo da cama assim que escutamos batidas na porta. Ele abriu a porta e puxou Bianca pra dentro, minha irmã suspirou baixinho, quase inaudível e revirei os olhos.

Somos duas patéticas.

Os dois discutiram e descobri o motivo do término deles, ele achava que ela tinha usado os poderes de sereia pra fisga-lo, mas ela jurava que não.

Vou contar tudo pra Enid depois.

Falaram sobre o Rowan ter tentado matar a Wed e a olhei, ela silabou que depois me contava. Revirei os olhos novamente, ela teria muito a explicar.

Ela falou sobre a Copa Poe e mordi o lábio, tenho que estar com a Enid.

...

Tomei um gole de sangue e voltei a andar pra lá e pra cá, Wed estava sentada na minha cama e tinha acabado de me explicar o que aconteceu.

-- Ele tentou jogar uma gárgula em você e você não se deu ao trabalho de me contar?! Poderia ter morrido Wanda, entende isso?! - Tomei o resto do sangue que desceu quente pela raiva e voltei a olhá-la.

-- Pelo menos seria uma morte criativa. - Ela disse com desdém e se levantou. - Eu vou embora, Enid me pediu pra entrar no time pela Copa Poe com ela. Yoko teve um ataque de alergia grave e está na infermaria.

-- Wed. - Fui até ela e a abracei meio sem jeito. Enid tinha me dito que fazia bem pras pessoas, por mais que fosse ridiculamente estranho. - Prometa que vai me procurar se precisar de mim.

-- Eu prometo Hazel, agora me larga.

Sorri pra ela e a mesma saiu pela janela. Ninguém usa porta nessa porra não?

...

Na manhã seguinte, Enid me fez vestir a roupa de gato pra Copa Poe. Verdade seja dita, eu fiquei muito gata nessa fantasia.

Encontrei minha irmã e mãozinha, eles me contaram o plano e senti orgulho dela. O plano não continha falhas mas precisaria de todo o nosso esforço.

Weems falou sobre como era tradição e blá blá blá, assim que o tiro de partida ecoou, remamos e saímos quase que na frente, se não fosse por Bianca no nosso pé.

...

Eu e Wed corremos até a cripta e assim que ela pegou na bandeira ela olhou pra cima, seus olhos ficaram opacos e percebi que ela estava em uma visão. Toquei seu braço e pude ver o que ela via.

"Nós estávamos ainda em frente a cripta, mas estava nublado, nos impossibilitando de ver muito longe. Logo uma loira, extremamente parecida com a Wanda apareceu com um livro na mão.

-- Vocês são a chave. - A estranha disse que minha tontura voltou com tudo me fazendo cair de joelhos."

...

Logo chegamos perto da margem, todos gritavam felizes e na minha cabeça só se passava a loira misteriosa. Logo nosso barco estava sendo empurrado de lado, nós remavamos rápido mas nada adiantava. Wednesday deu o sinal e Mãozinha pulou na água, logo estávamos de volta ao jogo.

Nós arranhamos com uma lança o barco da Bianca e chegamos a margem, como vencedoras. Todos vibravam e festejavam. 

...

Voltei pro meu quarto sem ir até a comemoração final. Eu precisava de sangue e minhas bolsas pro mês já haviam acabado.

Tomei um banho quase caindo, a tontura e a sede de sangue me fizeram não me atentar aos detalhes, vesti um shorts curto, uma blusa e uma rasteirinha.

Peguei a capa e sai de imediato, corri pela floresta e logo vi a casa dos Galpin. Entrei pela janela com muito esforço e acabei caindo, fazendo um estrondo.

Tyler veio até mim correndo e tirou meu capuz junto com a capa, ele olhou meu rosto e se assustou de leve. Olhei pro espelho do quarto e vi que estava transformada.

-- Alissa, o que aconteceu? - Ele me deitou na cama e pegou um copo d'água. O olhei. Será se ele não tem blusa não?

Ignorei a vontade de olhar pra baixo.

-- O sangue acabou. - Ele pareceu entender e andou pelo quarto, pensando em algo.

Minha tontura voltou com todas aquelas voltas e joguei a cabeça pra trás, pensando em que momento o loiro tirou minhas sandálias.

-- Ei, ei, ei. Não dorme não. - Ele puxou com cuidado minha cabeça e a deitou em seu colo, perigosamente perto de seu peito desnudo.

Fechei os olhos e o loiro me chacoalhou. Que tara é essa em me chacoalhar?

-- Aqui, toma. - Ele me levantou e me sentou em seu colo, de frente pra ele. - Toma Alissa.

-- Não. - Me neguei virando o rosto. Quando eu fico muito tempo sem me alimentar, fico descontrolada e não sei parar, eu o mataria.

-- Ali, eu confio em você. - Aquilo foi tudo que precisava. O olhei e o mesmo não parecia mentir.

Cravei minhas presas com urgência em sua jugular e suguei. De imediato minha tontura passou e deu lugar ao desejo de mais.

Senti minha cintura ser apertada com força. A excitação tomou conta e rebolei involuntariamente em seu colo, sentindo seu membro dar sinais de vida.

O aperto sessou e lembrei que poderia matá-lo assim. Tirei minhas presas a contragosto e lambi o local. Seu sangue tinha um gosto ácido e metálico, do melhor jeito possível.

Mordi meu pulso e coloquei em sua boca. Mesmo sendo um humano ele sugou como se precisasse daquilo. Senti minha intimidade ficar quente e a dele também.

Ele tirou aos poucos meu pulso dos lábios e a ferida cicatrizou de imediato. Tyler me encarava com luxúria e desejo e aquilo só me fez ficar mais excitada. Seus lábios sujos de sangue, entreabertos e convidativos. Me ajeitei em seu colo e ele ainda me encarava profundamente, ele aperto minha cintura e me fez me mover. Suspirei e ele sorriu satisfeito.

-- A quanto tempo não se alimentava? - Ele perguntou após um tempo.

-- Acho que desde de ontem. Desde o meu encontro com o Hyde e a ferida, tenho sentido mais vontade, mas a ferida não quer curar. - Continuamos naquela posição.

-- Deixa eu ver. - Ele não me deu tempo de resposta e levantou minha blusa. Não saia mais sangue mas insistia em ficar ali, normalmente não ficaria nem cicatriz.

Ele passou a mão direita dos lados e a outra continuava apertando, me deixando presa no lugar.

Ele voltou sua atenção pra mim e foi se aproximando. Ele arrumou meu cabelo e sorriu, logo colando seus lábios aos meus.

Ele adentrou sua língua e foi se movendo devagar até eu pegar o jeito. Suas mãos voltaram a me apertar de modo carinhoso e fofo. Ele se separou e limpei embaixo de seus lábios o sangue que ainda tinha.

-- Acho que gosto de sangue . - Ele brincou e riu baixinho.

-- Então somos dois.

...

Sᴛᴀʏ, Tyler Galpin (Sendo Reescrita)Onde histórias criam vida. Descubra agora