Capítulo 11

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▪︎ Jason ▪︎

Já tinham passado das seis da tarde quando consegui descansar um pouco. Oliver está passando por uma fusão com uma empresa bem grande e famosa daqui, mas não me contou os motivos disso.

Meu celular começou a tocar em cima da minha mesa e agradeci mentalmente por ser meu pai me ligando, mas fiquei um pouco cansado. Já sabia que se tratava de trabalho.

- Oi pai.

- Está muito ocupado?

- Agora não. Aconteceu alguma coisa?

- Um pequeno problema nos negócios, sabe. Tem como você vir para hoje? - Suspirei. Droga.

- Claro. Assim que sair daqui vou direto para casa, pai.

- Obrigado, meu filho.

Encerramos a conversa e eu me escorei na cadeira respirando fundo. Para começo de conversa, eu nem deveria estar metido nisso, mas.. aqui estou.

Uma batida na porta fez com que eu saísse dos meus pensamentos. A secretária pessoal de Oliver entrou exibindo um decote bem.. generoso, digamos assim.

- O sr. Fox me pediu para deixar esses papéis com você.

Quando a moça foi colocar as coisas em cima da mesa, seus peitos só não saíram para fora por ela estar usando um sutiã que, aliás, era vermelho vivo.

- Ok, muito obrigado. - Agradeci seco. - Pode se retirar agora.

Desde o meu primeiro dia aqui, essa mulher tenta jogar todo seu charme em cima de mim, porém, além dela não me atrair, não gosto de envolver trabalho com outros tipos de relação.

Organizei todas as minhas coisas e tranquei a sala. Fui diretamente para o elevador e já apertei logo o último andar que é o estacionamento.

Amália voltou a minha cabeça com tudo. Quando cheguei e vi ela cantando e se divertindo no seu trabalho, meu sorriso cresceu e minha vontade era de agarrá-la e guardá-la só para mim.

Sorri pensando nisso e, automaticamente, lembrei-me do nosso beijo. Não consigo deixar de pensar nisso um minuto sequer.

Entrei no meu carro e suspirei. Coloquei o cinto e liguei o rádio. Para minha surpresa, tocava "They dont care about us", a música que Amália estava cantando no café de manhã.

Aumentei o volume e liguei o carro. Abri o portão e saí cantarolando a música lembrando da sua dancinha. Apesar da música ter um grande significado, a batida dela é perfeita.

O trânsito de Nova York estava bastante agitado, mas não tanto quanto em datas comemorativas. Não demorou tanto assim para que eu chegasse na casa deles.

Chegando lá, coloquei o carro na garagem aberta e desliguei o rádio, que agora tocava uma música aleatória. Tranquei-o e entrei em casa.

Beijei minha mãe na testa e ela sorriu.

- Esqueci de perguntar hoje cedo, mas como estava Amália? Sempre que vou lá, temos altas conversas!

Um Acaso em Minha VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora