Grifinórios permanecem juntos.

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Fazia quase três dias desde sua saída quase graciosa do compartimento do trem e ela ainda estava se culpando por isso. Ela mal prestava atenção em Poções.

— Srta. Granger, como está indo sua poção?

— Está indo muito bem, professor. — Houve um brilho nos olhos de Slughorn.

— É por isso que você está segurando a Essência de Belladonna no ar por 10 minutos? — Ela podia sentir o sangue subindo para o rosto.

— Ah, sim. Desculpe por isso, professor.

— Não se preocupe querida, não se preocupe. Às vezes eu tenho minhas melhores ideias no meio da fermentação. — Ele piscou e foi para a próxima mesa. Melhores ideias, sua burra.

Se analisar cada movimento que ela fazia em torno de ameaças potenciais era uma de suas melhores ideias, ela temia ter passado o ano todo tendo-as. Mas Malfoy, qual era a jogada dele? Era ridículo o jeito que os olhos de Hemione o seguiam, arrastando os pés até o armário de poções.

Ele estava tentando ser gentil? E desde quando Malfoy faz outra coisa senão vangloriar-se? Ele também não a chamou de sangue-ruim, o que ela achou bastante estranho. Então, novamente, foi uma conversa de dois minutos, talvez ele não tivesse tido a chance.

Os julgamentos durante o verão foram rápidos com Comensais da Morte e simpatizantes dos Comensais da Morte sendo levados para Azkaban a torto e a direito. A falta de justiça era quase risível, pois o Ministério tentou compensar demais sua 'ineficácia' durante a guerra. O próprio julgamento de Malfoy era um enigma entre os julgamentos.

"Justo demais" Harry deu testemunho comovente de como Draco abaixou sua varinha na Torre de Astronomia e como ele se recusou a identificar os três na Mansão Malfoy. Naturalmente, Ron não se incomodou em ter nada a ver com Malfoy, mas Hermione veio para apoiar Harry.

Ela tentou colocar o que achava ser um rosto reconfortante, mas de vez em quando seus olhos disparavam para Malfoy. Não era como se ele estivesse suando ou chorando, nenhum tipo de remorso estava no rosto do idiota pomposo. Não era a falta de emoção que era surpreendente, mas sim a falta de qualquer coisa.

Um olhar vazio de alguém que havia desistido totalmente e claramente não esperava ser exonerado. Apenas com a menção do nome de Harry o rosto de Malfoy revelou que ele estava ouvindo. Ele teve a sorte de entrar em prisão domiciliar até ser obrigado a concluir seus estudos em Hogwarts. Ninguém disse expressamente que era porque O Escolhido testemunhou em seu nome, mas foi quase entendido. Injustiças com ex comensais da morte, ela bufou. Apenas mais uma coisa para Shacklebolt adicionar às suas crescentes tarefas como ministro.

— Mione!

— O que, Neville?

— Sua poção... eu acho que algo está errado com ela, — Com certeza a poção calmante que ela deveria estar preparando estava de fato começando a se parecer com o famoso "ensopado" de carne de sua avó. As bordas eram nítidas e ela tinha certeza de que a cor estava diferente em pelo menos cinco tons de roxo. Lá se foi sua poção. Essa será a última vez que ela deixará Malfoy afetar suas boas notas.

— Caramba... — Ela poderia adicionar mais sangue de salamandra ou mexer no sentido anti-horário mais algumas vezes? — Obrigado

— Claro, Mione. — Houve um pouco de embaralhamento da parte dele enquanto ele continuava a observá-la. Suspirou.

— Neville... você precisa de alguma coisa? — Caramba, ele parecia desconfortável.

— Não, não... bem, — Fale. — Eu só estava preocupado com você. — Seus olhos dispararam. — Eu sei que deve ser difícil sem Harry e Ron aqui, mas você parece... distante? — A última parte foi formulada como uma pergunta. — De qualquer forma, eu sei que todos nós nos curamos à nossa maneira, mas se você precisar de alguém para... bem, estou aqui.

I'm Begging You To Not Want Me Too | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora