Distrações no corredor encantado.

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Draco não podia acreditar em sua sorte. Ele tinha beijado Granger. Granger. Ele esperava que se houvesse alguma coisa boa neste mundo, qualquer coisa, ela não se arrependesse. Se ela se arrependesse, bem, ele recuaria. Doeria, mas ele não queria forçá-la. Ele não queria arriscar se envolver muito, embora secretamente sentisse que já poderia estar. Mas Salazar, ela foi persistente! Gritando com ele, repreendendo-o por não beijá-la. Parecia a coisa certa a fazer para calá-la adequadamente. E foi emocionante. Isso o lembrou de voar em uma vassoura pela primeira vez, a alegria, o nervosismo. Ele se perguntou se ela o deixaria beijá-la novamente.

Ele a levou para seu porto seguro, o corredor abandonado de Feitiços. Ambos se entreolharam esperando que o outro falasse primeiro. Draco limpou a garganta. — Então...

— Você me beijou. — Direto para o assunto então. Ele engoliu.

— Sim.

— Você está planejando fazer isso de novo? — Suas sobrancelhas se ergueram. O que?

— Você quer que eu...?

— Eu não me importaria. — Ela olhou para os pés. — Quero dizer, se você quiser?

Ele a perseguiu de sua posição contra a parede oposta, deliberadamente dando a ela todas as oportunidades de sair se ela quisesse. — Granger...

— Hermione. — Ela corrigiu. Mal havia uma respiração entre eles agora.

Hermione. — A respiração dele era quente em seu pescoço. — Diga-me para ir embora. Diga-me que você nunca mais quer falar comigo. Diga-me que você me odeia. — Ele traçou o lado de sua bochecha com o dedo indicador. — Porque se você não quer isso, — ele gesticulou entre eles — não tenho certeza se posso me afastar depois de ter provado você.

Seus olhos estavam cheios de algo que ele não conseguia identificar. — Então não.

Draco estava sobre ela em um instante puxando seu lábio inferior em sua boca. Sua mão direita imediatamente se perdeu em seus cachos enquanto a outra agarrou sua cintura puxando-a para ele. Ele empurrou Hermione contra a parede provocando um crescimento da pequena bruxa. Ela era tão pequena que ele estava preocupado em esmagá-la. Mas ela era uma coisinha poderosa e recebia tanto quanto ele dava. Ele não conseguia respirar nada que não fosse ela. Seus lábios carnudos, as curvas suaves escondidas sob seu uniforme, seu fogo. Ela puxou seu cabelo violentamente e engoliu o gemido que ele fez em resposta. Ele se separou apenas por um momento para encontrar seu pescoço, beijando e sugando a pele macia. Os pequenos ruídos que ela fazia iam direto para sua virilha e ele a agarrava com mais força. Ele nunca queria parar, ele...

— Bem, que bom ver vocês dois aqui. — Ele virou as costas para encarar quem quer que ousasse interromper seu doce momento com Hermione.

— Cai fora, Adler! — O garoto riu quando Draco moveu o corpo de Hermione atrás dele. Ela não precisava suportar o peso disso.

— Oh ho! Olha quem finalmente está falando de volta. — Os olhos de Adler estavam negros de alegria. Ele estava em busca de sangue.

— Adler. Vá embora, — Ele podia sentir a cabeça de Hermione aparecendo atrás dele enquanto falava. — Nada precisa acontecer.

— Nada precisa acontecer, hein? — A varinha de Adler estava apontada para eles e ele podia sentir Hermione se atrapalhando com a dela também. — Guarde isso Granger, isso não é da sua conta.

Ela saiu de trás dele, — Você não vai conseguir nada enfeitiçando Draco, se você for embora agora eu não vou denunciá-lo.

— Você é a escória, Malfoy. Você não merece respirar o mesmo ar que o resto de nós que teve que assistir nossas famílias morrerem diante de nossos olhos. — As emoções de Adler estavam ficando rapidamente fora de controle. Se ele pudesse colocar Granger atrás dele novamente...

— Sinto muito por sua família, Adler, — ela deu outro passo, — mas esta não é a maneira de trazê-los de volta. Todos nós perdemos entes queridos na guerra. A única maneira de honrá-los é seguir em frente. — Ela foi tão gentil. Gentil demais. Ele podia ver Adler se preparando para a batalha e seria amaldiçoado se deixasse Hermione se enfeitiçar por causa dele. Ele não valia a pena.

— Você é ainda pior, Granger, Sangue-ruim como você dormindo com o inimigo...

— Não a chame assim! — Adler voltou-se para Draco.

— Toquei em um nervo, não é?

— Granger, — ele agarrou o braço de Hermione — saia daqui. Ele é louco. — Ela o afastou.

— Não! Eu não vou deixar ele enfeitiçar você!

— Hermione... — Um feitiço disparou da varinha de Adler e no estado momentâneo de distração de Draco, ele não percebeu até que Hermione pulou na frente dele e pegou o feitiço completo.

— Hermione! —  Ele se agachou sobre o corpo dela enquanto apontava sua varinha para um Adler de aparência assustada.

— Eu... eu não queria...

— VAI!

— Eu juro que não...

— VAI! — Ele foi colocar a mão na testa dela — Antes eu te Avade! — Draco deve ter parecido assustador naquele momento: olhos negros como carvão, cabelo ainda despenteado de amassos, varinha apertada com força pelos nós dos dedos brancos e agachado sobre o corpo de Hermione como se estivesse preparado para atacar. Sem dizer nada, Adler cambaleou para trás, correu pelo corredor e sumiu de vista.

— Hermione, você pode me ouvir? — Ele se virou para sua bruxa caída, as mãos acariciando seu pulso e testa. Ela fez o menor grunhido para indicar que ainda podia ouvi-lo. O que eu fiz? — Shhh, shhh Granger. Eu vou cuidar de você. Você está segura agora. — Ele ergueu o corpo dela para embalá-la em seus braços e partiu na direção da ala hospitalar.

I'm Begging You To Not Want Me Too | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora