Quando as semanas se transformaram em mais de um mês, Hermione decidiu que namorar Draco Malfoy era tão surpreendente quanto normal. Ela descobriu que adorava estudar com ele à noite. Eles caíram em um ritmo confortável de rabiscar penas e uma batida ocasional do pé do outro. E falar com ele era revigorante e desafiador de uma forma que ela não sabia que desejava. Mas, ao mesmo tempo, era surpreendente como era difícil para ele admitir seu próprio conjunto de habilidades. Seu humor era ainda mais surpreendente, pois ela podia vê-lo começar o dia nervoso e terminar o dia sorrindo enquanto desenhava seu retrato. Não foi fácil, pois a educação de ambos limitava certas semelhanças, mas ela gostava. Ela gostava de ensiná-lo e achava os documentos históricos de sua família bastante fascinantes. Draco era real, gentil e teimoso. Ele a repreendeu quando ela estava sendo ridícula e ela o corrigiu quando ele estava sendo um idiota pomposo. O que ela descobriu com bastante frequência.
Ainda assim, ela quase se esqueceu de como era não vê-lo conversando bem-humorado com Neville antes das aulas ou sentado ao lado de Draco na biblioteca enquanto ele vasculhava os papéis de negócios de sua família. Ela gostava da rotina deles. Bastante.
Com o crescimento de seu novo relacionamento e os exames finais se aproximando rapidamente, Hermione quase se esqueceu que os quebradores de maldições restantes voltaram para ela. Quase.
Ela estava no Salão Principal quando recebeu o primeiro. E dois dias depois o último. Ambos eram nãos retumbantes. O primeiro se viu perdido em uma caverna por dois meses e ainda estava sofrendo os efeitos de longo prazo de uma maldição bastante invasiva da Múmia. O outro havia perdido uma aposta recentemente e viveria como trouxa no futuro previsível. Ela entendeu. Ela sempre entendeu. Mas, a menos que Draco tivesse conseguido angariar alguém habilidoso nos negócios da família, essa era sua última esperança.
Neville a encontrou muito mais tarde em seu quarto abraçando Thea e chorando em seu colchão.
— Hermione? — Ele abriu a porta dela. — Percebi que você não estava se sentindo bem e trouxe um ensopado.
— Obrigado, — soluçou — Neville. — Ele correu alarmado.
— Hermione, o que há de errado? Se for o NEWTS, Hermione, você sabe que vai acertá-los. — Ele deu um tapinha nas costas dela com cuidado.
— Não! — Ela enxugou o nariz na manga antes de olhar para seus olhos amolecidos.
— O que está errado? — Ela se moveu um pouco para o lado dela.
— Meus pais... eles, eu... eles foram obliviados e não consigo recuperar suas memórias! Eu pedi a todos que pude pensar para ajudar! Parece não haver quebra-maldições ou curandeiros disponíveis para ajudar. Bem, a menos que você esteja disposto a pagar uma quantia obscena. — Ela se sentou um pouco. — Peguei as memórias deles para protegê-los durante a guerra, sabe? Mas quanto mais eles ficam sem elas... — ela começou a chorar novamente.
— Hermione, eu sinto muito, — ele a abraçou — sinto muito! Eu gostaria que você tivesse me contado. — Ela falou em seu peito.
— Eu não queria sobrecarregar...
— Bobagem, você é minha amiga! E caramba, eu sinto muito. Isso é... bem. Eu posso entender um pouco o que você está passando.
— Obrigado, Neville. — Ela se inclinou para trás para vê-lo sorrindo tristemente para ela. — Você é um bom amigo.
Uma batida soou na porta aberta. Ela se virou para encontrar um Draco preocupado.
— Longbottom. — Ele entrou. — Granger, eu pensei ter visto você ficar sem... — ela começou a chorar de novo para surpresa de Draco.
— Hermione, eu vou... — Neville recuou. — Te encontro mais tarde, ok? Estou aqui. Quando quiser. — Ele deu um tapinha nas costas de Draco antes de sair.
— Draco! Eles... meus pais! — Ele correu para pegá-la em seus braços.
— Diga-me o que aconteceu.
— Os quebradores de maldições que eu estava esperando escreveram de volta. Eles não estão disponíveis para ajudar. Eu nunca mais terei notícias dos meus pais...eles nunca...eu nunca... — ela começou a ficar histérica.
— Estou aqui. Estou aqui, Hermione. Sinto muito... — Ele esfregou as costas dela em círculos suaves enquanto sussurrava em seu cabelo.
Eles ficaram assim por um longo tempo antes que ela se acalmasse o suficiente para falar. — Draco, eu realmente pensei que teria uma chance.
— Posso fazer alguma coisa por você? Talvez possamos viajar para vê-los ou... — ela balançou a cabeça.
— Não, eu não poderia agora. Eles não me reconheceriam e seria apenas um lembrete doloroso. — Ela encostou a cabeça no peito dele. — Draco, você consultou os consultores da sua família, certo? — Ele gemeu.
— Sinto muito, Hermione, entrei em contato com alguns que tinham um conjunto de habilidades semelhante, sob um nome falso, obviamente, e nenhum deles parecia ter qualquer talento em feitiços de memória. Eu até me correspondi com Gilderoy Lockhart um pouco antes Percebi que ele estava completamente fora de si. — Ele cerrou os dentes. — Eu quero consertar isso.
— Obrigado por verificar, mas você não pode consertar isso para mim, Draco. Eu fiz isso. — Ele a puxou para perto.
— Pare. Eu sei o que você está fazendo. Isso não é culpa sua. Você salvou a vida deles, não é? Você salvou a vida deles. — Lágrimas caíram de seus olhos — Shh amorzinho.
Ela estava grata por ter Draco naquele momento. Eles estavam juntos há pouco tempo, mas naquele momento estava claro como o dia: ela não conseguia imaginar passar por isso sem ele. E sinceramente, ela realmente não queria.
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I'm Begging You To Not Want Me Too | Dramione
FanfictionTradução concluída. - Sou egoísta, Granger. Estou acostumado a conseguir o que quero. E não acho que desejei nada mais do que desejo você. Mas você não deveria querer isso. Me querer. Então, por favor, eu estou implorando para você não me querer tam...