Problemas, Malfoy.

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Hermione passou o dia seguinte inteiro procurando por Malfoy. Ele não estava no Salão Principal, ele não estava na sala comunal, ela até checou o corredor abandonado de Feitiços onde ele aparentemente fazia seus trabalhos escolares. Malfoy estava longe de ser encontrado e ela estava se afogando em culpa. Claro, ela não pediu a Boot para agarrá-la na sala comunal, mas ela poderia ter feito mais. Bem, talvez não. Talvez ela pudesse tentar defender seu caso para McGonagall, explicar que não era culpa dele. Com isso ela juntou toda a sua coragem grifinória e marchou até o escritório da diretora.

— Entre, Hermione. — Ela nem tinha batido na porta.

— Como você...? — Os olhos de McGonagall brilharam.

— Os retratos gostam de falar. — Oh.

— Professora... Minerva, — ela começou — Estou aqui para falar em nome de Malfoy. — Uma das sobrancelhas de McGonagall se ergueu. — Achei que você deveria saber que ele estava me defendendo antes de mandá-lo de volta para Azkaban.

— E por favor diga, a que em nome de Godric você está se referindo? — Oh. Oh. Ela não sabia ...McGonagall não sabia e ela acidentalmente o delatou. Ela poderia chutar a si mesma. Hermione nem havia considerado que ele estava matando aula por qualquer outra coisa.

— Uh, não importa professora. Meu erro, eu... eu acho que entendi mal alguma coisa. — Ela se virou para ir.

— Você está se referindo ao Sr. Boot, não é? — Ela se encolheu.

— Bem, sim.

— Não se preocupe, o Sr. Longbottom já me relatou. — Ela arriscou um olhar de volta para a diretora.

— Ele relatou?

— Claro. Ele desceu imediatamente depois de trazer o Sr. Boot para Madame Pomfrey. Ele me disse que o Sr. Boot tinha bebido e conseguiu tropeçar na bolsa do Sr. Malfoy na mesa. — Espere, Neville disse o quê? — Parece certo?

— Oh. Oh sim! Isso é correto. — McGonagall semicerrou os olhos para ela.

— Você tem certeza?

— Sim, uh, Minerva. Eu estava preocupada que Malfoy fosse acusado injustamente de alguma coisa.

— Bem. Espero que todos os alunos que estudam nestes corredores possam ter um pingo de sua gentileza, Hermione. — Embora possa ter sido o maior elogio que ela já recebeu, ela não pôde deixar de se sentir culpada por mentir para sua amada professora.

— Obrigado, isso é gentil da sua parte. — Ela sorriu para ela da mesa.

— E não se preocupe, o Sr. Boot se recuperou completamente. Pomfrey teve que tratá-lo por envenenamento por álcool, porque, segundo ela, ele estava contando algumas histórias malucas. — Ela só podia imaginar . — Isso é tudo?

— Sim. Obrigado. — E com isso ela saiu correndo pela porta com a intenção de encontrar Neville para interrogar e Malfoy para agradecer... não necessariamente nessa ordem.

***

Draco estava escondido. Bem, ele preferiria dizer que estava fazendo o movimento estratégico de se retirar de uma situação hostil. Que idiota. Ele não tinha certeza por que ele fez isso, mas vendo a mão do idiota em sua cintura... ele quase vomitou. Ela não merecia ter um bêbado apalpando-a. Não, Granger merecia coisa melhor. Ela era... boa. Pura. E ele, bem, ele não queria ser a causa de mais dor dela. Foi assim que ele se encontrou de volta à Sala precisa.

Ele havia passado muito tempo lá no sexto ano e, em pânico, voltou direto. Ele pensou que nunca voltaria ao local de nascimento de muitos de seus pesadelos, especialmente após o incidente Fiendfyre, mas aqui estava ele. Achava que era questão de tempo até que alguém encontrasse seu esconderijo, tinha perdido todas as aulas e com certeza algum dos professores pensaria em procurá-lo aqui. Ele poderia lutar, ele supôs, mas isso só iria prejudicá-lo a longo prazo. Ele sabia que era um homem morto no momento em que recebeu a marca de qualquer maneira. Draco estava vivendo em um tempo emprestado.

Ele recebeu uma carta de Theo hoje na América. Ele passou um bom tempo lá se escondendo durante a guerra e decidiu mergulhar permanentemente na cultura. Ele também estava escrevendo para Draco sobre coisas trouxas. Ele tentou, ele realmente não queria ficar absolutamente enfeitiçado por suas engenhocas, mas ele não podia mais fingir estar irritado. Os trouxas eram fascinantes. Ele só queria ter tido mais tempo para experimentar a 'estrela' que Theo havia escrito.

Ele podia sentir as proteções se movendo quando alguém abriu a passagem mágica. Seu tempo acabou.

— Malfoy? Eu sei que você está aqui, — Espere, era isso... — É Granger. — McGonagall pediu a ela para arrastá-lo para a morte? — Por favor, eu quero falar com você. — Muito provavelmente, mais como dançar em seu túmulo. — Venha por favor! — Ela estava se aprofundando na sala agora. Ele não estava muito longe, mas as pilhas de tesouros esquecidos o escondiam bem. Ele pulou quando sentiu um dedo tocar seu ombro — Malfoy, eu estive procurando por você por toda parte!

— Veio me levar para Azkaban, Granger? — Ela não era insensível, talvez ele pudesse convencê-la a... o que exatamente? Escondê-lo? Não contar a ninguém que ele estava se mudando para a Sala Precisa?

— Não, seu idiota, obrigado! — Ele piscou.

— Desculpe?

— Sim! Oh, eu me sento horrível! Você não estava em nenhuma de suas aulas ou no jantar e eu estava tão preocupada por ter causado sua expulsão.

— Você estava me procurando para... agradecer? Bruxa, estou perdido. — Ela deu um suspiro profundo.

— Bem, eu conversei com McGonagall, — Ele tentou manter sua expressão neutra — E aparentemente Neville disse a ela que Boot tropeçou em sua bolsa ou algo assim. De qualquer forma, não tenho certeza se ela acredita totalmente, mas você não está em apuros. — Ele tentou ficar calmo, mas internamente estava se regozijando. Ele poderia ficar! Salazar, se o mandassem de volta...

— É por isso?

— O que?

— Por que você está arrependida? — Ela parecia confusa e ele revirou os olhos. — Você entrou e disse que se sentia horrível. Granger, sem ofensa, mas por que você se sente tão horrível? — Foi a coisa errada a dizer. Quando os olhos dela começaram a embaçar, ele percebeu que estava muito errado. — EU...

— Eu não acredito nisso! — Ela bateu o pé — Eu passei o dia inteiro preocupada com você, Malfoy! Eu pensei que tinha mandado você para Azkaban! Eu até procurei por todo o castelo! Eu fui até McGonagall para tentar defender sua defesa... — espera, o quê? — e Neville mentiu por você! Ele arriscou sua própria reputação por você e você continua a mesma cobra de sempre. — Seu cabelo frisou um pouco de raiva. — Você não sabe nada sobre mim, Malfoy, sobre qualquer tipo de decência! Nada. — Ela se virou e fugiu da sala, mas não antes de Draco perceber lágrimas escorrendo pelo rosto dela.

Ela se sentia uma idiota e Hermione odiava se sentir uma idiota. Pensar que Malfoy havia mudado um pouco estava aparentemente além de suas capacidades. E pensar que ela sentia pena dele! Ela até começou a considerá-lo tolerável o suficiente para se juntar ao seu grupo de estudo na biblioteca. Ela era uma tola. Era culpa dele não saber que os pais dela não conseguiam reconhecer a própria filha? Não. Era culpa dele ela viver em um mundo onde alguns ainda pensavam que ela estava abaixo deles? Não... bem, na verdade ele tinha alguma culpa nisso. Mas não eram essas coisas que a incomodavam, não, era como ele assumiu que ela não tinha nada para se sentir horrível. Porque ela era a Miss Perfeita Hermione Granger. Senhorita Garota de ouro. Senhorita não tem nenhum problema aparentemente! Obviamente, ela flutuava pela vida sem se importar com o mundo. Pelo menos, para todos os outros ela era. Por mais bobo que fosse, ela pensou bem, esperou que talvez ele fosse capaz de ver além da reputação dela do jeito que ela tentava ver além da dele. Ele era inteligente, ele era observador, com certeza ele poderia descobrir. Mas claramente, ele não pensava muito nela. Ela ainda era a sujeira sob suas botas. Idiota pomposo.

I'm Begging You To Not Want Me Too | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora