Era estranho para dizer o mínimo. Hermione tinha vindo para o café da manhã totalmente decidida a ignorar todo mundo, mordiscando algumas torradas e se perdendo em seu romance trouxa favorito, O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa. Ela o havia lido dezenas de vezes e ainda era um de seus favoritos. Bem, depois de "Hogwarts, uma história" é claro. Quando criança, ela achava que o mundo por trás do guarda-roupa era o mais próximo que ela poderia estar da magia. Claro que isso foi antes de sua carta de Hogwarts chegar e ela descobrir que poderia fazer Magia. Ela sempre se perguntava se CS Lewis era um bruxo porque os irmãos Pevensie eram estranhamente parecidos com os fundadores de Hogwarts. Ela fez uma nota mental para verificar a biblioteca mais tarde. Mas não era isso que estava estranho naquela manhã, não. Em vez disso, era Neville.
— Hermione? — Ele apareceu do nada na frente dela. Claro, quando alguém está absorto em um livro, uma manada de hipogrifos pode passar despercebida.
— Bom dia Neville. Você vai ao jogo de Quadribol hoje?
— O quê? Oh não, quero dizer sim er... eu poderia. — Suas sobrancelhas se ergueram. Quem substituiu Neville por sua versão do primeiro ano? — O que quero dizer é que eu queria me desculpar. — É isso, algo estava seriamente errado.
— Você está bem, Neville? Quer que eu leve você a Madame Pomfrey? — Ela ergueu a mão como se fosse medir a temperatura dele do jeito trouxa.
— Não, não, estou bem, é só... você odeia ser chamada de Mione e eu não sabia disso. — Ela o encarou.
— O que? — Ele parecia extremamente desconfortável.
— Er, Ron sempre chamou você... e eu nunca perguntei se estava tudo bem. Então, sinto muito, Hermione. — Havia uma leve ênfase na primeira parte do nome dela.
— Neville... como você sabe disso? Quer dizer, eu admito que detesto esse apelido, mas estaria tudo bem se... — Ele a cortou.
— Bem, eu deveria ter perguntado de qualquer maneira.
— Certo. Bem, obrigado.
— Claro. Hermione? — Ela ainda estava tentando processar o que estava acontecendo.
— Hum?
— Como é que você nunca disse nada? você sabe que poderia ter me contado. — Ela percebeu que ele parecia bem pequeno olhando para ela e foi quando Hermione saiu de sua névoa mental.
— Oh Neville, bem, na verdade é minha culpa. Com tudo o que aconteceu, eu só não queria que você ficasse envergonhado. Além disso, eu repreendi Ron inúmeras vezes por isso e bem, você o conhece. Simplesmente não parece como o tipo de coisa com que se preocupar mais.
— Tudo bem. Mas você vai me avisar se eu te ofender acidentalmente? Eu gostaria de considerá-la uma boa amiga, Hermione, e prefiro não ferir seus sentimentos sem saber.
— Eu prometo. — Ele sorriu com isso.
— Bom.
— Neville? Como você...
— Malfoy.
— Ele disse a você?
— Sim, o que é meio embaraçoso agora que penso nisso. Que grande amigo eu sou.
— Não, não, eu deveria ter mencionado isso. Ele realmente te contou? — Neville estava parecendo presunçoso?
— Sim, quase gritou comigo, na verdade.
— Isso é...
— Estranho?
— Sim, estranho.
Ela passou a maior parte da manhã pensando nas palavras de Neville. Hermione nunca havia inspecionado de perto sua amizade com Neville, sempre sendo distraída por Harry e Ron, mas ele era gentil. E leal. O tipo de amigo que não falaria sobre ela pelas costas como suas colegas de dormitório anteriores na Grifinória. Lavender era absolutamente a pior em guardar segredos, rivalizando até mesmo com a reputação de fofoqueira de Gina e sempre parecia estar rindo de algo às custas dela. E é claro que havia aquela coisa com Ron no quinto ano. Não se deve falar mal dos mortos. Mas Neville, no entanto, ele era um amigo decente.
E Malfoy, bem, isso era um assunto totalmente diferente.
Como se ela o tivesse acenado com seus pensamentos, ele passou diante de sua mesa. Runas Antigas era a única classe em que eles tinham lugares marcados e não escapou a ela que Malfoy estava sentado bem na frente dela.
Eles estavam copiando runas do quadro-negro quando ele falou pela primeira vez. — Você vai Granger? — Ela nem tinha certeza se ele falava de tão quieto.
— Hum?
— Para o jogo. Você vai?
— Er... Quadribol, certo? — Ela praticamente podia sentir os olhos dele revirando, embora ele ainda estivesse de lado.
— Não, Granger. — havia um sarcasmo óbvio em sua voz. — Obviamente Quadribol.
— Oh, bem, provavelmente não.
— O quê? Você não costumava assistir às partidas da Grifinória? — Considerando que ela tinha acabado de saber que a Grifinória estava jogando, seu conhecimento prático de Quadribol não era suficiente.
— Ficando de olho em mim, Malfoy? — Ela supôs que costumava ir quando Harry ou Ron estavam jogando, mas dificilmente poderia ser considerada uma fanática. O fato de ele ter notado a presença dela...
— Dificilmente.
Antes que ela pudesse se conter, — você vai, Malfoy?
— Não. — Agora isso a surpreendeu. Ele não era algum tipo de demônio do Quadribol?
— Por quê?
— Hum?
— Bem, você não era um apanhador? — Isso soou certo, certo?
— Sim. — Ele estava enfurecendo.
— Bem, por que você não quer ir? — Ela o observou encolher os ombros.
— Eu não posso jogar. Parece inútil ficar parado na arquibancada vendo um bando de crianças tentando não se chocar. — Naquele momento ela não tinha certeza se ainda estava falando com Malfoy.
— Por que você não pode jogar? — Ela foi recebida com silêncio. Demorou tanto que ela desistiu e começou a traduzir as runas que havia copiado. Ela estava no meio de uma complicada, quando ele falou baixinho novamente, ela se assustou.
— Eu não estou autorizado. — Ele não está... Ah. Parte de sua sentença deve ter incluído algum tipo de restrição enquanto estava em Hogwarts. Ela sentiu um pouco de compreensão se instalar nela.
— Obrigada. — Ele olhou de volta para ela pela primeira vez. — Você falou com Neville. — Mais silêncio. — Bem, você não precisava fazer isso. Na verdade, eu preferiria que você não se intrometesse nos meus assuntos, mas acho que você estava tentando ser legal. Então, obrigado. — As palavras pareciam estranhas quando ela olhou para a parte de trás de sua cabeça. Ela se perguntou que tipo de expressão ele estava usando.
Demorou muito até que ele finalmente falasse novamente — ninguém merece ser chamado de um nome que não gosta. — Ela sentiu que as palavras dele foram mais profundas do que apenas se referir a um apelido de infância.
— Cuidado Malfoy, foi você quem disse que não queria ser meu melhor amigo. — Ela podia sentir o sorriso no rosto dele enquanto voltava para o dever de casa.
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I'm Begging You To Not Want Me Too | Dramione
FanfictionTradução concluída. - Sou egoísta, Granger. Estou acostumado a conseguir o que quero. E não acho que desejei nada mais do que desejo você. Mas você não deveria querer isso. Me querer. Então, por favor, eu estou implorando para você não me querer tam...