Capítulo Dois: Aniversário.

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Não pude sequer ter tempo para respirar desde que voltei do passeio com Chō. Ela dormiu após a manhã toda andando pelas as lojas do bairro, e eu queria fazer uma pequena festinha, para não passar em branco o quinto aniversário da minha princesa.

Com a ajuda de Tsukkishima, meu melhor amigo de infância, pude fazer algo organizado. Sempre ouvindo os resmungos do próprio, tem vinte e três anos, porém a alma é de um velho de setenta.

— Hinata, se colocar aí, vai ficar mal iluminado - ele diz pegando da minha mão as luzes coloridas

— Tsukkishima, você é chato pra caralho - cruzo os braços e o olho com indignação

— Respeite o tio da sua filha, baixinho - ele se agacha à minha altura — Vou até me afastar de você, pra que não acabe chutando minha canela

— Desgraçado - meu ódio vem á tona — Você quer ser expulso de novo só por causa da decoração!? - o loiro dá de ombros — Filho da puta - resmungo

— Sua boca é muito suja, parece até um pinscher com raiva - seu sorriso de canto era algo que me dava nos nervos, ao ponto de querer enforcá-lo com minhas próprias mãos. Respirei fundo para não surtar e acabar acordando Chō na hora errada, apenas avisei que ia buscar o bolo, quando minha mãe e Natsu chegam com o mesmo nas mãos. Um pequeno bolo em forma arredondada, com dois pequenos andares, como enfeites, haviam

— Snipers!? ‐ grito em alto som — Shiiii! - os três mandam eu ficar quieto — Chō é uma criança, mãe! Eu já lhe disse para não fazê-la gostar de armas! - minha mãe dá de ombros e entra com o bolo, colocando-o na mesa central. — Ela ama coisas relacionadas á espiões, não seja chato com a sua filha, Shoyo!

— Depois o chato sou eu - Tsukkishima dá uma risada — Você fica na sua ou eu pego esse seu óculos e enfia na sua bun-

— O que tá acontecendo, papai? - Chō sai do quarto com o pijama desajeitado e com seu lenço que sempre dormia com ele. Os quatro adultos olham pra a mesma em silêncio e Hinata suspira em derrota

— Feliz Aniversário, minha princesa - ele a oferece o sorriso mais feliz que se podia dar e indica com os braços para olhar a pequena decoração inacabada.

Todos os anos fazíamos essa pequena festinha para Chō, nos seus olhos como sempre, havia pontos brilhosos de felicidade e animação, ela veio correndo até à mim e me abraçou com força. — Bigada, papai!

Desde que descobri que estava grávido, eles três foram os únicos que me apoiaram e me ajudaram na minha gravidez e no crescimento de Chō. Chō ama sua avó, tia e Tsukkishima, como ele se auto-denomina, (tio). Queria poder fazer mais para a razão do meu viver, porém só posso oferecê-la isso, ela como uma boa criança não me cobra sobre ter brinquedos caros ou roupas de boa qualidade, às vezes ela é mais madura do que eu mesmo e isso me surpreende a cada dia.

Na hora de abrir os presentes, ela escolheu abrir o de Kei, seus olhos brilhavam ao ver presilha de cabelo em formato de dinossauros. — Sério, Tsukkishima!? Dinossauros!?

— A cor verde combina com o cabelo alaranjado dela. - ele me diz isso com a maior cara de pau. — Amei, titio! Bigada! - Ela pega outro presente. Um pequeno aparelho onde podia-se ouvir música. — Você deu um MP3 para uma criança de 5 anos!? É sério, Natsu!?

— Ela gosta de ouvir música e dançar, não sei qual o problema - minha irmã é apaixonada por canções e coreografias, e faz o favor de transformar Chō em uma pequena versão dela.

— Agora é a minha vez! - minha mãe diz animada. Logo ela a entrega outro presente. Suspiro e oro em mente para que não seja outro jogo de armas de brinquedo. — Tcharam! - era um jogo de roupas de espião, reviro os olhos

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