Apenas, nós.

Capítulo Três: Sutileza.

Após aquele dia de cio misterioso. Pude voltar às minhas atividades normais, e graças a Tsukkishima, não levei bronca da patroa e nem da minha mãe. Chō estava obviamente preocupada, porém demonstrava com sutileza, se eu não a conhecesse bem, acharia que ela estaria me ignorando, mas não, ela só quer me dar espaço, porque é assim como ela age quando está magoada ou incomodada.

— Filha, venha comer. - a chamo na cozinha, e me sento no banco em frente ao balcão e ouço seus passos apressados — Papai, minha professora ficou doente, e não sei quando ela vai voltar - ela diz, fazendo beicinho enquanto se assenta

— E você está sentindo o que? - coloco as almôndegas em seu prato — Estou triste, mas ela disse que um amigo que ela confia muito, irá ficar com a gente, nesse pelíodo' - sorrio com a sua pronuncia errada — Se ela confia, então deve realmente ser uma pessoa boa. Mas fique de olhos abertos, tá bem?

— Hum! - ela concorda firmemente com a cabeça

Nos dia seguintes, não pude conhecer o professor temporário de Chō, às aulas da faculdade estavam chegando ao fim e já estando no último período, os professores nos enchiam de trabalhos, seminários, pesquisas, e tarefas. Porém, quando perguntava para ela sobre o novo professor, ela demonstrava nervosismo ou mudava de assunto. Então, resolvi levá-la á creche e esperar o tão misterioso professor novato, Chō nunca esconde nada de mim, somos melhores amigos e confiamos um no outro, mas esse dia ela pedia para mim ir logo á faculdade para não acabar atrasando.

— Filha, eu posso chegar um pouco mais tarde - claramente era uma mentira, e esse ato haveria consequências nas minhas notas mais tarde — Eu só quero ver o seu novo professor, preciso conhecê-lo - sorrio tentando fazer a acalmar.

— Ele é feio - ela diz tentando procurar mais desculpas — E tem cara de mau, pode deixar você surtado'

— Você quer dizer, "assustado", não é? - ela confirma com a cabeça, percebo uma certa movimentação e sinto que deveria ser o tal professor. Chō insiste mais uma vez para eu ir embora, mas agora é que eu não ia mesmo, preciso conhecer esse...

— O quê!? - exclamo em voz alta o que faz ele virar o rosto em minha direção ao perceber o grito. Seu semblante que não demonstrava sentimento nenhum, ficou apavorado e tentou se esconder por baixo de grande casaco cor azul-marinho. — Pai, você precisa ir, já é tarde. - olho para Chō indignado

— Senhor, já vamos fechar o portão - o porteiro avisa — As crianças já irão para as suas devidas salas, não se preocupe

— Quando chegarmos em casa, vamos conversar - digo para Chō, enquanto ela sorria assustada — Tchau, papai. - ela acena.

Não acredito que minha própria filha estava me enganando todo esse tempo! Quando foi que ela cresceu tanto assim, ao ponto de me enganar!? Pensando bem, ela é uma criança, não faria algo necessariamente de ruim sem um bom motivo. Mas mesmo assim, isso não se faz com o próprio pai!

— Hey, Hinata! - Yachi, a loirinha da equipe esportes do Campus, além de ser boa nos esportes, é inteligente e muito fofa. Amava me fazer companhia e eu gostava de como ela mostrava seus truques de xadrez, apesar de eu não entender nada, era interessante — Venha ver nosso jogo hoje contra a faculdade rival! O que me diz? - seus olhos brilhavam de empolgação, o que me fazia não querer dizer não

— Claro. Que horas vai começar? - indago já pensando em quais trabalhos vou ter que deixar atrasar — Logo após o terceiro sinal de trocas de salas.

— Então tá bom. Te vejo na quadra - sorrio, acenando e ela sorrir de volta com muito mais empolgação.

Ao chegar na quadra, as turmas estavam bem animadas, parecia pior que uma copa do mundo. Havia o grupo da torcida que gritavam o nome do time da faculdade e a torcida rival gritava mais alto, acredito que seria igual a uma rincha de criança, querendo mostrar qual é o melhor brinquedo.