Capítulo Nove: Sonho.

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Kageyama estava bem presente na vida de Chō, desde seu nascimento ela nunca havia experimentado o amor paterno, onde ela aprenderia coisas novas, além de se preocupar em não se proteger, pois ela teria os dois pais para protegê-la e amá-la.

- Tio Yama - Chō chega na sala com seu caderno escolar nas mãos - Sim? - ele responde, já sabendo o que a mesma queria - Poderia me ajudar a tarefa? Eu não consigo resolver. - com as mãos atrás da costa e com o rosto envergonhado ela pede. - A tarefa está muito difícil? Acho que exagerei um pouco, me desculpe - coçando a nuca ele sorrir gentil. - Certo. Sente aqui, vamos ver...

Vê-los juntos deixava meu coração aquecido, a pequena felicidade que eu não sentia há algum tempo toma de conta do meu corpo, senti que não queria que aquele momento acaba-se, os dois sentados resolvendo tarefas da escola, rindo e eu me divertindo juntos, era o que precisávamos. Paz.

Alguém bateu na porta, porém eu não esperava visita, e vi que era Tsukkishima. - Olá, Hina! - ele acena e o deixo entrar - Desculpa vim sem avisar, estava passando na taberna daqui e resolvi te visitar

- Tudo bem, Tsukki - brinco imitando o namorado do mesmo e ele revira os olhos - Vim perguntar se você quer sair amanhã, o pessoal da faculdade vão. - os únicos amigos deles são eu e Yachi, como assim pessoal? - Quem mais vai?

- Eu, você, Yachi, um colega da Yachi e o namorado dela. - eu não era muito de sair de casa por conta de Chō - Não sei, Kei. Vou conversar com a minha mãe pra ver se ela tá livre amanhã pra ficar com Chō. - ouço a porta do quarto da mesma abrir

- O Tio fica comigo! Deixa pai, deixa! - ela pede em meio de pulinhos de felicidade - Filha, não é assim que as coisas funcionam. - o moreno aparece atrás dela, coçando a nuca - Desculpa ouvir a conversa, mas por mim tudo bem. Você merece sair com os amigos, Hinata. - Kei olha pra mim, com a cara de que "como assim esse alfa tá na sua casa nesse horário!?" apenas reviro os olhos.

Já na noite seguinte, me arrumo e espero Kageyama chegar para ficar com Chō. Me curvo na altura dela e segurando em suas mãos, olho em seus olhos - Promete que vai se comportar? - ela acena com a cabeça - Obedeça ele, tá? E qualquer coisa ligue para mim ou para a sua avó, tá bem?

- Sim, papai! - com seu sorriso alegre, ela me dá um abraço - Obrigado, pai! Se divirta!

A campainha toca e vou abrir a porta, e deparo-me com o alfa cheio de sacolas com vários doces. Encaro as sacolas e tampo a boca - Vocês vão passar a noite tudo comendo isso? - o mesmo não dissera nada e seus olhos não desgrudaram de mim - O que foi? Está tão brega assim? - indago arrumando minha roupa - Não, não é isso... ‐ ele gagueja

- Então é o que? Ah, são meus ferônimos? Juro que tomei supressores e me concentrei em não espalhá-los. - observo sua face hipnotizada

- Você está lindo... - ele diz, com a feição vermelha. Apenas sorrio de seu jeito sem graça - Obrigado, Kageyama. - sorrio para ele e o mesmo fica ainda mais vermelho - Vamos, entre. Chō estava esperando você e quando vê que você trouxe tudo isso de doces ela vai enlouquecer.

- Doces! - ela sai do quarto quando ouve a porta se fechar - Obrigado, Tio! - com seu sorriso alegre, ela o abraça - Eu já escolhi alguns filmes para assistirmos! - ela o puxa para a sala

- Chō se acalme, ele não vai desaparecer - Abraço Chō e aceno para Kageyama. - Tome cuidado, se precisar de algo, ligue pra a gente! - ele diz e Chō acena com a cabeça - Sim, papai!

Sinto que já posso confiar nele. E isso é reconfortante, Chō e eu merecemos ser felizes, não?

Já chegando no local, vi Yachi e Tsukkishima na entrada, possivelmente me esperando, ao me verem eles acenam - Por que demorou tanto? - o loiro indaga, procuro uma resposta que não fosse tão inconveniente - Foi o trânsito, um dos carros bateram em uma mureta. - ele não acredita, mas também não continua com a pergunta. Escolhemos uma mesa e logo o amigo e o namorado de Yachi chegam acompanhados com Yamaguchi.

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