Capítulo Dez: Amanhecer.

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Um ano havia se passado. Chō já estava saindo do jardim de infância, a mesma estava orgulhosa de si. — Tio, Yama! Eu vou pra a escola dos grandes, não vou!? - animada, ela dá pulinhos — Claro. Você foi umas das crianças mais esforçadas. - ele sorrir e acaricia seus cabelos alaranjados.

— Vamos continuar juntos, não é? - ela segura com sua mão pequena, a barra da camisa do alfa. Ele a olha apreensivo e ela indaga novamente — Você vai continuar sendo meu professor, não vai? - seus grandes olhos escuros o encarava de certa forma. Ele direciona o olhar para mim, pedindo ajuda, limpo as mãos e me agacho à altura de Chō. — Filha precisamos contar algo à você - Kageyama se agacha também

— Chō me escute, tá bom? - ela concorda com a cabeça — Eu não vou mais ser professor, desculpe, eu realmente tenho que resolver umas coisas pessoais

— Você vai embora? - ela indaga — Não, eu nunca deixaria vocês - digo, e sou interrompido pela a mesma.

— Ah, então ótimo! - ela levanta as duas mãos — Se você não vai nos abandonar, então tudo bem - ela abre um grande sorriso e corre para o quarto. — Ela está brava? - ele me pergunta — Acho que devo ir conversar com ela - ele dá um passo e o seguro pelo o pulso — Ela não está brava. Ao contrário disso, ela está muito feliz, você não vai deixá-la, e isso já é o suficiente pra ela - percebo seus olhos me encarando — O que foi? - indago

— É somente ela que está feliz por que não vou embora? - ele faz biquinho — Assim você magoa meu coração, Shoyo - sorrio com seu drama, me aproximo de seu corpo e o encaro mais perto — Eu não me preocupo com isso - o puxo para seu corpo ficar colado ao meu — Você está ligado a mim, não tem como fugir - sussurro

— Eu não sabia que você viraria um namorado tóxico ao pedir você em namoro - ele sorrir ladino — Estou ligado à você também, e não tem como eu fugir - o beijo no pescoço, passando lentamente minha mão em sua costa — E essa ligação está me causando certas vibrações - ele diz, em um tom perverso — Idiota - reviro os olhos e o beijo suavemente em seu lábio inferior

— Também amo você - ele sorrir e segue ao quarto.

Sim, pode se dizer que minha vida está totalmente equilibrada, tenho um bom namorado, uma ótima filha, uma família que me apoia e uma situação financeira estável, está completamente perfeito, como eu sempre queria. Kageyama, no início, foi bastante teimoso e persistente, porém, não transparecia, ele é sagaz demais, Chō acabou herdando isso dele, agora ela sabe alguns truques para conseguir fazer eu dizer "sim" quando a mesma pede algo que realmente quer. Mas, voltando para o eu de alguns meses atrás, eu estava ao todo tempo ansioso e em pânico, Kageyama via minha situação e me indicou um psicólogo, que por sorte, era um conhecido dele. Obviamente, me ajudou bastante, em três meses, pesadelos haviam cessado, crises de ansiedade diminuíram em 40%, e em um ano, eu já me sentia uma nova pessoa, ou, o que eu era antes de todos os acontecimentos ruins. Eu sentia, que eu, havia voltado a ser eu mesmo, o eu que havia esquecido de como era.

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Kageyama foi chamado pela a irmã mais velha, para cuidar da empresa da mesma em Tóquio, por uma semana. A alfa de 30 anos, cabelos na altura dos ombros, olhar penetrante e ao mesmo tempo gentil, pedira do irmão para gerenciar tal empresa, por vez, ela pediu para eu e Chō irmos para lá, mas na mesma semana Chō voltaria às aulas e eu teria a festa de formatura.

— Shoy - Kageyama pela a milésima vez, me chama — Tobio, tá tudo bem, sua irmã precisa de você, e minha formatura ainda está em andamento, eu mando as fotos pra você, ok? - ele me abraça, não querendo soltar e seus ferônimos se liberam instantaneamente — Tobio! Seus ferônimos! - o repreendo e o acalmo com o meu — É uma semana, não uma vida inteira. Estarei esperando você, aqui - bato com o pé e marco o local em que esperávamos o trem

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