Capítulo Cinco: Cuidadosamente.

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Chō se arrumou e a deixei na creche, mas notei algo estranho nela, não era a minha Chō de sempre, estava mais quieta e ela não é nada quieta logo de manhã. Indago o motivo de ela estar nesse estado, porém ela disfarça com um sorriso forçado, me deixando ainda mais com medo. — Filha, você sabe que pode contar pro pai, né!? - falo enquanto arrumo seus sapatos, e em reação ela apenas concorda com a cabeça.
Tentei não forçar a barra e colocando pressão nela, então a deixei na porta da sala, vi o professor e o cumprimentei com a cabeça e o mesmo responde igual.

Logo á tarde, meu celular toca. Atendo sem reconhecer o número, ouço a voz de Kageyama, me dizendo — Hinata-san, sei que não está muito afim de falar comigo, mas preciso te contar que... — Kageyama, onde conseguiu o meu número de telefone? Foi com Tsukkishima? Saiba que eu não quero me aproximar de você. E você deveria estar cuidando das crianças e não fazendo eu perder meu tempo, estou também trabalhando. Ouço o seu suspiro atrás da chamada e ele continua — Chō - ao ouvir o nome dela, logo o arrepio vem nas costas — O que houve com ela!? Aquele desgraçado apareceu outra vez!?

— Ela se sentiu mal, e pediu minha ajuda. Eu estava na mesa e ela veio até mim, quando tocou em meu braço, senti que ela estava com a temperatura corporal elevada. Tomei um susto e logo trouxe ela a enfermaria, ela precisa de você, Hinata. - não tive tempo de raciocinar e deixei tudo nas mãos de Kei. Quando cheguei ela estava amuada acima da cama da enfermaria. — Filha o que houve!? - indago com o coração palpitando e me aproximo

— Papai... me desculpe - as suas singelas lágrimas caem em seu rosto vermelho — Fiquei com medo de você bligar' com Chō - a olho com olhos apreensivos

— Mas por que você achou que eu ia brigar com você, minha pequena!? - passo meu dedo em suas bochechas limpando as lágrimas

— As meninas disseram que seus pais brigavam com elas quando ficavam dodóis'

Mas Filha, eu nunca briguei com você por está doente. Por que ouviu suas colegas? - aperto sua mão — Papai nunca vai brigar com você, por quebrar algo ou ficar doente. - mais lágrimas caem em seu rosto gordinho, a abraço e a sinto bastante febril.

— Senhor Hinata, obrigado por vim rápido - a enfermeira diz — Ela já tomou os remédios e já tem permissão para ir pra casa com você e vai ter três dias para se recuperar, está bem, Chō-chan!? - ela diz com um sorriso simpático.

Estando no pátio da escola, Chō pede para ver seu professor, digo que ele está ocupado, mas a teimosia desse tiquinho de gente me encabula e sempre conseguindo o que quer.

— Chō... - o professor murmura ao vê-la indo em sua direção — Você ainda está doente, o que faz andando por aqui? - ele estende a mão pra tocar em sua cabeça, mas o mesmo se contém.

— O papai de Chō deixou eu vim e te entregar isso... - ela o entrega, um pequeno envelope branco. Ele olha intrigado para o pacote nas pequenas mãos dela — E o que seria isso... - ele indaga olha para ruiva

— Shiii... - ela faz sinal para ele falar baixo — É confidencial, leia só quando eu não estiver mais aqui - ela pisca e volta para Hinata. Aceno com a cabeça me despedindo e o moreno faz o mesmo.

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Com Chō ainda no segundo dia de febre, deixei-a com minha mãe o dia todo, já que a mesma estaria de folga, para a minha sorte. Já fechando a porta da frente do Café, pude sentir uma sombra grande atrás de mim, me virei achando que fosse ele novamente, porém me deparei com olhos azuis-marinho que brilhavam ao anoitecer do luar.

— Hinata... - o alfa estava na minha frente com um envelope e um pacote na outra mão — O-o que você está fazendo aqui!?? - indago me afastando — Eu já te falei que não quero você perto de mim. - ele me olha com receio e logo fala

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