Doce paixão

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Cole realmente é uma pessoa insistente.

Já se passaram algumas semanas dês de que ele resolveu retornar para a minha vida, inclusive sempre trás a Luisa para a minha casa em forma de desculpa para me ver.

O que eu não estava gostando nem um pouco era como ele estava se aproximando da minha família, eles se esqueceram do que ele fez comigo?! Bom, eu ainda não me esqueci, por mais que eu o amasse com tudo o meu coração, ele iria sofrer bastante por ter feito eu sofrer e achar que perderia o meu bebê.

Acho que foi o momento mais desesperador da minha vida, em um momento eu estava tomando banho tranquilamente e no outro estava escorrendo sangue pelas minhas pernas enquanto sentia uma grande pontada na minha barriga.

Eu corri para ligar para o meu pai, ele chegou tão rápido e desesperado me pegando no colo e me colocando dentro do carro. Apesar que eu estava tão desesperada quanto ele.

Balancei minha cabeça fazendo essas lembranças saírem da minha mente. Voltei a me concentrar no meu guarda roupa e procurar uma roupa que me caísse bem, logo logo eu estaria fazendo cinco meses e minha barriga estava crescendo super rápido.

Minha mãe disse que na gestação dela comigo foi a mesma coisa, com três meses todo mundo já percebia que ela estava grávida.

Como o dia estava claro e bem ensolarado, resolvi usar um vestido que ia até a altura dos meus joelhos, na verdade ficava um pouco mais acima. Ele era lilás e tinha algumas florzinhas, eu amava esses tipos de vestidos.

Arrumei um pouco meu cabelo que estava grande e rebelde, fiz uma trança e deixei de lado, na frente a minha franja caia em meu rosto.

Coloquei um saltinho e peguei minha bolsa e celular. Abri a porta de casa e já estava me preparando para pedir um Uber, mas quando vi o carro de Cole eu bufei alto.

__ O que está fazendo aqui?__ caminhei até ele com raiva que estava encostado em seu carro com os braços e pernas cruzados e me olhando com um sorriso.

__ Vou te levar para a consulta.__ falou serenamente.

__ Como você sabe sobre a consulta?!__ exclamei com raiva.

__ Eu sei de tudo, Reinhart. Inclusive, você não acha que está arrumada demais para ir só pra uma consulta não?

__ O que eu faço ou deixo de fazer não é da sua conta!__ apontei o dedo em seu rosto.__ eu não vou com você, já estou pedindo um Uber.

Levantei o celular mostrando para ele que revirou os olhos. Ele pegou o celular da minha mão e eu tive vontade de estapea-lo, e foi o que eu fiz.

__ Eu já lhe disse que você é um folgado do caralho?!__ dei um tapa no seu braço e peguei meu celular de volta.__ por quê você cancelou, caralho?

__ Você vai comigo. O filho também é meu!

__ Não foi isso que você disse, quer que eu te relembre?

__ Olha Lili, eu não vou ficar brigando com você sobre isso. Não preciso que você fique me lembrando sobre essa merda que fiz sendo que já lembro todos os dias. Entra logo no carro e vamos ir na consulta numa boa?

Eu não disse nada, fiquei olhando para ele enquanto ele fazia o mesmo. Nenhum desviava o olhar, parecia até uma competição.

__ Abre a porta.__ falei e ele sorriu vitorioso.

Ele foi até o outro lado e abriu a porta para mim, eu entrei com raiva, mas se ficasse nessa briguinha iria me atrasar para a minha consulta.

Ele entrou no banco do motorista e começou a dirigir. O tempo todo eu ficava sentindo o maldito cheiro dele, parecia que ele fazia isso para me provocar!

__ Cadê a Luisa?__ perguntei.

__ Está com a sua irmã.__ olhei para ele de imediato com a testa franzida.

__ Com a minha irmã?!

__ Sim. Chloe foi buscá-la na minha casa para brincar com a Addy.

__ Agora eu já sei como você sabe sobre a consulta. Aquela piranha...

__ Eu já sabia muito antes disso, Lili.__ ele colocou a mão em cima da minha coxa e eu dei um tapa forte em sua mão pelo atrevimento.__ Aí!

__ Tire essa mãozinha de mim!... E a Luisa não vai mais estudar não?

__ Ela está de férias, além de que eu já te disse que não vou embora sem você. Nem que eu tenha que matricular ela em uma escola aqui, vamos ficar até você deixar de ser cabeça dura.

__ Meu Deus, me dê paciência...__ encostei minha cabeça no vidro do carro e fechei os olhos.

Meus pés estavam doendo um pouco por causa do salto, logo teria que parar de usá-los. Isso me deixava com raiva e chateada, adoro saltos.

Quando chegamos na frente do consultório, ele correu como um louco para abrir a porta para mim. Pelo menos chegamos no horário certo. Fomos direto para a recepção.

__ Bom dia, vim para a consulta com o doutor Carlos.__ sorri para a recepcionista.

__ Doutor? Você não me disse que era um homem, Lili!

__ Cala boca!__ falei revirando os olhos.__ enfim... Ele já chegou?

__ Já sim, você chegou bem no horário. Sabe onde fica, certo?

__ Sim, sim. Obrigada.

Sai caminhando na frente de Cole que estava resmungando atrás de mim.

__ Da pra parar de resmungar? Que porra! Já me arrependi de ter deixado você vir.

__ Lili, você está de vestido. Ele vai ver a sua...

__ Para de falar!__ me virei para ele.__ não será a primeira vez, ele era o meu ginecologista quando morava aqui.__ me aproximei dele e falei no seu ouvido.__ ele vê milhares de vaginas todo dia, você acha que vai ligar para minha?

Revirei meus olhos quando voltei a olhar para ele.

__ Mas a sua é diferente...

Não deixei ele terminar e voltei a caminhar até a sala do Doutor. Bati na porta e ele falou que podia entrar, assim que eu entrei Cole entrou também com a cara feia fechando a porta.

__ Bom dia, Doutor.

__ Bom dia, Lil.__ ele caminhou até mim e me deu dois beijinhos.__ e você é...?__ perguntou a Cole que estava com a mesma cara que ficava na empresa.

__ Cole. O pai do bebê.

Ele falou em português com o sotaque extremamente forte e sexy...