Doce paixão

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Depois de longos dois meses sem o nosso bebê em casa, ele seria liberado hoje. Lili estava tão radiante hoje, nem parecia que seus olhos demonstravam as olheiras e o cansaço desses últimos dias.

Ela estava sentada na recepção roendo suas unhas ansiosamente, me sentei ao seu lado e lhe entreguei seu copo de água.

__ Calma, amor.__ falei pegando sua mão e colocando em cima da minha perna junto a minha.

__ Eu estou ansiosa, só isso.__ disse com um sorriso e levou o copo até a boca.

Beijei sua bochecha e ela encostou sua cabeça em meu ombro. Quando avistamos a enfermeira vindo com o Domenico no colo, Lili se levantou de imediato rapidamente, a enfermeira passou o Domenico para o colo de Lili assim que chegou perto de nós.

__ Oi amor. A mamãe e o papai vai te levar para a nossa casa agora.__ sorri passando meu braço pela cintura de Lili.__ ele está bem, certo?

__ Sim, ele está muito bem e saudável. É um menino forte.__ a enfermeira disse sorrindo.__ agora vamos nos ver quando ele vier fazer exames e tomar as vacinas.

Lili concordou e a enfermeira de despediu. Peguei a bolsa da maternidade do ombro da Lili e começamos a caminhar devagar para o estacionamento, fui admirando o jeito que ela conversava com ele, o jeito carinhoso que ela tratava o seu bebê e a forma protetora que ela o segurava.

Se apaixonar por Lili era inevitável.

Coloquei Domenico na cadeirinha com muito cuidado, ele era tão pequeno e frágil que tinha medo de pegá-lo. Coloquei a cadeirinha no banco de trás do carro e Lili se sentou ao seu lado. Entrei no banco do motorista e comecei a dirigir em direção a nossa casa.

Aliás, estamos em outra casa maior agora. Os dias iam se passando e a ideia de não voltar para a Itália se tornava mais frequente. Eu gostava da vida que estávamos levando aqui, fora a família da Lili que é incrível comigo e principalmente com a minha filha.

Nem meus pais eram assim...

__ Seus pais já chegaram?__ Lili perguntou e eu olhei para ela pelo espelho do carro.

__ Eu não sei, eles disseram que iam avisar quando chegassem, mas ainda não ligaram ou mandaram mensagem.

Ela concordou com a cabeça e voltou a pegar na mãozinha do Domenico. Agora estávamos felizes, esses últimos dias foram tão preocupantes... Ele precisava de ajuda respiratórias e por um momento eu achei que ele não fosse sobreviver.

Mas a Lili estava lá ao meu lado, mostrando sua enorme força. Ela ainda é mais forte do que eu posso ser.

Quando chegamos na nossa casa, ajudei Lili a pegar as coisas e peguei a cadeirinha com o Domenico. Ela pegou a chave abrindo a enorme porta branca e vimos toda a família dela ali na sala. Não só a família dela, meu pai e minha mãe também estavam lá.

Luisa correu até nos querendo ver o seu irmãozinho, eu abaixei a cadeirinha mostrando o bebê de roupinha azul escuro dormindo.

__ Ele só dorme!__ ela disse cruzando os braços e fazendo careta.

Todos acabaram dando risadas e Luisa deu um abraço em sua mamãe Lili. Meus pais se aproximaram e meu pai me deu um abraço devagar, com cuidado já que Domenico estava em meus braços.

Tirei ele da cadeirinha e o mostrei para o meu pai que sorriu largo. Meu filho abriu os olhos vagamente olhando para os lados, mas depois fechou os olhos novamente.

__ Ele se parece com você bebê.__ meu pai disse sorrindo.

__ Quer pegar ele?

__ Não! Tenho medo.__ Lili acabou rindo.

__ O Cole também tem.__ Lili completou.

Passamos o dia todo com a nossa família, mas eles foram embora cedo dizendo que estaríamos cansados. Mesmo eu e Lili insistindo, meus pais foram para um hotel.

Agora Lili estava dando banho no pequeno morrendo de medo, mas eu estava a ajudando segurando ele enquanto ela o banha-vá. Luisa estava mostrando para ele alegremente todos os brinquedos que ele tinha, ele a olhava como se fosse a melhor coisa que ele já tinha visto.

Acho que eles vão ser bons amigos.

__ Mamãe, ele tem os olhos grandes iguais ao seu.__ Lili e eu rimos quando Luisa falou com os olhos arregalados.

{...}

Me encostei na batente da porta observando Lili olhar para o seu corpo no espelho. Para mim ela continuava linda, mas ela não se sentia assim... Inclusive não deixa eu toca-la a um longo tempo. Já estava me matando por isso.

__ Você continua a mulher mais linda que eu já vi.__ ela pulou de susto e tentou cobrir seu corpo com as mãos. Meu maxilar travou e eu dei passos para perto dela.__ eu não gosto quando se esconde de mim.

__ Eu só não estou gostando do que vejo, se eu não gosto, você também não vai gostar.__ ela puxou a camisola que estava em cima da cama, mas eu peguei de sua mão antes que ela colocasse.__ PARA, COLE!

__ Lili, meu amor. Eu gosto de você do jeitinho que você é, eu queria que você se visse com os meus olhos, você é perfeita.

Ela encostou sua cabeça em meu peito e eu passei meus braços pela sua cintura colando nossos corpos. Ouvi ela chorar baixinho e a abracei mais forte ainda, Lili era forte, mas ninguém segurava por muito tempo tudo o que estava sentindo. Do mesmo jeito que às minhas emoções estavam afloradas, às delas estavam piores.

Segurei seu rosto em minhas mãos e dei beijos carinhosos pelo seu rosto, ela sorriu e eu passei meus polegares pelas suas lágrimas.

__ Eu amo você e te acho a pessoa mais perfeita desse mundo, tanto por dentre quanto por fora. Eu deveria deixar isso mais claro, você é tudo na minha vida, Lili.

__ Você também é na minha.

Colei nossos lábios sentindo sua língua entrar na minha boca. Desci minhas mãos pelo seu corpo nu passando em todos os lugares, principalmente os lugares onde eu mais gostava.

Domenico estava dormindo no seu quartinho, Luisa também estava dormindo, então eu poderia aproveitar com a minha mulher agora.

Empurrei ela para a cama e subi em cima do seu corpo. Desci os beijos por todo o seu corpo, beijando cada cicatriz que ela tinha no seu belo corpo que me prendeu. Quando subi novamente para o seu rosto, ela estava chorando. Franzi a testa e perguntei:

__ O que foi amor, não está gostando?

__ E-estou... Eu não sei o que fiz para merecer você.

__ Eu que não sei o que fiz para merecer você.

Me deitei ao seu lado e trouxe ela para deitar em meu peito. Ela cobriu nossos corpos com o cobertor e fechou os olhos. Olhei um pouco para a tela onde mostrava o nosso filho, dormindo serenamente.

Ele brincou bastante com a pequena Luisa, acho que é por isso que está dormindo profundo agora. Bebês nos primeiros meses só sabem dormir e comer, mas principalmente precisam da mãe.

O que deixava minha Lili extremamente cansada, mas eu iria fazer de tudo para ajudá-la. Isso é o mínimo.

__ Eu amo você.__ ela sussurrou.

__ Eu também.__ falei passando minha mão pela suas costas.