Doce paixão

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Cazzo, cazzo, cazzo, cazzo!

Era tudo culpa minha, eu não deveria ter deixado ela tão estressada... Se meu bebê estivesse morto ou se alguma coisa acontecesse com a minha Lili eu estaria morto por dentro também.

Eu estava sentado esperando notícias dela, quando chegamos levaram ela e eu não pude entrar. Duas horas, fazem duas merdas de hora que eu estou aqui esperando notícias e nada...

Pai de Lili estava tão aflito quanto eu, já sua mãe estava um pouco mais calma, pelo menos é o que parecia. Ela é enfermeira, me disse que talvez seja só pelo estresse que ela podia estar passando nesses últimos dias.

Mas nada tirava da minha mente que era culpa minha, Lili estava muito bem, mas depois da nossa pequena discussão e do seu desabafo ela ficou assim.

Eu poderia ter evitado tudo.

Quem estava me ligando era a minha advogada que estava cuidando do caso do Drew, eu estava aflito pelo fato dele estar tentando abrir o habeas corpus. E sim, ele estava conseguindo. Por isso eu estava viajando tão frequentemente para a Itália, mas não queria disse isso a Lili para não deixá-la estressada. Isso foi um erro, deveria ter sido sincero com ela.

__ O médico está vindo!__ o pai de Lili disse se levantando rapidamente. Logo em seguida eu me levantei.

Dava graças a Deus por entender perfeitamente o português agora.

__ Como está a minha mulher, e o meu filho?__ falei quando o doutor parou em nossa frente.

__ Eu não diria bem. A sua esposa teve um deslocamento de placenta e por estar chegando aos 8 meses de gestação pode ser perigoso. O mais apropriado é uma cesariana de emergência, mas ela não pode dizer se quer pelo fato de estar sem condições...

__ Como assim, sem condições?__ Dona Amy o cortou.

__ Ela está medicada, tivemos que dar um calmante para a sua filha porque ela estava muito agitada e estava só piorando o caso dela e do bebê. Se não fizermos uma cesariana, o bebê e a mãe estão em risco de morte.

__ Então o que você está esperando para fazer a porcaria da cesariana?__ falei estressado.

__ Calma, Cole.__ Amy disse.__ eu sou a mãe dela, posso assinar que estou dando permissão para fazer a cesariana. Eu sou enfermeira, posso acompanhar no parto?

__ Sim. Daqui a pouco alguém virá buscar você para colocar às roupas para assistir o parto.__ o médico disse para mim e eu concordei com a cabeça me sentando na cadeira.

Amy saiu com o doutor e eu senti os meus olhos arderem. A culpa é a pior coisa que alguém pode sentir na vida!

Meu celular começou a vibrar no meu bolso e eu o peguei vendo ser a Tess.

__ Oi.__ falei simples.

__ Já tem notícias da Lili e do bebê?

__ Vão fazer uma cesariana, ela teve um deslocamento de placenta.

__ Meu Deus... Mas eles estão em risco?

__ Sim...__ deixei que às minhas lágrimas caíssem.__ a Luisa conseguiu voltar a dormir?__ perguntei mudando de assunto.

__ Sim. Ela ficou perguntando por um tempo o que a mãe dela tinha, mas eu a tranquilizei e dei um pouco de chá para ela...__ ela soltou um suspiro longo e continuou com uma voz chorosa.__ me dê notícias da minha irmã, por favor.

__ Pode deixar.

Lili era querida pela família dela, eu gostava disso. Minha família sempre me deu de tudo, mas carinho e afeto sempre me faltaram, ainda mais pela minha mãe.

Meu pai tenta mudar hoje, mas ele já errou demais... Talvez por isso eu tenha tanto medo de me aproximar dele.

__ Minha filha vai ficar bem.__ Daniel falou ao meu lado.__ ela é forte. Uma vez ela caiu de uma casa na árvore em um parque, era bem alta e eu achei que ela tinha quebrado todos os ossos do corpo.__ ele riu fraco.__ quando eu cheguei até ela correndo igual um louco, ela se levantou rindo e disse que tinha sido muito legal.

Eu acabei rindo junto com ele.

__... Ela já sofreu muito, como você sabe. Mas ela nunca se deixou abalar por nada disso, eu nunca nem vi a Lili reclamando. Ela é a pessoa mais forte que eu conheço e eu sei o quanto ela ama você e o Domenico. Sei o quanto ela considera a Luisa como se fosse a sua filha e o quanto a ama. Ela não vai morrer e o seu filho, meu neto também não vai.

Sorri.

__ É, você sabe mesmo como reconfortar alguém.__ ele sorriu fraco e se levantou.

__ Vou até a padaria no final do hospital, quer alguma coisa?__ neguei com a cabeça e ele concordou sorrindo.

Eu não era religioso, mas estava implorando para que às palavras dele fosse verdades e que a minha Lili e o meu filho ficassem bem.

Uma mulher me tirou dos meus devaneios e me levou até uma sala onde eu coloquei luvas, touca e um pijama horrível por cima da roupa. Ela me disse que me levaria até a Lili, mas ela estava desacordada pela sedação em seu corpo para acalma-la.

Quando eu entrei na sala vendo a minha mulher deitada em uma maca com os olhos fechados, eu desabei mais uma vez em choro sem me importar com quem estivesse olhando.

Eu segurei a sua mão o tempo todo que faziam a cesariana, minha sogra acompanhava tudo de perto olhando. Eu me sentia mais seguro com ela ali. Beijava a testa de Lili o tempo todo, mesmo ela desacordada eu queria que ela sentisse que eu estava ali.

Quando ouvi um choro forte, muito forte mesmo. Meus olhos transbordaram, meu filho estava ali... Ele estava vivo.

Eu me aproximei chorando vendo ele se acalmar enquanto eu segurava em sua mãozinha gorda. Ele tinha os olhos de Lili, mas rapidamente seus olhos foram fechados e ele parou de chorar fazendo um bico enorme.

Ele não tinha muitos cabelos, pelo menos eu não estava conseguindo ver agora. Mas minha alegria foi pouca, rapidamente levaram ele para a incubadora.

Domenico chegou bebês
Beijos e até o próximo capítulo!!!