014: Revelar-se.

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— Eu estou desesperada. — Baela se jogou na cama do -agora- oficial cunhado, jogando os cachos de cabelo para o lado.

Fazia um ano e alguns meses que ela e Jacaerys estavam casados, agora eram príncipe e princesa de Dragonstone. As coisas entre eles eram boas, muito boas, quase nunca brigavam e viviam intensamente. Sempre inventando coisas para fazer e não ficar numa monotonia.

— Eles ainda estão enchendo o saco de vocês querendo herdeiros? — Folhava os livros que o ajudava a melhorar em seu Valeriano, sentado perto da janela que lhe dava visão de uma bela paisagem.

Mais do que nunca, eles estão necessitados de uma gravidez minha. — Usou a língua que o mais novo estudava, querendo ajudá-lo de alguma forma.

Mande-os a merda. Você ainda é jovem... — Respondeu sem muita dificuldade, levando o olhar até a mulher, que agora estava deitada de lado com a mão apoiada na têmpora enquanto o observava.

— Mas acontece que sua mãe, vossa majestade, minha sogra... tem sete filhos com apenas trinta e sete anos. — A mulher havia engravidado mais duas vezes durante esses cinco anos, assim nascendo Aenor e Visenys Targaryen. — E eles esperam que eu siga o mesmo caminho, mas eu não tenho responsabilidade nem para cuidar de mim mesma. E eu quero ser uma boa mãe.

— Você se casou jovem, eu me casarei jovem, meus outros irmãos terão o mesmo destino que o meu.... Portanto, temos uma boa desculpa para usarmos. — Falou de repente, se levantando e guardando o livro que estavam em sua mão, logo caminhando até a mulher e ficando de joelhos no chão, aproximando o rosto do dela. — O que acha de fugirmos de nossos compromissos hoje?

A viu sorrir de lado e acabou por fazer o mesmo, deitando a cabeça para a direita.

— Joffrey, Joffrey... — Negou com a cabeça sem tirar o sorriso do rosto, e então fechou os olhos. — Você sabe que somos meio que "proibidos" de ficar um perto do outro, não?

Voltou a abrir os olhos, encarando os do mais novo. Que gargalhou e se jogou para trás.

— Não me lembre disso! — Tampou o próprio rosto com as mãos enquanto negava com a cabeça.

No aniversário de dezessete anos de Joffrey, ele e a sua garota preferida decidiram encher a cara sozinhos, eles compraram bebidas fortes que forneciam na rua da seda e voltaram para o castelo.

Comemoraram apenas os dois no quarto de Joffrey, já que o resto dos adultos estavam entretidos com assuntos políticos e haviam esquecido do aniversário do adolescente.

Portanto, Baela decidiu anima-lo. E acabou que tudo deu errado, pois ambos beberam tanto que começaram a fazer muita bagunça.

As vezes gritavam apenas por graça, ou as vezes estavam apenas fazendo uma brincadeira como cócegas. E acabavam se descontrolando.

Em uma dessas brincadeiras, Daemon passava pelo corredor acompanhado com alguns outros lordes que discutia sobre as decisões políticas.
Com um grito de Joffrey ele rapidamente arrombou a porta de seu quarto e encontrou Baela praticamente jogada em cima do aniversariante, ambos olhavam na direção da porta com as bocas abertas sem saber o que falar.

Como se não bastasse, algumas fofoqueiras apareceram e a algazarra estava formada. Daemon lhes deu um sermão ainda bêbados, e acabou se irritando ainda mais ao ver que eles não faziam o mínimo esforço para ficarem sóbrios.

Quando a fofoca chegou aos ouvidos de Jacaerys o garoto ficou possesso com o seu irmão mais novo. Desde então ele tem uma cisma com o garoto, não gosta de deixar os dois em lugares privados sozinhos ou se não uma grande confusão aconteceria.

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