010: Criatura Proibida.

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— Nos dê licença, Lorde Cregan. — Aemond se dirigiu ao mais velho, com sua típica carranca intimidadora.

— Certo, lhe vejo em breve Luke. — Se despediu do mais novo com um sorriso galanteador, não demorando para voltar para dentro do salão.

— O que você está fazendo? — Lucerys perguntou a Aemond, que o encarou de volta, parte de si estava incrédulo com aquilo, mas ele não demonstraria de forma alguma.

— O que eu estou fazendo?! O que você está fazendo Lucerys? Flertando com um homem que é sete anos mais velho que você? Que já tem um filho? Que já teve uma esposa que morreu no parto? — O mais velho praticamente jogava as palavras em sua cara, deixando Luke surpreso com coisas que ele ao menos fazia ideia, mas mesmo assim não se deixaria abalar tão facilmente. — Você tem quatorze anos apenas, é um garoto que acabou de entrar na fase mais complexa da vida , não pode sair se jogando para cima das pessoas!

O futuro senhor das marés revirou os olhos enquanto escutava os esculachos que eram para ser dados por Daemon, e não por Aemond.

— Está com ciúmes por acaso? — Franziu o cenho, cruzando os braços em frente ao peito, enquanto deixava um sorriso debochado brotar em seu rosto. — Porque não vejo necessidade de você me lembrar minha idade.

Aquele foi o xeque-mate do garoto, porque não recebeu resposta alguma de seu tio, ele ficou quieto pelo menos por trinta segundos.

— Não é ciúmes, apenas quero que você preserve sua virgindade e não saía por aí se abrindo para qualquer um que apareça em sua frente. — Lucerys se afastou do parapeito, agora caminhando para mais perto de Aemond.

— Eu sei o motivo de você me querer fora por cinco anos. — O próprio Lucerys não sabia de onde havia saído tanta coragem ao ponto de peitar seu tio, jogando coisas que estavam entaladas em sua garganta na face do mais velho. — Você quase está cedendo, não está suportando mais o fato de não poder me tocar. Isso é estranho se levarmos em consideração a minha idade, mas eu não me importo nem um pouco com isto!

Riu de escárnio, ele sabia que seu tio tinha seus princípios, e não o tocaria antes de sua maior idade. Mas ele não poderia evitar, ele sabia claramente o que sentia por seu tio, o seu corpo clamava pelo dele. E ele queria ser retribuído.

— Você está completamente sedento, não me aguenta por perto por ao menos dez minutos. — Talvez fora o copo de vinho que Jacaerys lhe ofereceu escondido em um momento propício da festa, ele deve ter servido para que Lucerys finalmente caísse na real. — Você fala tanto de minha idade que é isto e aquilo, mas deveria olhar a si próprio. Eu sei que quando você tinha essa idade já acompanhava seu irmão bêbado pela Rua da Seda!

— É. Sim, eu já frequentava lugares como aquele quando eu tinha a sua idade. — Respondeu, também se aproximando de Lucerys. — E eu me arrependo profundamente, por isso estou preservando tanto por sua inocência!

O empurrou contra a parede, ficando com o corpo praticamente colado com o dele.

— E mais uma vez você está certo, o seu pensamento sobre o motivo de eu o querer fora por cinco anos está corretíssimo. — Riu de lado, segurando a mandíbula do garoto e a puxando em sua direção. — Então, por favor, colabore.

Enfim se afastou do garoto bruscamente.
Voltando a caminhar para dentro do salão, deixando um Lucerys ofegante e confuso para trás.

Ambos naquele momento estavam lidando com seus sentimentos, Lucerys com seus hormônios a flor da pele gritando por o contato físico e proibido de seu tio.

E o jovem Aemond sem entender o porquê de sua maldita paixão louca por seu sobrinho vir a tona tão desgraçadamente. Ele odiava se sentir daquela forma, especialmente por ele ser o responsável de sua cegueira de um de seus olhos.

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