Ele tentou se soltar do aperto mas Aemond era muito mais forte.
— Você nos traiu, traiu sua família. — As marcas de dedo certamente ficariam em sua pele, mas ele sentia que merecia aquilo. — Onde está o desgraçado do Cregan?
Puxou-o em sua direção, fazendo com que ele caísse sobre o colchão, e então assumindo um lugar em cima dele.
— Aemond... me desculpe. — Tentava falar, mas estava difícil por conta do aperto.
— Você está pedindo perdão, garoto? — Soltou o pescoço dele vagarosamente, permitindo que ele respirasse. — Você fodeu comigo duas vezes, duas quase mortes... e agora está na minha hora de foder com você.
Levou a mão até a mandíbula dele, segurando-a sem cuidado algum enquanto fazia com que ele olhasse em sua direção.
Lucerys por outro lado estava assustado, ele sabia que não seria fácil lidar com Aemond mas nunca o vira de tal forma, tão agressivo e desbocado.
— Você por acaso quer que eu espere até o dia em que você realmente vai conseguir me matar? — Riu debochado, se aproximando bem do rosto do garoto, tocando nariz com nariz. — Nós vamos nos casar hoje mesmo, e eu vou lembrar a você todos os dias de nosso casamento o quão ruim eu consigo ser.
Ele passeou o nariz por o rosto do garoto, sentindo o cheiro gostoso que ele tinha, apesar de estar assustado ainda continuava lindo.
— Eu vou usar e me aproveitar de você todas as vezes que eu quiser. E você não dirá nada, sequer tem direito para isso. — Enfim se soltou dele, afastando-se e sentando-se sobre a cama. — Agora some daqui, e mande criadas arrumarem Rhaena, eu irei avisar a rainha.
Lucerys respirou fundo, tentando assimilar tudo o que havia acontecido e então se levantou, saindo dali o mais rápido possível.
[...]
Rhaena estava acompanhada de Daeron quando soube da notícia de que o casamento iria ocorrer ainda naquele dia.
— Isso é uma loucura. — Ele disse olhando para a criada.
— O príncipe Aemond acordou, e exigiu que todos arrumassem para seu casamento com o príncipe Lucerys e a Princesa Rhaena. — Eles trocaram olhares confusos, mas a garota apenas fechou os olhos e respirou fundo. Tinha muita coisa errada ali.
— Bom, não há o que fazer, não posso me opor. — Deu de ombros e então se levantou. — Depois eu termino de ensiná-lo algumas palavras em alto Valeriano, certo?
Se dirigiu para Daeron, que somente concordou com a cabeça e fechou o livro, antes de se levantar.
— Se é para nos arrumarmos... faremos isso. — Ele riu mesmo sem querer e começou a andar para fora dali, e logo Rhaena fez o mesmo.
[...]
Um pouco mais tarde, já estavam todos reunidos na sala do trono de ferro. Já era noite, estavam Aemond e Lucerys um ao lado do outro e um pouco mais atrás estava o septão que presidiria a cerimônia.
Todos estavam levemente confusos com o que estava acontecendo ali, mas não ousariam se intrometer tão recentemente, mas Rhaenyra daria um jeito de descobrir.
Logo a porta foi aberta, e por ela passaram Rhaena e Daemon, dessa vez ela optou por não usar algo na cor branca, e muito menos um vestido apropriado para a ocasião mas ainda sim usava seu manto virgem da casa Targaryen, aquele clima parecia até mesmo um velório.
Quando ela finalmente chegou, foi recebida por os dois, que também permaneciam quietos.
Não demorou para que o septao desse início a cerimônia, que seria enxurrada de orações, o que particularmente fazia Rhaena se entediar.
Até que chegou a hora dos votos, Lucerys nunca pensou que conseguiria ser tão falso a esse ponto, prometer amor incondicional para eles e receber a mesma coisa em troca.
Ficou levemente feliz ao perceber que já estavam quase no fim da cerimônia, onde ele teria que trocar os mantos de seus noivos, que agora passariam a ser Velaryons.
Ele o fez com um leve sorriso no rosto, não tão verdadeiro quanto gostaria que fosse.
— Com este beijo prometo meu amor. — Se aproximou de Rhaena, deixando um selar em sua testa, e na vez de Aemond deixou um próximo a seus lábios.
— Eu o tomo como meu senhor e marido. — Falaram em uníssono, enquanto olhavam para Lucerys.
— Eu os tomo como meus senhores e esposos. — Respondeu, desviando o olhar para o chão quando Aemond passou a lhe encarar intensamente.
— Aqui na presença dos deuses e dos homens, eu declaro Lucerys da casa Velaryon, Aemond e Rhaena da casa Targaryen agora são marido e esposos, uma carne, um coração, uma alma, agora e para sempre
Agora estava feito, não poderiam dar com o pé para trás.
[...]
Todos ficaram ansiosos ao verem os três adentrando os aposentos de Aemond, imaginando o que aconteceria ali.
As criadas fofocavam o quão Rhaena deveria ser guerreira para aguentar dois homens na cama, e elas tinham sorte já que Daemon não escutou suas palavras.
Já dentro do quarto, Rhaena sentou-se na cama e começou a tirar seu sapato.
— Não iremos transar. — Decretou, ao ver Aemond retirar sua blusa.
— Eu preciso dormir. — Rhaena deu de ombros e se levantou, espreguiçando-se.
— Infelizmente as fofoqueiras estão do lado de fora, e eu não posso sair daqui agora. — Andou até o trinco da porta, tampando-o com uma peça de roupa para que não pudessem ver o que estava acontecendo ali dentro.
Então caminhou até o único divã que tinha ali e se deitou, abraçando-se a uma almofada.
— Tenham uma boa noite, e não tentem consumar o casamento comigo aqui por favor. — Pediu, se virando de costas para eles.
Lucerys estava estático, não sabia o que fazer é muito menos como agir em um momento como aquele.
Ou ele dormiria no chão, ou na cama junto com Aemond. E nem uma das duas opções eram boas.
Ele então se deu por vencido e tirou seu sapato, agora subindo vagarosamente na cama do mais velho, não querendo ter que acorda-lo ao perceber que ele estava aparentemente dormindo.
— Vou lhe dar um conselho. — Se assustou ao escutar a voz do homem, e apertou os os lençóis. — Durma com um de seus olhos abertos, é sempre bom se previnir.
Avisou, antes de virar-se de costas para ele.
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Generation of Dragons
Ficción históricaApós quase ser morto por seu tio, Aemond Targaryen, junto com seu dragão Arrax, Lucerys voltou para a pedra do dragão com sua cabeça a mil. O garoto não queria derramamento de sangue, muito menos ver pessoas importantes em sua vida morrerem. Com e...