A Poderosa Pereira - Mailila G!P (PAUSADA)

revelação bombástica

Pov Marília

Eu ouvia a movimentação no quarto, mas não conseguia abrir meus olhos. Que merda... nunca fui de ter tanto sono assim.Por que eu simplesmente não abria os olhos? Meu corpo estava pesado e eu não conseguia sequer mover o braço ou perna. Gemi.

- Continue a dormir ainda é cedo - A voz
autoritária e sexy de Maiara se fez ouvir no
quarto ainda escuro.

- Que... que horas são? - pergunto ainda de
olhos fechados.

-Cinco da manhã - sua voz estava um pouco
baixa.Porra.. Meu Deus! De onde essa mulher tirava tanta energia?

Isso não era normal. Ela usava alguma espécie de droga, agora eu tinha certeza. Nenhum ser humano por mais forte que fosse poderia dormir tão pouco. Sono é essencial, pelo menos pra mim.

-Dormiu há pouco mais de duas horas, Maiara

-Tenho trabalho, Marília.

-Eu vou... fazer seu café - Com muito custo
consegui abrir os olhos e vi a figura imponente que ajeitava a gravata.

-Não precisa. Eu como alguma coisa por aí.

—É minha obrigação... servir você - Ela veio
até mim, puxando meu corpo. Confesso que assustei com a violência, pensei que fosse realmente me forçar a sair da cama, já que eu insistia, mas ela me beijou, apertando meu corpo ao encontro do dela.

- Você já me serviu por horas. Agora merece
descansar - Senti meu rosto arder, por saber
que ela se referia ao sexo que fizemos pela
madrugada afora.

-Hanna também acordava tarde? -eu precisava saber.

-Não! Sempre antes de mim - Merda que vergonha.

- Então eu tenho...

-Marília...Hanna não cumpria... hã... as tarefas que você cumpre, perfeitamente bem durante a madrugada. Tinha horas para dormir, por isso acordava cedo. Portanto, seja boazinha e volte pra cama e não se esqueça que hoje iremos almoçar com meus pais.

- Bom trabalho, então.

- Obrigado. Bom sono - Deu-me um último
beijo e saiu. Caí na cama novamente, feliz.

Aos poucos eu ia descobrindo o lado amável de Maiara. Sei que fazia parte da profissão dela ser tão sisuda, mas parecia que às vezes ela gostava de ser rude com as pessoas. Esse lado dela me assustava. Às vezes, embora eu não me assustasse facilmente. Mesmo sabendo que não precisava sair da cama, eu me levantei.

Gustavo estava há muito tempo sumido e isso me preocupava. Era um porra louca e para estar aprontando alguma coisa, pouco custava. Ainda era cedo, mas liguei em seu celular. Desligado. Liguei em nossa casa e um dos empregados atendeu. Gustavo não dormia em casa a três dias.

Ahhh... merda! Eu sabia que deveria estar
aprontando, preciso ir lá, mas era melhor falar com Maiara primeiro. Não queria uma briga agora que ela estava tão maleável. Tomei um banho, tomei meu café e pensei no que diria a ela.

O problema é que iríamos almoçar com os pais dela... teria que conversar com ela mais tarde. Resolvi ir até o escritório dela, procurar algo para ler. Vi uma infinidade de títulos. Era uma chance de descobrir seu gosto pela leitura. Percorri a prateleira pegando um exemplar em couro. Era uma bela capa: 0 morro dos ventos uivantes. Maiara lendo isso? Comecei a ler certa vez e não fui à frente. Por que não agora? Sentei-me na poltrona dela e folheei o livro. Um papel dentro me chamou a
atenção.

Peguei e vi que se tratava de uma foto. Uma
garota loira de uns 17 anos. Era bonita. Olhei o verso da foto e parei de respirar ao ler a
dedicatória.