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Um mês depois.

Já tinha dado certo.

Minha primeira arte havia sido vendida por um valor de doze mil. E a partir daí, os valores foram crescendo.

Ludovico cresceu nosso contrato, e agora eu trabalhava e vendia, ganhando valores consideravelmente bons! Até demais, levando em conta a outra parte que fica com Ludovico.

Com o tempo, eu queria investir nisso, até crescer as gama das minhas pinturas. Ludovico disse que eu tive muita sorte em já começar me saindo bem, já eu preferia chamar de destino.

Sempre amei pintar, não seria justo não trabalhar com isso.

Saí do meu trabalho na loja, e pretendia trancar a a faculdade de moda, para começar a de artes.
Estava tudo dando certo na minha vida.

Eu estava bem financeiramente, fazendo o que amava.

Eu estava observando os quadros da galeria, quando recebi uma mensagem de Sofie dizendo que precisava da minha ajuda.

ㅡ Está tudo bem? ㅡ digitei de volta.

" Eu não sei."

ㅡ Estou indo.

Guardei o celular e me virei apressada para ir embora, mas me bati com alguém que até então eu não havia visto.

Bia: Desculpe!ㅡ ele me segurou.

Olhei para o homem e...

Roberto: Sem problemas, querida.ㅡ sorriu malignamente.

Eu estava paralisada. Haviam pessoas ao nosso redor conversando normalmente, mas eu não as escutava.

Meu coração estava acelerado. Como ele havia me encontrado?

Ludovico: Aí está!ㅡ escutei ele se aproximando Ludovico apertou a mão de Roberto e me olhou ㅡ Está é a dona do quadro que você comprou na semana passada. Um bela artista, não é?

Roberto me olhou. Não. Ele estava quase me engolindo com seus olhos escuros. Pareciam ainda mais mortos do que antes.

Roberto: De fato.

Pisquei algumas vezes.

Sofie.

Bia: Senhor Ludovico, preciso ir, tenho uma urgência.

Ludovico falou alguma coisa, e eu saí. Saí sem olhar para trás.

Nem percebi que estava quade correndo.

Ele voltou para me matar.

Entrei no carro ofegante.

Eu preciso sair daqui!
Calma!
Calma!
Calma!

Eu já estava chorando. De raiva de mim mesma por ter medo dele, raiva por estar nesse estado!

Dei partida assim que vi Roberto sair da galeria me procurando com os olhos. Acelerei sem pensar duas vezes.

Ele havia me visto?!

Eu o odeio, o odeio! Eu deveria ter colocado ele na prisão, ou o ter mandado para a cidade dos pés juntos!

Eu o odeio. Odeio. Odeio. Odeio. Odeio. Odeio. Odeio.

De repente, só senti o baque forte em meu rosto.
Minha visão estava embaçada, e os alarmes dos carros estavam apitando.

Eu havia batido em algum carro.

Saí um pouco bamba, observando o estrago. A mulher loira estava falando algo, sobre estrago, pagar, atenção, trânsito... Então apenas soltei:

Bia: Vou pagar.

ㅡ Você praticamente jogou seu carro em cima do meu.ㅡ apesar da situação, ela não estava muito brava.

Bia: Me desculpe, eu estou indo atender uma emergência.ㅡ o estrago estava feio.

ㅡ Sua testa está sangrando.

As pessoas curiosas observavam ao redor. Coloquei a mão na testa e senti o sangue quente e úmido a sujar.

Merda.

Minha cabeça doía e meus olhos ainda estavam um pouco embaçados, talvez pelas lágrimas.

Bia: Me dê seu número. Arranje uma oficina e eu arco com os gastos, mas me deixe ir embora.

Ela me olhou.

ㅡ Tudo bem.ㅡ pela primeira vez, ela sorriu ㅡ Aqui.ㅡ me entregou seu cartão e eu lhe passei meu número.

Agradeci e fui chamar um uber, até sentir alguém tocar meu braço. Me virei assustada pensando ser Roberto e vi Gabriel.

Gabriel: Sou eu, Bianca!ㅡ puro alívio tomou conta do meu corpo.

A loira nos observou. Gabriel olhou pra ela e por uns minutos, ele ficou assustado.

A moça apenas deu as costas e entrou no carro para procurar algo.

Bia: Gabriel?ㅡ o chamei e ele pareceu acordar ㅡ Onde está Sofie?

Gabriel: Como vou saber?!ㅡ me analisou ㅡ Está doendo? ㅡ apertou um ponto da minha cabeça ㅡ Caralho, Bianca, você quer se matar?!

Me afastei dele parecendo recordar da nossa atual situação. Ele iria aparecer como se nada tivesse acontecido?!

Bia: Preciso falar com Sofie, não tenho tempo pra os seus sermões.ㅡ me virei mas ele segurou.

Gabriel: Bianca...ㅡ franzi o cenho, mas me arrependi ao sentir dor ㅡ Vou te levar para a minha casa, você vai ser atendida, e eu ligo para Sofie vir.

Bia: Não foi nada!

Gabriel: Não foi nada?!ㅡ apontou para o meu carro.

Bufei, eu queria chorar. Pela dor, por ele estar ali na minha frente, por causa de Roberto me perseguindo.

Aliás, eu havia esquecido disso. Estremeci.

Bia: Por favor, me leva até Sofie? Depois eu faço o que você quiser.ㅡ eu só queria sair dali.

Gabriel demorou para assentir, mas segurou em minha mão e me conduziu até seu carro, antes que juntasse mais pessoas e desse problema.

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A Fórmula Perfeita- ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora