A Fórmula Perfeita- Concluída

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Deixem a estrelinha, amores!🌟❤

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Não me importei com a areia em meu pé, na verdade, a sensação era muito boa.
Gabriel estava sem sapato, com a camisa azul claro desabotoada um pouco na frente, e a calça um pouco levantada para não sujar muito.

Isso sim era aproveitar o mar. Observei as ondas quebrando.

Bia: Ele é seu melhor amigo?

Gabriel: Não. Não tenho melhor amigo.

Bia: Hum...

Gabriel parecia ter suas razões para não considerar Jonatas seu amigo.

Fiquei calada até tempo o demais. Era bom ficar assim com Gabriel ao lado, ao mesmo tempo que era confortável, eu também não me sentia só.

Gabriel: Pensei que tivesse inúmeras perguntas.

Bia: Não quero pressioná-lo.

Gabriel: Apenas pergunte.

Parei para pensar. De uma hora para outra, as perguntas pareciam ter sumido.

Bia: Você... Você tirou uma arma no dia em que fui baleada.

Gabriel: Sim... E isso não foi uma pergunta.

Bia: Por que tem uma arma?

Gabriel: Por que preciso me defender como situações iguais àquelas.

Bia: Por causa do seu trabalho?ㅡ franzi o cenho.

Por favor, fale mais sobre...

Gabriel não mordeu a isca, porém, não deixou de me responder parcialmente.

Gabriel: Sim. Ele me submete à essas situações, e antes que pergunte, eu não vou metê-la nisso.

Assenti surpreendentemente. Nunca me interessei em saber disso. Nem mesmo na época de Aurélio.

Bia: E andar com você não me coloca em risco?ㅡ cutuquei sem olhar para suas feições.

Gabriel ficou alguns segundos em silêncio, até demais, me fazendo o olhar.

Gabriel: Faz.

Ele me olhou.

Bia: Pensei.

Ele continuou me encarando.

Gabriel: Acho que isso está indo longe.ㅡ ele parecia um pouco ressentido, então me apressei.

Bia: Eu não quis dizer que tenho medo em andar com você, só que não faz muito sentido. Não me importo com o seu trabalho, Aurélio sempre me deixou ciente dos riscos.

Ele sorriu fraco.

Gabriel: Fico feliz em ouvir isso, Bianca. Mas sou eu quem deveria me manter distante. Você, querendo ou não, vai ser um alvo.

Bia: Tá.ㅡ dei de ombros ㅡ Não me importo.

Incredulidade se apossou das suas feições.

Gabriel: Pare. ㅡ olhei pra ele sem entender ㅡ Pare de falar como não se importasse com a sua própria vida.ㅡ engoli em seco ㅡ Por incrível que pareça, eu me importo. Então...

Bia: Vai se afastar?ㅡ embora as suas palavras tenham me deixado um pouco desnorteada, o interrompi.

Ele não respondeu.
Era isso? Ele enfiava as garras na minha vida, era insistente e depois desistia?

Bufei e levantei limpando o vestido.

Bia: Tá bom, então. Podemos começar de agora.ㅡ eu estava sentindo raiva, muita raiva ㅡ Quero pra casa.

Gabriel: Bian..

Bia: Para. Casa. ㅡ repeti já andando.

O escutei murmurar algo, mas ele logo veio mw acompanhando.

Não falou nada durante o caminho, e isso só me fez odiá-lo mais ainda. Eu só queria que ele fizesse mais uma das suas brincadeiras sem graça, e acabasse com toda essa tensão, mas ele não fez.

Chegando no prédio, o escutei suspirar.

Bia: Boa sorte no trabalho.ㅡ saí.

Percebi que estava descalça só um tempo depois, mas nem voltei para pegar o salto, apenas subi ainda sentindo seu olhar em minhas costas.

Realmente, isso estava indo longe demais.

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