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Chegamos na frente de um prédio. Enorme e espelhado. Gabriel teve que correr pra chegar aqui, antes das duas da manhã.

Descemos e ele me guiou pela portaria, nem precisou parar para se identificar, o portão já estava aberto, e havia dois homens de preto na porta, que apenas acenaram com a cabeça.

Ele estava com a mão em minhas costas, como um toque para me acalmar. Olhei para trás vendo três seguranças de Gabriel nos seguindo.

Gabriel: Eu assumo daqui.ㅡ falou para ninguém em especial, quando entramos no elevador.

Apenas nós dois, pude suspirar.

Gabriel: Aqui.ㅡ tirou uma caixinha do bolso ㅡ Aliança.

Observei o delicado acessório de diamantes, de noivado, e depois a aliança.

Bia: É lindo! ㅡ cuidadosamente, ele colocou os dois anéis nos seus respectivos dedos, e notei que ele já usava a sua.

Levou meus dedos aos lábios.

Gabriel: Tudo bem? ㅡfiz que sim.

Ele clicou no andar, o último, e as porta se fecharam.

Gabriel: Me perdoe qualquer coisa.ㅡ teve que repetir.

Engoli em seco, e segurei em sua mão.

As porta abriram, e ele passou o braço por minha cintura me puxando para perto. Andamos pelos corredor enorme, onde havia vários quadros.

Viramos a esquerda e vi um homem de pé com uma bandeja, ele abriu porta para nós.

Ao entrar, não vi velhos... Vi homens da mesma idade que Gabriel, rindo e conversando, enquanto alguma mulheres dançavam em um palco mais à frente. Também notei a presença de mulheres bem vestidas ao lado de alguns.

O silêncio recaiu sobre os... Cinco, cinco mafiosos.

Continuei de cabeça erguida, e encarei aqueles olhares curiosos para mim.

ㅡ Gabriel! Que honra, meu amigo.ㅡ um deles de cabelos raspado e terno azul falou, ele tinha tatuagem até no pescoço e tinha uma mulher loira, em um vestido vermelho ao seu lado ㅡ Vejo que trouxe uma visitinha...

Eles se levantaram.
Percebi que aqui era uma área reservada, pois no andar de baixo estava com barulho de festa.

Gabriel: Olá, rapazes...ㅡ sorriu e deu um leve aperto em minha cintura ㅡ Continuam a mesma coisa.ㅡ observou o lugar entupido de cachaça, drogas e mulheres quase nuas do outro lado do grande salão ㅡ Está é Bianca, minha esposa.

Alguns pareceram surpresos, outro continuavam me encarando como gaviões prestes a me devorar. Sorri para todos, principalmente para um cara que parecia ser o mais velho dali, ele o cabelo um pouco grisalho, e estava fumando enquanto sorria de forma estranha para mim.

Gabriel pareceu não perceber.

ㅡ Isso sim é uma surpresa...ㅡ um ruivo falou me olhando de cima a baixo ㅡ Uma mocinha bonita.

Bia: Bianca...ㅡ sorri e também o encarei da mesma forma ㅡ prazer em conhecê-los.

Eu estava tentando parecer confiante, e parece que estava funcionando.

ㅡ O prazer é nosso, Bianca.ㅡ um moreno de cabelo cacheado falou, ele tinha um sorriso lindo ㅡ Gabriel, não vai nos presentar?

Gabriel: Este é Paulo.ㅡ começou...

Paulo era o de cabelo raspado, que falou conosco ao entrar, e a mulher loira era Débora, sua esposa.
Henrique era um loiro, calado, mas muito observador; ele também estava com sua mulher ao seu lado. Ela era Carina, e tinha o cabelo platinado e curto, era simpática também.
Marcelo era o de cabelo cacheado sorridente, fofo.
Luís era o mais velho, grisalho, me olhando.
Gustavo era o ruivo, parecia ser o mais carrancudo dali.

Gustavo: Bem, vamos esperar o Arthur. Como sempre, atrasado.ㅡ resmungou bebendo seus uísque.

Depois disso, Gabriel desviou a atenção de mim. A música voltou, e as strippers desceram dançando em alguns dos homens. As mulheres nem mesmo falavam nada quando algumas delas se aproximavam de seus maridos.

Como?! Como deixavam?!

Gabriel se sentou e me puxou para seu colo. Passei meu braço por seu pescoço enquanto ele conversava com Luís.
Ele fez carinho em minha coxa, como um pedido de desculpas por aquilo.

Uma das mulheres seminuas veio por trás tocando nos ombros de Gabriel.

Lhe lancei um.olhar mortal.

Bia: Tira a mão.ㅡ ela retirou as mãos sorrindo sem graça.

Eu me senti um pouco mal, mas não demonstrei, pois sabia que era seu trabalho. Divertir esses homens... Mas, essa noite Gabriel era meu, e eu era dele. Se eu fosse sua esposa, não deixaria isso acontecer, de qualquer forma.

Luís: Vejo que arranjou uma territorialista.ㅡ chamou a minha atenção.

Antes de Gabriel responder, eu falei:

Bia: Não costumo dividir o que é meu.ㅡ arqueei a sobrancelha.

Ele sorriu provocativo .

Luis: A antiga não falava isso.ㅡ antiga?

Gabriel: Luís...ㅡ seu tom de ameaça foi perceptível.

Antes que Gabriel estragasse os planos, porque parecia ter ficado realmente afetado com essa afirmação, comentei:

Bia: Eu não sou ela.

Gabriel: Não, não é. E espero que não volte à compará-las, Luís.ㅡ desviou o olhar de Luís, que se colocou em seu lugar em silêncio. ㅡ Vamos iniciar, mesmo sem Arthur.

Todos calaram a boca, o que foi... Interessante. Ao longo da conversa, percebi o quanto Gabriel era influente ali. Embora todos fossem poderosos, ainda sim, puxavam saco dele.

Eles falaram sobre negócios, até chegar no assunto que Gabriel queria... Inimigos. Eles concordaram em estender a aliança à mim, e disseram procurar Roberto. Estariam nos ajudando nessa, cada um de seus território, ninguém se metia na área de ninguém.

Quando a reunião, acabou, eles desceram.

Gabriel: Vamos descer e ficar um pouco n confraternização, tudo bem?ㅡ fiz que sim.

Levantei de seu colo, mas percebi que queria ficar ali mesmo, o que me deixou um pouco sem jeito.

Ele passou a mão por minha cintura, alheio ao que se passava em minha mente, e beijou minha têmpora me conduzindo para fora.




A Fórmula Perfeita- ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora