Jimin Savóia não será amedrontado.

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Gatilho: no capítulo terá a narração sobre a tortura que o Jimin sofreu no Castelo de Pedras. Estupro, assédio, mutilação, entre outros será comentada.

"Os traumas da vida fazem feridas na alma que jamais esqueceremos do dia que fomos atingidos por elas."

— Roni Freire.

As marcas, os hematomas, até mesmo as dores físicas podem ter desaparecido, mas sempre que Jimin se olhava no espelho ele via aquela mesma dor gravada em sua mente. Seus dias de tortura podem ter acabado, mas suas torturas na mente permanecia dia a dia. Não é fácil superar um trauma, nem mesmo a própria divindade sabia se é realmente possível superar algum trauma da vida, muitas vezes tinha fé que sim, mas a realidade sempre mostrava que não.

Não é possível superar um trauma, não é possível esquecer, nunca é. É possível sim continuar vivendo, continuar mentindo para si mesmo dizendo que aquilo não a afetou, não, não me afetou. Mas a realidade era que afetava até os dias de hoje e não importava se era de dia ou de noite, a dor estava presente a cada minuto.

O general poderia até estar morto, ter tido a pior morte prevista para qualquer ser humano, mas, ainda sim, isso não apagaria o que Jimin havia sofrido. Nada apagaria o que viveu, o que sofreu, a dor que sentia, cada toque sobre seu corpo, mas principalmente a presença do general sobre sua pele.

Jimin agora era uma divindade, tinha deveres com os seus leais e passava grande parte do tempo na escola de bruxos tentando distrair a mente com suas obrigações ou conversando com os bruxos. Quanto mais pessoas a sua volta, menos ele tinha pensamentos sobre o general, para uma pessoa que gostava de ficar sozinha, agora era um pesadelo passar um minuto sozinho em um local fechado.

É isso que o trauma trás para a pessoa, insegurança e o medo constante. Jimin quando era deixado um minuto sozinho já sentia que a qualquer momento o general iria aparecer do seu lado, sempre de repente e em silêncio, como era na prisão.

— Você tem coragem de abaixar a guarda até mesmo quando está sozinho? — ouviu a voz do general no seu ouvido. — Meu cão fiel não pode ser tão tolo assim. — passou as mãos pelas suas costas cortadas.

— V-Você, como entrou aqui? — abriu os olhos vendo tudo nublado, só havia uma vela na mão do general iluminando seu rosto.

— Eu sempre estarei aqui.

E ele sempre esteve a todo momento, o general sempre esteve presente.

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— Oi, Hoseok. — Jimin cumprimentou o amigo que estava na biblioteca ajudando um grupo de bruxos mais novos a estudar.

— Fala ai. — cumprimentou acenando com a cabeça e sorrindo para o amigo.

— Vossa divindade! — o grupo de bruxos levantaram das cadeiras para fazer referência ao todo poderoso.

— Olá, podem voltar a estudar. — sorriu para eles e se aproximou do amigo. — Precisa de ajuda aqui?

— Não, tudo sobre o controle.

— Tem certeza? Posso ajudar em qualquer coisa, qualquer coisa mesmo.

Ficar sozinho não seria uma opção no momento.

— Já disse que está tudo sobre o controle. — riu fraco. — Vai fazer seus deveres como divindade, vai vai.

— Eu já fiz.

— Tudo?! — arregalou os olhos.

— Tudo.

A Maldição da Raposa [Jikook]Onde histórias criam vida. Descubra agora