A Maldição da Raposa [Jikook]

Conjuração do poder na floresta, Jimin Benedetti foi descoberto.

Fiquei magoado, não por me teres mentido, mas por não poder voltar a acreditar-te.
— Nietzsche

O evento mais esperado na escola de bruxos foi iniciado há um mês atrás, Jimin até que estava animado, mas para as finais, o começo estava o entediando mais do que imaginava. Competiu com seus colegas de classe, ganhou. Competiu com os outros alunos das outras salas, ganhou de novo. Ele nem sequer fazia esforço, parecia até que todas as competições fossem uma brincadeira de criança. Para ele, é claro. Porque para os outros bruxos, aquilo parecia uma batalha sem fim.

— Ganhou de novo? — Namjoon perguntou ao ver seu irmão deitado na grama de um dos jardins da escola, tomando um sol.

— O que você acha? — seu irmão riu. — Me prometa que as finais serão mais difíceis.

— Não sei o que é algo difícil para uma divindade.

— Acho que nem eu sei. — suspirou.

Jimin estava forte, claro que estava. Mas ainda havia a questão do fogo azul, ele ainda não havia despertado o fogo azul e aquilo começou a preocupar seus amigos.

— Não é um pouco exagerado? — perguntou o bruxo olhando a amiga historiadora.

— Exagerado é o fogo azul que você carrega nas veias, minha preocupação é totalmente moderada.

— Concordo com a Jheizy. — Hoseok se pronunciou. — A gente saiu ontem e conversamos bastante sobre esse assunto.

— Espera. — Jungkook arqueou a sobrancelha. — Vocês saíram? Juntos e sozinhos?

— Sim. — viu o casal a sua frente se encarar. — O que foi?

— Está rolando alguma coisa? — Jimin perguntou.

— Por que diabos estaria rolando alguma coisa? — Jheizy corou levemente. — Eu saio com vocês também.

— A diferença é que é a gente. — Jungkook respondeu.

— E qual é a diferença?!

— Jheizy, para. Você não é burra. Olha para mim e para o Jimin — apontou para o amado. — A gente não te olha como se quisesse arrancar sua roupa e te foder até o nascer do sol.

— O Hoseok que te olha assim. — Jimin apontou para o amigo que escondia o rosto com as mãos.

— Só saímos como amigos, agora chega dessa conversa desnecessária. — Jheizy deu um fim na conversa. — Jimin, é sério! Já faz meses e até agora nem sequer uma fagulha do seu fogo azul. Eu agora me preocupo com você, idiota.

— Só agora? — riu.

— Não é segredo para ninguém que antes eu estava pouco me importando com a sua vida miserável.

— Aí! — viu a amiga sorrir. — Cruel, Jheizy. Muito cruel.

— Eu e a Jheizy temos uma teoria do porque seu fogo azul ainda não apareceu. Talvez ele esteja querendo te matar.

— Mas... isso nem é possível. Um poder querendo matar o seu portador?

— Na verdade, é possível sim. — Jheizy suspirou. — Tem um livro que encontrei na biblioteca que falava da família real egípcia. Em torno de cinco milhões de anos atrás, a princesa Aziza foi abençoada pelas sombras, você deve saber que o poder das sombras é um dos mais poderosos desse mundo.

— Sei, sim.

— A princesa Aziza tinha esse poder, mas ele nunca saiu do corpo dela, nunca foi ativado. Mas ela o sentia, conseguia o sentir.