Tradições e Traições

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O Hwang estava desanimado, já faziam três semanas que não via o Lee, Seungmin tava o animar, mas estava difícil manter a pose de forte quando tinha a audácia de fugir as noites, mesmo que exausto devido aos cursos e a faculdade, chegando naquela mesma rua e vendo todos os corredores ali, ou quase todos, pois tanto Lee Know quanto J.One não estavam ali durante todos esses dias.
O Hwang desanimou de vez, talvez Seungmin estivesse errado sobre algo, talvez não era apenas pessoas com cabeça aberta para crescer financeiramente que atraísse homens ricos, talvez devesse nascer em berço de ouro como eles.

– Não desanima dessa forma, Jinnie. E se aconteceu alguma coisa? Você não me disse que ele estava triste depois daquela derrota? E se ele está com vergonha de correr de novo? – Seungmin tentou ajudar, mas apenas trouxe mais dor ao coração dramático do Hwang.

– Jisung me disse que Minho perdia semore para esses melhores corredores, então se isso era constante, não deveria estar abalado dessa forma... – o Hwang respondeu com o olhar pousado sobre a bandeja com almoço em sua mesa – Eu queria pelo menos uma forma de encontrá-lo...

– Mas você não disse que ele trabalha na empresa da frente da faculdade? É só atravessar a rua, ao pé da letra é no outro lado da calçada. – o Kim disse com uma sombrancelha levantada, vendo o amigo o encarar com um olhar brilhante, parecia retornar toda a felicidade do rapaz em segundos – As vezes você é burro, me pergunto como fui ter um amigo tão panaca.

– Sem meu ser, você sequer iria sorrir. – Hyunjin sorriu ladino, finalmente retornando a alegria que perdeu por dias, inclusive, desde o dia que viu o garoto misterioso no banheiro, não conseguiu mais contato do Know, isso o preocupava mais, fazendo o sorriso sumir em segundos.

– E retornou as paranóias. Para de babaquice! Termina a comida e vai logo ver seu macho. – o Kim revirou os olhos, se levantando da mesa antes do Hwang piscar direito, o amigo sempre terminava tudo primeiro, isso chegava a ser assustador e frustrante. – Não me olha assim, você que é lerdo.

O Hwang queria reclamar disso, muitas vezes contava com a cola do Kim nas provas, mas o garoto terminava tudo como uma bala, era preocupante a situação de como as mãos do Kim não caiu até hoje, ele copiava como uma bala, comia sem sequer mastigar direito, aquilo era bizarro de pensar, assistir, ver, enfim, era estranho e chato, pois sempre ficava para trás.

O Hwang deu os ombros, não adiantaria reclamar agora, o melhor a se fazer é retornar a comida e ralar peito daquele lugar chato.
E assim o fez, comendo e se mandando o mais rápido possível, aproveitando que durante o horário de refeição a faculdade abria os portões, permitindo os alunos a jantarem, lancharem ou jantarem fora, apenas café da manhã que geralmente abria mais cedo do que o horário, pois após o café começava a aula imediato, então ao invés de 7:00, abria as 5:40.

O Hwang engoliu seco conforme se aproximava do portão, vendo a empresa com as portas de vidro abertas e um rapaz cujo não conhecia o rosto no balcão daquela empresa.
Agora parando para pensar, Hyunjin nunca tirou um tempo para apreciar a estética daquela empresa.

As paredes eram brancas e irritantemente limpas, o chão em piso dourado velho e a porta de vidro escuro, parecia ser porta de "correr", ao invés daquelas normais que abriam empurrando para dentro ou para fora.
O Hwang engoliu seco, aquilo tudo era bem ostentador e agora pensando, ele sequer sabia em que área o Lee trabalhava, isso chegava a ser desesperador, ele só sabia o nome do homem, sabia que ele corria, o nome de um único amigo dele e aonde ele trabalhava, mesmo que tivesse visto a casa do homem por dentro e que ele fode bem para caralho, ele sequer sabe quantos anos o homem tinha.

– posso ajudar? – a mulher disse atencioso, o Hwang engoliu seco ao ver os fios loiros até os ombros e um sorriso simpático esbanjando na boca bonita.

– Sim, por favor dona... – o Hwang olhou atentamente para o crachá no peitoral da camisa social da mulher, voltando a sorrir ao ler o nome da mesma – Yuna. Eu gostaria de ver Lee Minho, por favor.

– Certo, qual o nome do senhor? – Yuna perguntou com um sorriso, logo o Hwang a respondeu.

O sorriso da moça pareceu crescer ainda mais ao ouvir o nome do rapaz, ligando imediatamente para alguém, logo conversava pelo telefone por alguns minutos, ainda que o assunto fosse o homem misterioso procurando por Minho, o Hwang se sentia exposto e confuso.
Porém o sorriso da moça sumiu misteriosamente no meiod da ligação, olhando com um olhar de pena ao rapaz.

– Ele está com visita, senhor Hwang. Ele pediu para voltar outro dia... – a garota parecia saber de algo a mais e o Hwang levantou uma sombrancelha ao perceber isso.

– Certo...

O telefone logo tocou novamente, a garota o atendeu prontamente, o sorriso da menina estava ali outra vez, porém ainda assim, a sombra de tristeza ainda escapava pelos olhos bonitos.

– Espere! Ele disse que já pode subir. A visita está de saída. – o Hwang sorriu aliviado com a resposta – Quinto andar, terceira porta a direita.

O Hwang afirmou com a cabeça, indo na direção do elevador que já estava descendo, quando a porta abriu e viu quem menos esperava.
Os fios azuis estavam bagunçados, assim como a boca estava inchada. A camisa de botões branca estavam abertas e a clavícula repleta de chupões.

– Eu... Eu venho outra hora... – o Hwang sussurrou de orbes arregaladas, prestes a sair daquele lugar, porém a mão do Han segurou seu braço a tempo, o puxando consigo para o elevador, o fechando novamente.

– Você entendeu errado, muleque. Eu estou pegando o secretário do Lino! O nome dele é Jackson Wang, ele é gostoso para caralho. – o Han dizia abertamente conforme arrumava sua blusa no espelho do elevador – A visita do Lino é alguém mais... Complicado.

– Como assim? – o Hwang perguntou curioso e de certa forma, preocupado.

– O pai dele...

Not Easy ( Lee Know Centric )Onde histórias criam vida. Descubra agora