Traição gera Insegurança

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Quando o Hwang sentiu-se vazio outra vez, seus olhos transbordavam em arrependimento, suas pernas falharam ao caminhar, engolindo a seco quando percebeu que mesmo sem um rótulo, havia transado com um homem desconhecido, não apenas isso, reconhecia aquele garoto de algum lugar, porém não sabia de onde.

– Qual a razão da cara de espanto? Parece que viu um fantasma, Jinnie. – Seungmin questionou confuso, vendo o amigo sorrir para si e voltar a caminhar para fora da faculdade.

Mesmo sendo uma terça, iria fazer valer a pena, não iria passar mais um dia encarfunado em seu quarto, não depois do que fez naquele banheiro.
Porém iria apenas dar uma volta, não esperava ver o carro caríssimo preto parado na frente da sua faculdade e o homem de fios castanhos com um sorriso nos lábios.

Seu coração falhou uma batida, ainda mais quando o abraçou e o sentimento de culpa o consumiu.
Sabia que era apenas sexo, mas doeu de uma forma sem explicação.

– Sentia a sua falta... – sussurrou o Lee, trazendo mais daquela sensação dolorosa para o mais novo – Como foi a aula?

Ele era tão atencioso que doía mais, era possível doer tanto assim a sensação de trair alguém que depositou tanto carinho em si? Era normal? Isso não poderia ser paixão, certo? Se fosse amor, ele não iria trair, correto?

– Eu... Foi bem... Eu vou... Com Seungmin na sorveteria. – o Hwang explicou de antemão, apontando para o garoto de franja rosa parado no lado do portão da faculdade, que olhava o casal com um sorriso bobinho, incentivando o amigo – Nos vemos amanhã?

– Não quer uma carona? – o Lee perguntou, ele estava querendo apenas passar um tempo com Hyunjin, porém os olhos do Hwang se desviaram, fazendo o Lee questionar se havia feito algo que o magoou – Certo... Tudo bem.

– Chris vai conosco também, ele tem carro. – o Hwang explicou apontando ao homem de fios loiros que vinha pelo portão da faculdade com o olhar atento ao Kim.

O Hwang não percebeu a feição de Minho endurecer, suas sombrancelhas se franziram em confusão e questionamentos.
Ele era ninguém menos que CB97, o homem que a três anos corria contra todos os corredores de racha, além de ser o homem que a dois anos atrás já tinha 23 anos. Se lembrava perfeitamente dele.

– Christopher? – o Lee franziu a sobrancelha, o loiro olhou de relance para o Lee, sorrindo petulante antes de voltar a seguir o caminho até o Kim.

Os dedos do Lee se fecharam em ódio, porém não deixou mais do que isso escapar, voltando o olhar doce e compreensivo ao mais novo, precisava mostrar que estaria tudo bem, não teria problema.

– Certo. Então se divirtam, okay? Estou indo. – o Lee beijou os lábios do Hwang uma última vez naquele dia, o sabor de cereja invadiu sua boca como um veneno dos mais viciantes, queria enfiar sua língua ali e o obrigar a chupar cada pedaço de seu pau, porém se contentou apenas com a língua em torno da sua. – Até amanhã.

O Lee acariciou as bochechas do Hwang, descendo o olhar pela clavícula bonita, não ouvia o zumbido do vibrador dentro do Hwang, chegando na conclusão que ele havia tirado de si a um tempo, não iria reclamar, já que sabia que muito tempo com algo dentro de si poderia ser perigoso até para a própria saúde.
Porém os olhos violetas se depararam com algo que o fez franzir mais uma vez as sobrancelhas.

Um enorme chupão rosa estava ali, mal coberto com base e pó compacto, dava para ver a tonalidade se visse de perto.
Sua confusão de estampou em seu rosto, ele não havia dado chupão algum no Hwang.
Seus olhos olharam afiados para mais outra manchinha, próxima ao pescoço e outra próxima a barra da blusa social branca.

– E-eu estou indo! – o Hwang se afastou, ele não havia notado antes que Minho estava repando ali, quando notou, percebeu ser tarde, o olhar magoado o preencheu como um relâmpago em tempestade – A-at-

– ... Espero que tenha tempo de amanhã me explicar o quanto foi bom alguém te foder. – o Lee sussurrou rente ao ouvido do Hwang, seu corpo tensionou mais ao notar uma mordida marcada justo no pescoço do Hwang, se sentia cego por não ver aquelas marcas mais cedo – Adeus, Hwang.

– L-ino! Eu posso explicar... – O Hwang sussurrou baixo, seus olhos se voltaram aos olhos violetas, porém o Lee não quis ouvir, retornando ao próprio veículo e acelerando rumo ao vento antes que o Hwang pudesse impedir.

– O que foi que você fez? – a voz suave se perguntava magoado, havia destruído tudo.

Not Easy ( Lee Know Centric )Onde histórias criam vida. Descubra agora