Not Easy ( Lee Know Centric )

Suspiros corruptos

– Qual a razão de ter um sorriso tão grande plena segunda-feira de manhã? Posso saber? – o baixinho de fios negros questionou com um sorriso ladino, vendo o Lee revirar os olhos em puro desdém – Você está com esse sorrisinho bocó desde ontem.

– Tive um bom fim de semana. Apenas isso... – o Lee respondeu, não valeria a pena render o assunto, pelo menos não no momento – Como vai o namoradinho?

– Você parece minha tia. – o Seo resmungou revirando os olhos, aquela piadinha estava passando da cota a tempos – Innie está ótimo, se é o que quer saber. Hannie me disse que ele começou o intercâmbio para a Alemanha e volta em seis meses, me sinto abandonado por ele não vir nem se despedir de mim.

– Sabe muito bem que ele não gosta de despedidas. – o Lee o relembrou, todos os amigo do Yang sabiam que no momento de dizer adeus, o garoto sorridente chorava feito bebê e por isso preferia não de despedir – Ele volta logo, pelo menos você pode ficar com ele depois. Aproveita o tempo sozinho para pôr em prática suas aulas de música. Ele sempre reclamava dos barulhos...

– Verdade, voltarei a compor... Faz um bom tempo. – o Seo pareceu flutuar na conversa, mas logo franziu a sombrancelha, voltando a encarar o Lee que caminhava para fora do escritório as pressas – Ei! Você ainda não me escapa! Pode me falando já!

– Esquece, Seo. Não têm nada. – o Lee gargalhou se retirando da empresa, fazia tempos que não ria tanto, a última vez... Fazia mais de dois anos que não sorria tanto dessa forma.

Os olhos violetas se estreitaram com a claridade batendo contra o rosto, vendo o portão da faculdade aberta no outro lado da calçada e o rapaz alto, de longos fios negros parado escostado na parede, conversando com um garoto de fios negros e a franja pintada de rosa.
O sorriso babaca escapou dos lábios do Lee, se sentia um imbecil, mas não conseguia evitar de pensar que talvez merecesse se dar uma chance de se apaixonar outra vez.

O Lee ignorou o borbulhar em seu estômago, resolvendo buscar o veículo estacionado para dar uma carona ao garoto de fios longos.

Enquanto o Lee boiolava desnecessariamente, Hyunjin conversava abertamente com o amigo.

– Está me dizendo que passou sábado e domingo perdendo o cabaço com um macho rico? – o Kim questionou assustado, boqueaberto e desacreditado. Os olhos do Kim pareceram terem visto um fantasma.

– Cara, não é tão difícil achar homens ricos por Seul, não havia necessidade de gritar. – o Hwang resmungou olhando ao redor acanhado, seu amigo amava o fazer passar vergonha.

– Que se foda o dinheiro dele, eu tô surpreso é que alguém queira você. Tão descuidado, vestindo um fodido moletom e calça de velho plenos 30°c, como eu ia imaginar que alguém teria coragem de foder você? – o Kim perguntou de forma retórica, deixando o Hwang incrédulo pela indelicadeza do amigo.

– Eu deveria rever meus conceitos de amizade... – o Hwang resmungou, cruzando os braços irritado pela fala do Kim, Seungmin não sabia quando calar a matraca – Quero ver quando alguém for querer você. Eu já vou zoar só pela audácia.

– Arte é feita para ser apreciada. O pai aqui é para ver, não para comer. – o Kim respondeu com um sorriso convencido.

O Hwang podia até acreditar que o homem ao lado tinha um ego super forte e potente, isso é, se não conhecesse o amigo a tempo o suficiente para saber que ele estava tentando não parecer magoado.
No fim, eram dois introvertidos tentando parecer soltos por ter putaria no assunto, bastava mudar o contexto que viravam dois caras sem assunto.

– Amigo, que bofe é aquele? Bateu um foguinho lá no fundo. – e lá vamos nós com comentários by Kim Seungmin – Erh... Hyunjin, o bofe tá olhando para você.

O Hwang queria ignorar o amigo, mas quando ouviu a buzina e viu o homem de terno parado dentro do carro com um sorriso nos lábios, virou imediatamente uma cadela no cio.
Seu fogo subiu aos céus, porém não deveria deixar isso fluir, por isso apenas se contentou em se despedir do amigo, que ainda esperava o Crush na saída da turma do último ano, para entrar no banco de carona ao lado do Lee.

– Seu amigo? – o Lee questionou com um selar sobre a testa do Hwang, ouvindo uma resposta positiva em um gemidinho doce e baixo – Não quer dar uma carona a ele?

– Eu até perguntaria, mas o babaca está esperando o encosto do Crush. – o Hwang revirou os olhos, tinha um péssimo histórico de inimizade com Bang Christopher – Não suporto Christopher.

– Christopher? Nome familiar. – o Lee deu os ombros, deve ter visto algum filme ou série com algum personagem tendo esse nome, talvez um livro, mas não era algo relevante – Enfim, hoje irei te deixar em casa, pois só tenho uma hora de almoço.

– Só isso? – o Hwang questionou com um olhar de cão caído da mudança, os olhos brilhantes olhavam no fundo das orbes violetas, arrancando um rosnado do mais velho – Eu poderia te ajudar um pouquinho a perder o estresse do trabalho, não acha?

– Eu prefiro te entregar são e salvo para o seu pai antes que eu quebre seu celular de tantas ligações dele que você ignora. – o Lee disse sarcástico, metralhando as palavras sem pausa – Bota a porra do cinto antes que eu te foda lá fora para todo mundo ver a puta sedenta que você esconde.

O Hwang gemeu em puro deleite. Quem diria que ele se tornaria isso graças ao Lee?