Famílias e Castigo

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O carro vermelho lentamente estacionou de frente ao quintal amplo, a casa era bonita e confortável, em tom bege e parecia ter um único andar, mas ainda assim era bonita de se ver.
Enquanto Minho analisava a casa do Hwang, o mais novo estava trêmulo e de orbes arregaladas ao ver uma figura muito conhecida que encarava o veículo do outro lado de uma das janelas da casa.

– Sua casa é confortável de se ver. – o Lee elogiou superficialmente, não gostou muito do designer da casa, mas não sabia outra forma de elogia-la sem soar rude e algo em si o forçava a elogiar aquele lugar – Posso te levar até a porta?

– N-não é uma boa idéia... – o Hwang murmurou baixinho, porém o Lee não se importou, já se levantou e saiu do veículo como se o Hwang não tivesse oposto a decisão. – Fodeu...

O Lee abriu a porta do lado do Hwang, segurando a mão do mais novo para o ajudar a se erguer, enquanto o guiava até a porta da casa do mesmo como um verdadeiro cavaleiro.
Os dois se encaravam por alguns minutos, o Hwang temia que seu pai abrisse a porta a qualquer instante e o mais velho não queria se despedir.
Antes do mais novo abrir a boca para falar qualquer despedida, o Lee atacou os lábios inchados, enfiando a língua habilidosa entre o espaço úmido do Hwang.

Seu corpo nesse instante não o obedecia mais, levando os braços ao pescoço do Lee e que se foda que estava na porta da própria casa.
Suas pernas se agarraram na cintura do mais velho quando o mesmo apalpou sua bunda, sendo levantado no colo e prensado contra a porta.
As mãos firmes agarraram sua bunda com tanta firmeza que podia jurar que nesse instante o Lee meteria o pau no seu buraquinho sedento, porém aquilo tudo era um mero beijo, com direito e um último selar nos lábios carnudos antes de o deixar no chão novamente. Se não fosse pelos braços do Lee ainda na cintura bonita, o Hwang já teria lambido o chão devido a perna bamba.

– Eu te vejo de novo no sábado que vem, gatinho... – sussurrou o Lee no ouvido do Hwang, que revirou as orbes antes de gemer abafado devido ao selar em sua boca carnuda – Me espere naquele mesmo lugar...

O Hwang afirmou com a cabeça, porém a porta abriu quando menos esperavam.
Os olhos do de fios negros se esbugalharam ao ouvir a voz do pai soar putasso, aquilo só podia ser um pesadelo.

– Que pouca vergonha é essa na minha porta? – o Hwang mais velho disse com a paciência por um fio, porém foi uma péssima idéia dele aparecer nesse instante.

A mente do Lee ainda estava nublada pelo desejo o consumindo, seu pau pulsou firme dentro da calça ao ver que o homem parado no lado de dentro da casa era a cópia idêntica do Hwang de fios negros em seus braços.
A única diferença entre eles eram os fios loiros do mais velho e os fios negros do mais novo, tirando isso, idênticos.

– P-pai! Não é o que parece... – o Hwang mais novo disse trêmulo, mas quem disse que o pai queria saber se era ou não o que parecia?

– Não me importa o que parece! Eu só quero esse... Esse nojento! Esse nojento longe do meu bebê! – o homem mandou praticamente rosnando ao ver que a mão do homem de terno estava apalpando a bunda do filho na cara de pau – Ele está te tratando como uma qualquer!

– M-mas pai! Ele fode bem! – o Hwang mais novo disse a primeira coisa que veio na sua cabeça.

O resultado? Foi o baque do homem caindo em um desmaio e o Lee encarando a cena com uma sombrancelha levantada.

– O drama é hereditário? – o Lee questionou soltando o mais novo para pegar o homem no colo, cuidadosamente o arrastando como um saco de batatas podre até o deixar sobre o sofá – Seu pai é a sua cara.

– Todos falam isso... – o Hwang mais novo revirou os olhos, era irritante o quanto o comparavam com o próprio pai. Qual é? Ele nem era tão idêntico assim, só parecia que o reflexo do espelho daquele homem andava pelas ruas com uma cor diferente de cabelo – Então...

– Sábado nas pistas ou amanhã na porta da sua escola. Estou indo. – o Lee deixou um último selar sobre os lábios do Hwang mais novo, sorrindo ladino para o mesmo – E toma cuidado, não quero meu sogro infartando tão cedo assim.

– Some logo, panaca. Graças a você tenho certeza que meu pai vai me meter de castigo sem sair de casa pelos próximos finais de semana. – o Hwang choramingou com um biquinho.

– Eu te pego pela janela, Rapunzel. Nos vemos logo. – o Lee deixou mais um selar, aquilo se tornou um vício, não era possível. – Não se esqueça de tirar toda a porra dessa sua bunda gorda.

– Sai da minha casa!

– Idêntico ao pai...

Not Easy ( Lee Know Centric )Onde histórias criam vida. Descubra agora