- ⚡️ 𝟎𝟏𝟏.

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Faltava pouco para que nossos lábios selassem, mas como um sinal do universo, meu celular tocou na mesma hora e o senti vibrar na minha bolsa

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Faltava pouco para que nossos lábios selassem, mas como um sinal do universo, meu celular tocou na mesma hora e o senti vibrar na minha bolsa.

Arregalo os olhos ao ter a noção de que eu iria beija-lo. Beijar o Xavier! Se esse toque não foi um sinal, então que eu morra agora. Seria tolice fazer isso. Eu nem vou mais usar a desculpa de "não estou aqui para isso", "vai me atrapalhar", porque a questão principal é muito maior.

Ele gostava da Wandinha. Eu não seria segunda opção.

— Oi — digo para o outro lado da chamada. Enid tinha me ligado.

Enid, minha salvadora. Como eu a amo. Me impediu de fazer uma burrada. No entanto, algo me diz que ainda cometerei uma burrice relacionada ao Xavier.

Que os deuses me ajudassem.

— Você precisa vir ao dormitório agora — exclama. Minha testa franziu e eu olhava de soslaio para Xavier enquanto a escutava.

— Aconteceu algo?

— Só vem — e então a chamada é finalizada.

Assim que bloqueio meu celular, tomo coragem de olhar diretamente nos olhos de Xavier, que me olha parecendo receoso de algo. Pode ter se arrependido também.

— Tenho que ir — falo e entrego o seu arco. Na verdade praticamente o jogo em cima dele, mas isso não importa no momento.

Sem querer ouvir o que ele tem a dizer, me viro e vou ao dormitório.

Das duas uma:

Ou ele não se arrependeu ou sim.

Como eu sou uma cagona, fugi. Não façam isso. Ou façam, se forem covardes assim como eu. Julgar é que eu não vou poder né.

Sem dúvida isso que aconteceu foi só o calor do momento. Me resolverei com ele depois.

Além do mais, eu não teria outra escolha. Sabia que hora ou outra quando nos cruzássemos pela escola, teria que conversar sobre o ocorrido.

— O que é tão importante? — pergunto assim que entro no dormitório e fecho a porta.

Encontro Enid e Wandinha conversando no meio do quarto. A primeira corre até mim, enquanto a segunda fala algo que não consigo ouvir com a Mãozinha.

— Houve uma morte — sussurra. — Na verdade, duas.

Olho para todos os lados do cômodo, e ao não ver ninguém, digo:

𝐓𝐇𝐔𝐍𝐃𝐄𝐑 | Xavier Thorpe - HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora