- ⚡️ 𝟎𝟏𝟑.

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— Oi — falo com um meio sorriso assim que me aproximo de Xavier e Ajax

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— Oi — falo com um meio sorriso assim que me aproximo de Xavier e Ajax.

— E aí, Elektra — responde Ajax, enquanto seu amigo não fala nada.

Ajax parece notar algo rolando, porque logo em seguida sai, provavelmente para procurar Enid.

— Então finalmente tomou coragem para falar comigo? — pergunta.

— Só não falei antes por falta de oportunidade. Por que não teria coragem para conversar com você?

Ele cerra os olhos.

— Eu sei que você não é tão burra assim, Elektra — fala. — Mas pelo visto, é sonsa.

Levanto as sobrancelhas com minha cara de cínica de quase sempre.

— Plft — resmungo. — Estou aqui agora, não é? É para ser sincera, não acho que tenhamos algo para pôr em uma conversa.

— Não? — fala um pouco mais baixo e se aproxima de mim, fazendo com que minha respiração acelere e meu olhar vá direto para sua boca. — E aquele beijo?

— Quase beijo — corrijo, indo um pouco para trás para que me distanciasse.

Com ele tão perto não conseguiria raciocinar direito.

— Se não fosse pelo seu celular...

— Não teria rolado de qualquer jeito — minto.

— Ah, é? — diz, dando mais um passo para a frente, enquanto dou outro para trás.

— Sim. Eu nunca beijaria você.

Você é tão sonsa.

Não sou.

Admite que queria beijar ele.

CALA A BOCA! Nossa. Usei até mesmo caps lock nos meus pensamentos.

Ele dá outro passo para frente, eu para trás novamente, e seguimos esse ritmo até que eu não pudesse mais fazê-lo por ter dado de costas em uma parede.

— Tem certeza? — sua proximidade faz com que eu olhe novamente para seus lábios macios. Porra, que tentação.

— Cl-claro que tenho.

Songamonga.

— Então, se eu tentasse te beijar agora... — sussurra enquanto coloca uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha, e com a outra mão toca o meu pescoço. — Você recusaria?

Não respondo de imediato. Puts, fiquei afetada para cacete.

— Elektra? — sussurra e dá um beijo em minha testa. — Não vai responder? — então desce e beija a minha bochecha esquerda, logo em seguida beija a outra.

— Eu... — não consigo nem ao menos completar a frase quando Xavier desce um pouco mais e o infeliz beija o meu pescoço.

Desde quando ele é tão atirado assim?

— Você... — insinua para que eu complete enquanto dá um sorrisinho, beijando o outro lado do meu pescoço, fazendo-me arfar.

A vida é só uma mesmo, né?

— Não recusaria — digo de uma vez.

A songamonga deixou de ser songamonga! Toma essa, mente. Ou eu mesma, né? Toma essa, Elektra!

O que eu digo parece surpreender ele, porque vejo um mini arregalar de olhos. Mas quase não dá para notar. Quase.

Xavier não se deixa abalar pela surpresa, porque se aproxima mais e acaricia minha bochecha com seu polegar que está na minha mão. Ele olha para a minha boca, e volta para os meus olhos, que na mesma hora vão para a sua.

Vejo um sorriso se formando em seus lábios, assim como sinto um nascendo nos meus também.

Ao longe escuto o som de uma melodia linda de violão, mas apenas isso. Não escuto nenhuma voz, nenhum barulho de gente conversando. Porque no momento parece que está só eu e ele, e que o resto do mundo desapareceu.

E a sensação... cara, a sensação era boa. Era como ouvir um acorde perfeito tocando apenas para nós dois, duas notas que, quando separadas, eram comuns. Mas juntas se tornavam inigualáveis. Extraordinárias. Como se nada no mundo pudesse destruí-las.

Finalmente sinto sua mão encaixar em minha cintura, me puxando para ele, por mais que fosse impossível ficarmos mais próximos que isso. Sua boca encosta na minha, os dois ainda parecendo incertos, provavelmente Xavier estava pensando se eu realmente queria aquilo.

Mas a incerteza acaba quando coloco uma mão em seu rosto e a outra no seu ombro, também tentando puxa-lo mais, por mais que não desse. O beijo se aprofunda quando dou permissão para sua língua entrar e fazer contato com a minha, fazendo com que um arrepio subisse pela minha nuca.

Era estranho e era bom. Era bom porque era como estar finalmente em casa, depois de um longo dia cansativo. Não, não uma casa... e sim um lar. Era estranho porque, como eu poderia considerar um lar, uma pessoa que eu nunca... tive, nem tenho? Não entendia esse sentimento específico ainda, mas não pensaria muito no momento.

Sinto uma sensação já conhecida em minhas mãos e abro os olhos rapidamente, me afastando de Xavier e olhando para elas, que estavam com faíscas roxas por todos os dedos.

Olho com medo para Xavier, mas ele não está assustado.

— Tá tudo bem, Elektra — se aproxima de novo e tenta pegar minha mão, mas a afasto rapidamente.

— Ficou maluco?

— Você está segura, amor — diz e me olha nos olhos. — Sei que não vai me machucar.

Antes que eu possa impedir novamente, uma das suas mãos toca a minha esquerda, e fico com medo do caralho, mas nada acontece com ele. Ele faz o mesmo com a outra, e nada acontece.

Alívio inundou o meu corpo e a minha alma. Eu ainda não sabia controlar realmente os meus poderes, então estava receosa de, do nada, atingi-lo.

Mas eu percebi: realmente estava relaxada com ele, e então quando vi, minhas mãos estavam normais.

Olho para Xavier, que me dá um sorriso. Me aproximo para sentir seus lábios novamente, mas sou impedida ao escutar uma voz.

— Me ajudem! — alguém grita ao longe.

Volto ao mundo real e saio do canto que estávamos mais afastados, indo para o centro do campus. Peter já tinha parado de tocar e todos estavam em pé, alarmantes.

— De onde veio essa voz? — pergunta Enid, correndo até nós, junto com Wandinha e Ajax.

— Da floresta — Wandinha e eu falamos ao mesmo tempo e nos encaramos.

E eu pensando que a noite iria ser calma.

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gente, eu acho que o wattpad não está entregando os capítulos (não aparece mais nas not que tem cap novo), então quem não me segue e quer saber quando sair capítulo novo, me segue porque vou estar postando no mural de avisos avisando a vocês assim
que eu postar.

𝐓𝐇𝐔𝐍𝐃𝐄𝐑 | Xavier Thorpe - HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora