Capítulo 8

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Em menos de dez minutos, eles conseguiram chegar a algumas quadras de distância do seu local de destino. Pete praticamente pulou para fora do carro, indo em direção a equipe já montada de tocaia nas proximidades.

— Khun Pete, como faremos? — Um dos guardas o saudou, abrindo caminho entre os outros para falar com ele.

Os seguranças de sua equipe de vigilância parecendo concentrados no computador exposto na parte de trás da van preta fosca, tendo em vista que o cenário não estava dos melhores.

Numa análise breve, podia-se constatar que: Havia uma quantidade considerável de homens e veículos do lado de fora do estabelecimento em ruínas, o que tornava arriscada a tentativa de adentrá-lo.

— Você conseguiu falar com Vegas? — Ele se dirigiu a Macau, que negou com a cabeça.

Tudo bem, aquele idiota só podia estar de brincadeira! Iria matá-lo assim que estivesse de volta em casa!

Respirando fundo, sabendo que precisaria usar do pensamento tático para bolar uma estratégia forte o suficiente para conseguir resgatar seu filho, Saengtham se virou para a tela de alta polegada.

— Quais são as nossas opções de entrada? — Para isso, teria que entender a dinâmica do edifício.

As câmeras de segurança das construções vizinhas mostravam o mesmo em múltiplos ângulos, todos eles marcados pela presença de inimigos. Não seria fácil invadir sem ser visto e chegar atirando obviamente não era uma opção, portanto a principal necessidade seria encontrar uma alternativa criativa.

— Podemos nos dividir em equipe, mas esse prédio é enorme, então tem risco da gente se perder. — Prapai ponderou. Ele havia tirado sua famosa jaqueta de corrida, ficando apenas com a camisa escura por baixo do colete à prova de balas. Macau também vestia um em cima de seu casaco fino.

Pete precisou refletir por alguns segundos, sabendo que o tempo não estava dentro das probabilidades que eles poderiam mexer, com os três jovens correndo risco de vida a cada segundo que brotavam mais bandidos.

Prem, o novo líder carismático do grupo de observação tática da segunda família, possuía conhecimento o suficiente para organizar todos os seus parceiros de trabalho, embora ainda não se encontrasse preparado para uma operação de tamanha magnitude, tendo sido treinado pelo próprio Saengtham por pouquíssimos meses. Por causa disso, formar uma equipe de inteligência ali não seria factível. Não com toda aquela escassez de minutos e quantidade abundante de inimigos.

Há um tempo Pete vinha tentando obter profissionais aptos a esse tipo de serviço, desde que tais competências cabiam aos guardas de Kinn, e que isso consequentemente os fazia dependente da primeira família. No entanto, naquele período a única opção viável seria solicitar o melhor suporte possível e trabalhar com o que eles tinham de disponível até o momento.

— Ei, Pete! — A voz animada de seu amigo reverberou alto por seu telefone, que se encontrava novamente pressionado no ouvido.

— Porsche, preciso do Arm emprestado agora. — Ele foi direto ao ponto, tirando o suor da testa, enquanto olhava para as nuvens cobrindo o sol pleno daquele dia.

— Hã, claro, sim! Mas o que está acontecendo? Está tudo bem por aí? — O mesmo parecia confuso do outro lado da linha.

Pete, sinceramente, não queria explicar muita coisa. Eles estavam lidando com tudo no limite e a sua paciência se mostrava bastante esgotada, porém sua personalidade simpática nunca permitiria que agisse de maneira grosseira ou injusta.

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