Daemon parou de andar quando chegou a uma alta colina, ele olha para o horizonte, mas não me parece estar pensando em alguma coisa.
- Atacou um mensageiro sem motivos. - Digo, ficando ao seu lado. - Não me surpreendeu.
- O que você quer?
- O que Viserys escreveu, e por que olhou para mim.
Ele me olha novamente, e revira os olhos, me xingando baixo de curiosa. Depois de suspirar fundo, ele finalmente diz:
- Ele mandou navios, homens... para a batalha. Depois de um ano! - Ele berra.
Solto uma risada seca, Viserys é um covarde. Fico olhando para Daemon, que parece estar se aproximando de um colapso nervoso. Minha mão se eleva, e toca o seu pescoço, faço uma massagem fraca para tentar acalmá-lo.
- Eu tenho um plano. - Digo. - Você vai gostar.
...
Assistir Daemon chegar à ilha tomada pela Triarquia com apenas um barquinho me deu arrepios. E se ele morrer? Tento não dar ouvidos para as vozes da minha cabeça que dizem que isso é possível.
Depois de alguns minutos, vejo ele se ajoelhando, com espada na mão. Então ele mata o primeiro, o segundo. E desaparece. Laenor e eu temos que esperar um pouco, olhando para o nada enquanto nossos dragões "conversam' entre si, com rugidos baixos e grunhidos. Escuto o estrondo que as flechas fazem, e torço para a impossibilidade de que nenhuma tenha o atingido.
- Vamos. - Digo para Laenor. - E não faça nada estúpido! - Grito.
- Só se você fizer!
Mercury larga na frente, berrando. Seasmoke, não faz nenhum barulho. Vejo o tanto de homens que circulam Daemon. Mas nossos homens chegam, liderados por Corlys e Ben, gritando de ódio. Agora, falta a cartada final:
- Dracarys!
Fogo azul atinge os homens mais próximos ao príncipe, Laenor atinge os outros. O encontro entre os homens é horrível, mas continuo atingindo homens com Mercury.
No meio de tudo, vejo os cabelos prateados de Daemon correndo para dentro da caverna, e me lembro de nosso combinado: Ele mata o Engorda Caranguejo. Mercury voa baixo, agarra um homem que estava indo para cima de Corlys, voa para cima e o joga de uma altura superior a 100 metros.
Fico feliz por meu plano ter dado certo, e quando Daemon emerge de um túnel, com a cabeça do líder inimigo, faço questão de que Mercury grite enquanto voamos por cima dele.
Depois, pousamos no chão, desço de minha dragão e fico cara-a-cara com Daemon.
- Funcionou. - Afirmo, com o nariz em pé.
- Até que para uma puta, você é inteligente. - Ele diz baixo. - Agora, vamos a próxima ilha.
- Você primeiro, meu príncipe.
Estico a mão, e Caraxes pousa ali perto. Daemon larga a cabeça do nosso inimigo no chão, e sobe em seu dragão.
...
Duas semanas se passaram e conquistamos todas as ilhas dos Degraus. Agora, estamos no mesmo acampamento onde eu e Daemon nos beijamos. Nesse meio tempo, eu estou bastante ocupada matando as tropas inimigas, mas ainda sobram algumas horas para implicar o Princípe Dragão. Quando nos sentamos para jantar, ou para um Conselho de Guerra, passo o meu pé por toda sua perna, até chegar no meio das duas pernas. Quando ele está no chão, batalhando, eu passo com Mercury próxima à ele, e o faço agachar para fugir das garras dela.
Agora que a guerra já está ganha, posso relaxar nas águas. Vou voando para uma cachoeira que achei há algum tempo, a água aqui é quente e doce. Tiro minha roupa, e junto com Mercury, entramos no lago que se forma com a água que cai.
Depois de mergulhar várias vezes, e acariciar minha dragão no focinho, ela sai dali e se deita nas rochas, dormindo rapidamente. Continuo ali, olhando para o céu nublado, e tendo um pouco de paz.
Vislumbres de homens morrendo vem na minha mente e os ecos de seus gritos assolam, mergulho e fico debaixo d'água por algum tempo. Tento esvaziar minha mente, mas a sensação de estar caindo me faz nada com tudo para cima. Vejo o fogo azul de Mercury e escuto um rugido alto.
Quase me engasgo com a água, nem percebi que tinha ido tão fundo, e olho assustada para Mercury. Ela parece estar calma agora, mas de fato ela me sentiu afogando.
- Deve ter doído, Carl. - Digo baixo para ninguém, imaginando a dor que meu falecido marido sentiu quando o seu barco naufragou.
Do meio das árvores, Daemon surge. Me pergunto desde quando ele está ali, mas não me importo com a resposta, pois nesse momento, ele está tirando a roupa para entrar aqui comigo. Daemon não liga para o olhar de ciúmes de Mercury, e pula de ponta no lago.
Ele nada rápido até ficar na minha frente, apenas com a cabeça para fora. Seu braços fazem movimentos calmos porque seus pés não tocam o chão, assim como eu.
- Quando éramos crianças, você jogou um balde de água em mim. - Daemon diz, e eu rio da lembrança.
- Foi depois de você pedir para sua ama me servir um bolo cheio de formigas.
Ele solta uma risada seca, e olha para o céu, como eu fiz.
- Me deixando molhado desde o ano de 91 Depois da Conquista.
Daemon quebra o espeço entre nós, eu o abraço com minhas pernas e sinto seu membro rígido no interior da minha coxa. Beijo ele com desejo, deixando que ele aperte suas mãos em todo o lugar que quiser, mas quando sua mão esquerda aperta meu pescoço, fazendo com que eu fique sem ar, eu me separo dele.
- Limites, Daemon.
- Não gosta de ficar excitada?
- Não com você tentando me matar.
- É uma pena.
Daemon me empurra violentamente e eu quase me afogo com a água, nado para cima. Vejo ele nadando até a margem, com seu pênis ainda excitado, ele pega suas coisas e sai pela floresta.
Mercury rosna para chamar a minha atenção, e eu me xingo mentalmente. Por que eu tenho que ser tão idiota?
...
Volto para o acampamento quando o sol desaparece, vou direto para minha tenda. Visto um vestido vermelho escuro, solto todo meu cabelo preto, que cai livremente pelas minhas costas. Passo meu perfume preferido e me sento numa cadeira, servem meu jantar e fico sozinha.
O silêncio me deixa confortável, não penso em nada específico, mas depois de horas, me sinto mal. Mas que merda eu estou fazendo? Será que nasci para viver sozinha? Terão os deuses que não acredito me dado um dragão para ficar apenas com ela?
Falhei com Allysa, a única que me trouxe um pouco de felicidade, possivelmente falhei com Daemon, quem mexe comigo irritantemente. Falhei comigo mesma quando dormi com Brett sendo que eu realmente não queria. Não consigo lembrar de mais nomes, mas cada um deles está me deixando mal.
Tive muitos, e ainda assim, estou sozinha. Isso não me deixa feliz.
Um dos meus guardas anuncia o nome de Ben Stark, e eu me irrito. Mesmo assim, ele entra.
- O que foi? - Exclamo brava.
- Parece estar tendo uma grande noite, princesa.
- Ben. Diga o que quer e vá embora!
- Os homens conversaram, soldados tomaram a frente. Não é justo que a Princesa que ganhou a guerra não ganhe nada. - Ele sorri gentilmente. - Vista um belo vestido amanhã, de manhã. Irei te buscar.
Coloco a mão na cabeça, pensando no que pode ser. Com certeza será uma forca projetada por Daemon.
- Qual é a brincadeira? - Indago.
- Pela primeira vez, não há nenhuma.
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ROGUE - Daemon Targaryen
FanfictionHᴏᴜsᴇ Oꜰ Tʜᴇ Dʀᴀɢᴏɴ ꜰᴀɴꜰɪᴄ Montadora de 𝗠𝗲𝗿𝗰𝘂𝗿𝘆, a Caçadora dos Céus, 𝗩𝗶𝘀𝗲𝗻𝘆𝗮 𝗧𝗮𝗿𝗴𝗮𝗿𝘆𝗲𝗻 viveu por muito tempo viajando entre a Muralha e as montanhas de Dorne, sem nunca sentir a necessidade de se meter no terrível jogo dos tr...
