ela acordou parte 2

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Pov Rafaela

Estava conversando com Tomás quando vejo Marina correndo em nossa direção. Pelo estado dela percebi que tinha acontecido algo e meu coração logo apertou temendo o que eu menos queria
- Hey. Chamou nossa atenção tentando recuperar o fôlego. Depois ela avisou que Nanda tinha acordado e que queria me ver. Fiquei apreensiva. Mandei Tomás chamar minha madrinha e Dona Maria e fui correndo com a Mari em direção a clínicam. Chegando lá escutei o choro de Fernanda e fui logo tentando acalma-la.
Depois de conseguir acalma-la e prometer que ia levá-la pra comer e passear ela fez tudo que foi pedido, mesmo contra sua vontade e deixando claro que não gostava da médica.
Quando tudo acabou e ela foi liberada fomos logo até a cozinha para ela poder comer o que ela tanto queria. Brownie com sorvete. Quando estávamos no caminho Fernanda parou e olhou para trás sem entender.
- cadê moça bonita Rafa? Perguntou confusa por não ver Marina com a gente.
- Eu não sei meu anjo. Disse olhando pra ela. - você quer mesmo ela com a gente? Perguntei impressionada, pois Fernanda não queria ninguém além de mim com ela.
-Siim, eu gostei dela. Ela tem uma voz linda e me deixa feliz - disse meio embolado olhando em volta. - ali tá ela. Aprontou para a porta da clínica quando viu Marina saindo de lá. Soltou a minha mão e foi correndo atrás dela.
- vêm. Você promete que ia ficar comigo. Disse chegando perto da Marina e começou a puxar ela pra ir com a gente. Marina me deu uma olhada e eu dei um sorrio passando confiança pra ela.
Fomos agora nós três até a cozinha, encontrando Nina que quando viu Fernanda soltou um grito e foi logo a abraçando.
- Axxim você esmaga eu nina. Disse sufocada no abraço da cozinheira. Eu comecei a rir.
- Desculpa meu anjinho. Disse apertando as bochechas da Fernanda. - o que você vai querer? Perguntou já indo em direção ao balcão.
- sorveti com brownie. Disse batendo palminha contente. Nina me olhou e eu vi no seu olhar que ela estava perguntando se ela estava em modo bebê e eu confirmei com a cabeça. Mesmo Fernanda não falando quase nada errado, algumas atitudes entregam ela. Principalmente quando se trata de doce.
- Certo meu anjinho. Vamos lá, vou preparar um brownie fresquinho pra você.
Disse nina já indo pegar os ingredientes.
- enquanto isso mocinha você vai pro quarto comigo tomar banho. Digo já me levantando para poder pegar ela não cintura, pois sabia que ela iria fugir. Ela odeia tomar banho quando tava no modo bebê.
- Nã-oo. Disse tentando correr mais eu fui mais rápido e a peguei pela cintura.
- sim sim, o que a Marina vai achar de se souber que não gosta de banho e que tá fedendo. Digo e logo vejo Fernanda arregalar os olhos e se cheirar. O que faz o restante de nós rir.
- Tá bom, vamos tomar banho. Disse me puxando até o quarto o que me deixou bastante surpresa por ela aceitar tão bem. Geralmente é uma liga até ela aceitar. O que me faz pensar que ela só aceito por que eu falei da Marina. Será que mesmo modo baby ela sente algo pela Marina? Se for verdade esse sentimento pode ser a chave dela sair rápido desse modo? Essas perguntas foram em minha mente.
Quando chegamos no quarto ela sai correndo para o banheiro e eu vou logo atrás. Fernanda não consegue tirar a roupa e nem tomar banho sozinha. Então eu a ajudo em tudo. Em menos de 15 minutos já estamos no closet escolhendo a roupa. Como hoje tá quente eu escolher um short leve e uma regata para ela usar. De primeira ela tenta colocar a roupa sozinha, mas logo fica presa pedindo ajuda. A ajudou e terminamos rápido.
- vamos descer para ver se já tá tudo pronto? Perguntou fazendo carinho nela e ela logo concorda correndo até a porta.
- sem correr Nanda. Alerto e ela logo para.
Fomos até a cozinha e vejo nina cortando o brownie e já colocando nos pratos para esfriar. Quando Fernanda viu aqui começou a pular e bater palma.
- Ebaaa já ficou pronto Rafa. Disse com uma carinha fofa de criança levada.
- Sim meu anjo já tá pronto, mas você só vai comer um pedaço tá bom? Para não ficar com dor na barriga. Digo alertando ela, ela parece não se importa e vai em direção as cadeiras que ficam em frente ao balcão e senta em uma. Ela pega o prato que nina oferece a ela que começa a comer feliz. Quando ela estava quase terminando Marina chega na cozinha já tomada banho e quando um vestido soltinho. Fernanda para de comer e a encara por alguns minutos antes de falar:
- você tá muito bonita de vestido. Disse olhando para Marina e a mesma fica c vergonha pelo elogio tão puro. Depois de elogiar Nanda volta a comer e Mari para do meu lado.
- Olha, você tá causando alguma coisa na pequena Fernanda, pois ela não é assim com ninguém além de mim. Digo em seu ouvido e vejo Marina concordar pensativa e com um sorriso no rosto.
- Eu tô feliz por isso. Disse Marina olhando a pequena Fernanda toda suja de chocolate .
- vamos meu anjinho? Pergunto para Fernanda e a mesma já desce do banco e me dá a mão. Vamos em direção ao carro para podermos ir até onde o cavalo fica. Mesmo a Fernanda estava no modo bebê o amor dela por cavalo não muda. Ela não tem nem medo.
Chegamos rápido até onde os cavalos ficam e encontramos Léo lá
- boa tarde senhorita. Cumprimenta Léo assim que nós vê.
- oi Leozinho. Viemos andar a cavalo. Fala a Marina para o menino novo.
- Claro, dona Fernanda vai quer o mesmo de sempre? Ele pergunta olhando pra ela e a mesma nem da atenção para ele. Olho pra ela e a vejo com um bico nos lábios e de braço cruzados.
- Sim, traz o cavalo dela por favor Léo. Digo respondendo por ela e tentando entender o que aconteceu para ela tá assim. - Vamos Nanda pegar o relâmpago. Falo tentando animar ela. O que dá certo e ela sai correndo até o seu cavalo.
Depois do cavalo devidamente selado e pronto para andarmos. Eu subi primeiro e depois ajudei a Fernanda a subir também. Como ela só gosta de andar na frente eu deixei um espaço para ela se encaixar. Ela olhou para a Marina a espera dela escolher um cavalo para subir. O que não acontece e ela foi logo perguntando.
- Você não vai montar não? Disse bem confusa. - que acolhe um cavalo que a gente te espera. Disse com uma voz fofa.
- Ah meu anjinho, pode ir. Eu não sei andar a cavalo e tenho medo de cair. Disse Marina respondendo a pergunta de Fernanda.
- Se você quiser eu posso montar com você Mari. Ofereceu Léo de bom grado. - posso pegar o ventania ele é o cavalo mais bonzinho que temos aqui. Falou olhando para Marina que estava pensando na possibilidade.
- Se não for te atrapalha eu aceito. Disse sorrindo. Essa interação dos dois não tava deixando Fernanda nada feliz e isso era nítido. Ela toda hora se remexia e resmungava baixinho. Passou alguns minutos e Léo já tinha feito tudo que tinha para fazer, subiu com facilidade no cavalo e ajudou Marina a subir também.
Quando toda estavam nem seus devidos cavalos Fernanda começou a fazer o dela andar e foi na frente. Sendo acompanhada pelo outro. Andamos durante quase uma hora e resolvemos parar no lago. Desci primeiro e depois ajudei a Nanda. A mesma desceu e foi sozinha para a ponta do lado olhar a água. Depois de alguns minutos fui me aproximando e a vi olha pra mim.
- Eles namoram ou algo assim Rafa? Perguntou me pegando totalmente de surpresa. Percebi que dessa vez o modo bebê não estava tão infantil assim. Tenho que relatar isso a Elizabeth.
- Não meu anjo, eles são só amigos de longa data. Por que ? Perguntei realmente interessada em sua resposta.
- Ela não chamou ele pelo nome e os dois montaram no cavalo juntos. Disse me olhando. Ela parecia meio confusa.
- Ah Nanda. Isso não tem nada a ver. Disse me virando pra ela e ela fez o mesmo. -Eu não te chamo por apelidos fofos? Perguntei ela concordou. - a gente não montou juntas hoje? Ela concordou de novo - então. Somos amigas igual eles são amigos. Falo tentando explicar direitinho para ela entender.
- Tem razão. Disse dando um sorriso largo. - vou lá fazer carinho no relâmpago e ventania. Disse já indo correndo em direção aos cavalos.
- Toma cuidado. Grito pra ela escutar e a mesma concorda. Vou em direção a Marina e Léo que estavam sentados e conversando.
Eles me vêem chegando o Léo fala:
- Acho que a pequena Fernanda não foi com minha cara. Disse soltando um riso.
- Ela é assim mesmo. Disse tranquilizando ele. - ela não costuma gostar de ninguém. Tem um gênio muito forte ela baby Nanda. Digo rindo.
- Mas da Marina ela gostou. Disse ele.
- Claro, ela gosta da Marina. Digo sorriso e olhando para a Marina que estava com os olhos arregalados. - Ela me perguntou se vocês eram namorados. Eu logo expliquei a ela o que vocês eram e ela ficou de boa com isso e foi brincar com os cavalos. digo ainda olhando para Marina que parecia pensativa. Somos cortados na conversa com uma Fernanda manhosa e coçando os olhos. Um sinal claro de sono.
- Rafa eu tô com sono, vamos pra casa? Pergunta olhando para mim e ignorando os outros.
- Claro meu anjo. Digo já me levantando. - vem, vamos montar no cavalo para voltarmos. Digo pegando a mão dela para irmos até onde estava o animal. Os outros dois nós acompanharam em silêncio e logo chegamos em casa. Nós despedimos dos dois e fomos para o quarto da Fernanda. A mesma não fez nem manha para tomar banho. Logo entrou no banheiro para me esperar. Dei banho nela e depois tomei um banho rápido. Quando sai do banho vi que Fernanda já estava dormindo. Olhei no relógio e ia dá 22 hora. Cobri ela e fui a procura da minha madrinha. Precisava falar para ela o que eu achava sobre o comportamento da Nanda hoje.
Encontrei minha madrinha perto do jardim.
- Boa noite coroa. Digo não perdendo a oportunidade de fazer ela passar raiva.
- Oi pirralha. Disse me olhando com deboche. - o que devo a honra da sua procura? Perguntou me olhando.
- Queria falar sobre a evolução do infantilismo da Fernanda e o que eu achei sobre o comportamento dela hoje.
Conversamos sobre como foi o dia dela hoje, falei também sobre o que eu vi e sobre o que estava achando sobre a Fernanda nesse pico. Falei sobre ela ter sentido ciúmes da Marina e por poder esta sentindo algo por ela. Ela escutou com atenção tudo e falou que precisava fazer mais exames na Fernanda amanhã. Ficamos mais um tempo trocando idéias e quando fui ver já era meia noite. Fui pro meu quarto, liguei pra Bea ficamos conversando um pouquinho e depois me despedi pois estava muito cansada e precisava dormir. E foi o que eu fiz. Bati na cama e apaguei.

contra a escravidãoOnde histórias criam vida. Descubra agora