O Meu Ômega é um Doidinho

Despedida

|POV Yoongi|

      Meu alfa ficou um pouco mexido por ter que sair amanhã para se apresentar no quartel general, também estou um pouco cabisbaixo, mas tenho que me manter forte para ele não se abalar mais ainda. Tentei animar ele chamando nossos pais para jantar com a gente, funcionou até a hora que eles foram embora já que eles se despediram como se nunca mais fossem ver o alfa, eu hein que exagero.

       Ele ainda me ajudou lavando a louça enquanto eu secava.

       — Yoon.

       — Hm?

       — A moça que eu comprei as coisas pensou que era aniversário do meu filho. — olhei ele. — Achei engraçado já que não temos filhos.

       — Nunca falamos disso, né? Bom, eu não lembro.

       — Realmente nunca falamos, eu acho que seria melhor depois que você terminasse o curso de pedagogia.

       — Falta só um ano.

       — Você está sugerindo termos um, ano que vem? — parei de secar para olhar ele.

       — Só comentei, não é que eu esteja sugerindo.

       — Por mim seria uma boa, mas eu vou estar no exército como vamos fazer o bebê? — ele ficou confuso, eu apenas ri.

       — Não queime seus poucos neurônios com isso.

       — Mas eu não entendi como iremos fazer ele.

       — Moço, a gente deixa pra fazer ele quando você sair do exército.

       — Uh, é mais fácil mesmo. — apenas ri baixo e continuei guardando tudo. — Eu terei trinta anos... Yoon?

       — Hm?

       — Hoje é nossa última noite juntos...

       — Não é, você e nem eu vamos morrer. — guardo o último copo.

       — Grosso, você entendeu.

       — Não sou grosso, nem grande. — sorri e olho ele. — Quê? Eu sou pequeno em todos os sentidos.

       — Pare de fazer essas coisas. — beliscou um dos meus "pneuzinhos".

       — Ai! — dou um tapinha na mão dele. — Não sei se podemos, estou enjoado.

       — O jantar não fez bem?

       — Acho que foi o jantar de ontem.

       — De ontem?

       — É, desde hoje de manhã que estou com enjoos.

       — Você já tomou um remédio?

       — Sim, um antiácido.

       — Tudo bem, bebê. Podemos só ir dormir mesmo.

       Olhei ele acabando de lavar a última panela, Taehyung sempre foi muito compreensível com isso, não precisa eu ter uma justificativa para não fazermos, basta dizer que não quero e pronto. Claro que não ia negar isso, sei que ele só quer ficar juntinho de mim cada segundo, só não vou dizer isso para não alegrar ele muito. Meu alfa é uma eterna criança agitada, sempre que ganha um sim para suas vontades fica animado de mais.

       — Terminei aqui. — falou secando as mãos.

       — Vamos lá fazer suas malas.

       — Não vou precisar de muitas coisas, vamos fazer apenas duas mochilas.

       — Claro, podemos fazer uma necessaire com produtos de higiene.

       — Boa ideia, meu bem. — beijou minha testa, sorri envergonhado.

       — Podemos fazer antes de irmos dormir.

       — E o que vamos fazer agora?

       — Podemos fazer. — olho ele.

       — Fazer? Mas na-... Ah, sim! Entendi. — sorriu pequeno. — Mas e seu enjôo?

       — Não está como hoje de manhã.

       — Amor.

       — Eu quero, você sabe que eu não faço só por você.

       — Então a gente faz. — me assusto com ele me pegando no colo. — Que leve.

       — Leve nada, eu estou com sessenta quilos.

       — Que leve. — sorri antes de beijar ele.

       — Ele continuou andando às vezes topando com as paredes me fazendo resmungar.

       — Oras, pare de me bater contra as paredes!

       — Foi mal, bebê. — riu antes de voltar a me beijar. Senti minhas costas encontrarem o colchão macio de nossa cama. — Yoon, como você quer?

       — Hoje não tenho preferência, podemos fazer como você quiser. — abraço o pescoço dele.

       — Vamos fazer bem devagarinho então, quero algo fofo.

       — Mas sexo não é fofo. — dou um peteleco nele.

       — Não estrague o clima, meu bem. — finalmente ele começou tirar minhas roupas com pressa.

       — Taehyung, deixa eu tirar a sua roupa primeiro.

       — Claro, meu bem. — nos viro rápido e começo a fazer isso. — Que mãos ágeis.

       — Shhh, alfa. — ele ainda conseguiu tirar minha camisa antes que eu tirasse a calca dele. Enfim o deixo nú, meu marido pode até ser um pouquinho dodói, mas tem um corpo magnífico.

       Faça qualquer coisa comigo, amor. — afirmei sorrindo, comecei a beijar o corpo dele como sempre faço quando ele diz isso, um aperto aqui, uma mordida ali, mas sempre com cuidado para não marcar muito.

       — Você sabe que não tenho todo esse cuidado contigo. — senti umas carícias em minha coxa.

       — Sei, você tem que parar de me deixar todo chupado.

       Ele sorriu e me puxou para o beijar. A partir daquele momento começamos realmente a fazer sexo, foi bastante prazeroso para ambos como sempre é, ele sempre atento às minhas reações e sensações, sempre disposto a deixar meu prazer em primeiro lugar.

       Não podemos ir dormir depois de termos terminado, fomos juntos arrumar as mochilas e deixar tudo prontinho para amanhã. Dormimos abraçados, mas diferente das outras noites, dessa vez ele quem estava dentro da conchinha recebendo meus carinhos.

       De manhã foi um verdadeiro sufoco, meu alfa ficou mais chorão que o normal, foi escovar os dentes chorando, tomou banho chorando, tomamos o café da manhã com ele chorando, até dirigiu para o quartel chorando.

       — Vida. — ainda não tínhamos soltado as mãos, estávamos de frente ao grande portão do quartel.

       — Tae, não chore. — beijo os olhos dele. — Iremos nos ver logo, eu prometo...

       — Eu não quero ficar longe de você. — beijou meu pescoço.

       — Entra, amor. — nossas mãos foram se soltando lentamente. — Se cuida, tá? Por favor, não deixe de se alimentar..

       Meu coração se apertou ao ver ele indo.

       — Se cuida também, minha vida. Eu te amo, Yoon.

       — Volta inteiro pra mim, tá bom? Pelo amor de Deus não entre na frente de um tanque de guerra!

       — Eu vou me cuidar, eu prometo. — limpou os olhos.

       Quando ele entrou lá, me senti majs sozinho ainda, olhei para nosso carro e fui entrar.

       — Já estou com saudades.. — fungo baixo, ligo o carro e fui embora pra casa.