Juntos

228 27 3
                                    

|POV Taehyung|

Passei a manhã toda preso no escritório de alistamento. Minha única saída era fazer trabalhos comunitários, então aceitei sem palpitar muito, não quero imaginar voltar para aquele lugar. Voltei para casa tendo a surpresa de encontrar meu ômega de pé fazendo trabalhos domésticos, bom, pelo menos ele não se machucou.

Agora estamos saindo para visitar nossa pequena Ômega, esses tempos estão sendo complicados não só para mim, ter um filho é um sonho que se tornou realidade de uma forma inesperada... o Yoongi pensa que não vejo, mas todas as noites ele chora antes de dormir, acho que por medo de perdermos ela... bom, eu também tenho medo, mas acredito na força dela.

O médico vem nos enchendo de esperanças, sempre ligando ou mandando mensagens avisando o estado dela e sempre são notícias boas, ela finalmente está crescendo devidamente, ganhando peso também.

- Acha que vamos conseguir trazer ela?

- Hoje eu não sei, amor. - respondi sem tirar os olhos do trânsito

- Eu quero minha filha... ouvir a respiração dela todo momento pertinho de mim.

- Esse é meu desejo também, tenha certeza que vamos fazer isso, meu amor. - seguro a mão dele. - Nossa bebê vai ficar bem, será uma bela ômega quando for mocinha.

- Ela será sim. - ouvi um riso baixo. - Temos que comprar uma casa maior, a nossa não tem espaço para uma criança.

- Iremos dar um jeito nisso, vamos focar no agora.

- Certo, então. - ele ficou alisando minha coxa, mania que a convivência nos deu. - Estou com dor.

- Está? Quer parar em algum lugar?

-Não, eu quero chegar logo no hospital e ver minha filha.

- Nossa filhotinha. - falei bobo. - Ontem ela pareceu reconhecer você.

- Claro que ela conhece, eu dei a vida pra ela.

- Eu quem fiz.

- Eu quem pariu.

- Mas não teria o que parir se eu não tivesse feito.

- Mas o importante é que eu a tive sozinho.

- Fez com o dedo foi?

- Foi. - falou rindo.

- É? E como foi então?

- Uma noite mágica.

- Seus dedos são tão pequenos que é impossível você gozar usando eles.

- Pra você ver, fiz uma filha. - ri baixo, esse ômega hein.

- Ômega besta, hein.

- Tempo suficiente vivendo com você.

- Óia! - ele riu. - Amor, não lembro quando fizemos ela.

- Quando você foi para o exército eu já estava grávido, então foi no seu cio mais ou menos.

- Daquela vez que eu te peguei na cozinha?

- Acho que foi na garagem, eu estava lavando e você chegou dizendo que estava em rut e já foi me agarrando.

- Então fizemos ela na garagem?

- Acho que sim. - deu de ombros.

- Uau que romântico. - ri baixo. - Pensando bem, foi a única vez que fizemos sem preservativo.

- E você não me deu tempo de tomar remédio, mas confesso que não lembrei desse detalhe já que tinha um alfa enorme me pegando de jeito.

- Pelo menos foi gostoso.

- Não foi você quem pariu. - resmungou.

- Não quer mais passar por isso?

- Esquece, Tae, você não enfia mais esse negócio em mim sem proteção.

- Você quer fazer laqueadura?

- É mais fácil você comprar preservativo ou fazer vasectomia.

- Podemos falar disso depois, chegamos. - desligo o carro.

- Vamos lá.

- Calma, eu te ajudo. - desci apressado e fui ajudar ele a descer do carro com cuidado. - Isso devagarinho.

- Vamos logo.

- Você não pode só sair andando, calma. - seguro na cintura dele para dar apoio.

- Eu quero ver ela.

- Iremos ver. Paciência. - fui ajudando ele o tempo todo.

Na recepção todos já nos conheciam por ali, então passamos direto para o berçário onde ela ficava.

- Cadê ela? - encostamos no vidro. - Ali, Tae, olha nossa neném ali.

- Sim, amor, nossa princesa. - sorri a olhando. - Ela está crescendo mesmo.

- Está sim. - alisou o vidro. - Amorzinho? Seus papais estão aqui, bebê.

- Vou chamar a enfermeira para pegar ela.

Eu vou ficar aqui esperando, falou me olhando.

- Ok, amor. - dei um selinho nele e fui atrás da moça que sempre nos recebia.

Uns minutos depois voltei com ela, a mesma falou com meu ômega e entrou na sala para pegar a pequena.

O sorriso do meu esposo era impagável, ele ficava feliz como nunca antes toda vez que pegava a pequena nos braços.

- Enfermeira, o médico está? - perguntei mudando a vista do meu ômega que amamentava.

- Está sim, quer que eu o chame?

- Por favor, senhora. - ela fez uma referência e saiu para ir chamar o médico.

- Ela está mamando direito?

- Está sim, essa gulosa. - cheirou a mãozinha dela. - Que dedinhos fofos.

- Parece que ela vai mesmo ficar com a mãozinha torta. - falei me sentando ao lado deles.

- Não tem problema, o importante é que isso não interfira na saúde dela, isso será apenas um detalhe único dela.

- Com certeza, meu amor. - beijei a testa dele. - Você é um bom omma.

- Sou é? - me olhou.

- Claro que é. - sorrimos juntos.

- Mandaram me chamar? - olhei o médico.

- Boa tarde, doutor. - levantei e fiz uma referência. - Como está nossa filha?

- Muito bem na verdade, ontem estive pensando juntamente com enfermeiras e acreditamos que ela já pode ir para casa.

Meus olhos faltaram saltar pra fora, fiquei incrédulo do que ouvi, finalmente poderíamos levar nossa filha para perto de nós!

- Está falando sério? Eu posso levar ela agora mesmo? - meu ômega estava com os olhos cheios.

- Sim, mas vocês estão conscientes que ela deve ter o dobro de cuidados, tragam ela com frequência para vermos como está se desenvolvendo.

- Sim, senhor! Anda, Tae, vamos embora.

- Calma, amor. - não conseguia conter a alegria, minha vontade era de chorar de tamanha felicidade.

Lógico que agradeci ao médico todos os cuidados dele até aquele momento. A enfermeira me devolveu a bolsa da bebê que deixamos ali para cuidarem dela e, com o cuidado redobrado, fui os levando para o carro.

Bastou meu ômega entrar no carro que o choro veio livre, embora eu quisesse muito chorar também, estava ocupado em prestar atenção no trânsito e sorrir.

Finalmente estamos voltando pra casa com nossa princesa.

O Meu Ômega é um Doidinho Onde histórias criam vida. Descubra agora