|POV Yoongi|
Haviam se passado algumas semanas desde que voltei para casa, infelizmente minha bebê ainda não pode vir devido a sua prematuridade grave. Eu vou todos os dias amamentar ela, mesmo que isso signifique dor já que passei por uma cesariana de emergência e ainda não me recuperei totalmente.
Hoje estou sozinho aqui em casa, minha sogra está gripada, meu alfa está resolvendo a questão de ser dispensado do serviço militar e eu fiquei aguardando ele chegar para irmos ver a nossa filha. Enquanto ele não dava as caras, fiquei fazendo o almoço para comermos antes de irmos para o hospital, fazer essas tarefas se tornaram raridades já que ninguém deixa eu fazer nada.
Eu entendo que todos querem apenas me ajudar, mas eu não pedi ajuda para essas coisas simples do dia a dia, se eu consigo fazer não preciso de ninguém. Agora ter ajuda na hora de lavar as roupas, eu aceito de boa, não consigo lavar sem sentir muita dor.
Coloquei as panelas na mesa já com o almoço prontinho e fui lavar tudo que sujei. Hoje, fiz tudo que meu alfa gosta de comer, um arroz simples acompanhado de barriga de porco e salada.
— Céus, sujei quase tudo do armário!
Eu não tenho muita louça, afinal são apenas duas pessoas na casa, eu tenho um conjunto de panelas, uns dez pratos, poucos copos e um conjunto de talheres. Um sorriso besta surgia em meus lábios ao imaginar que daqui uns meses teremos que comprar coisinhas de plástico para nossa bebezinha se alimentar também, já até penso em que cor comprar, acho que será rosa bebê.
Teremos também que comprar uma casa maior, o berço juntamente a cômoda dela estão no nosso quarto já que não temos um cômodo sobrando para fazer um quartinho. Enquanto ela for bebê não tem problema algum, ela pode ficar no mesmo quarto que a gente até os dois aninhos, depois disso teremos que já ter uma boa reserva para a casa nova.
— Amor, cheguei em casa! — ouvi meu alfa chamar.
— Então, entra. — respondi sem sair da louça.
— Por que está lavando isso? Cadê minha mãe?
— Estou lavando porque eu quero e sua mãe está gripada e foi embora.
— Não seja grosso com seu alfa. — me abraçou por trás sem apertar muito.
— Não fui, eu falei a verdade, ué.
— Eu te amo, sabia? — beijou meu pescoço.
— Eu sei, agora toma e vai secar a louça — dou o pano de prato para ele.
— Poxa, amor. — riu baixo e começou a secar. — Amor, você não vai dizer que me ama?
— Eu não. — resmungo.
— Então eu vou ficar emburrado no cantinho. — olhei ele com meu desinteresse rotineiro. — Diz que me ama.
— Você não pode me obrigar.
— Não me ama mais... Eu entendo agora, você quer apenas meu corpinho gostoso.
— Seu corpinho é gostoso mesmo. — ri baixo, ele apenas sorriu também. —Eu também te amo, agora pare de me encher.
— Que delícia de neném. — começou a me encher de beijos, mesmo eu resmungando ele não parava. — Eu te amo muito, muito mesmo.
— Deixa de ser besta, Tae, fiquei todo sem jeito agora. — corei fortemente.
— Assim eu vou morder. — mordeu minha bochecha.
— Ai, amor. — choramingo. — Não pode me morder, virou cachorro?
— Você é uma graça, amor. — beijou o local.
— Pare de ser besta e me diga como foi lá, conseguiu ser dispensado?
— Levei os seus exames e os da bebê para comprovar que preciso ficar com vocês.
— Mas e aí? Deu certo?
— Mais ou menos, eles reconhecem que preciso ficar com vocês, mas não querem me dispensar por completo.
— Qual a condição deles?
— Trabalho comunitário.
— Isso é tranquilo, você pode fazer isso.
— Também acho, inclusive já aceitei a proposta deles.
— Ótimo, bem melhor do que você voltar para o quartel general.
— Sim, mas agora pare de lavar isso aí e vá sentar um pouco.
— Só falta essa frigideira.
— Eu lavo, chega pra lá.
— Não, caladinho! — continuei lavando.
— Teimoso.
— Sou mesmo. — dou para ele secar e fui sentar. — Vem almoçar.
— Estou indo, amor. — deixou as louças de lado e veio se sentar.
— Ei, Tae. — faço o prato dele, algo que sempre gostei de fazer.
— Pode dizer, meu bem.
— Você está necessitado?
— Necessitado? De que, amor?
— Você sabe, faz tempo que não fazemos nada.
— Ah sim, você está falando de sexo? — afirmei. — Não, amor, eu estou de boa.
— Tem certeza? A última vez foi antes de você ir para lá.
— Mas agora meu ômega está operado, então não passa pela minha cabeça fazer algo nesse momento.
— Acho bom, se você me trair eu vou cortar teu pau com os dentes.
— Não fale isso, eu não vou te trair, amor, nosso relacionamento nunca foi apenas sexo.
— Mas alfas são animais, só pensam com a cabeça de baixo.
— Eu sou seu, bebê, devia saber que eu não sou igual a todos.
— É, mas não custa relembrar... — coloco suco pra ele.
— Não precisa ficar pensando nisso, eu sou apenas seu. — me roubou um selinho na maior cara de pau. — Que olhinhos miúdos.
Corei levemente, eu não sou tão durão.
— Come sua comida, alfa besta.
— Fofo. — começou a comer.
E ele passou todo o tempo me provocando, ele sabe perfeitamente como me deixar corado, não sei lidar com elogios, pior ainda se forem da pessoa que mais me importa a opinião.
Mas claro que não deixei barato, às vezes dava uns beliscões para ele se orientar, mas isso servia apenas para as provocações continuarem.
— Alfa besta! Anda termine de comer e vamos logo ver nossa filha.
— Estou acabando, amor. — começou a comer mais rápido, ele ama ir ver a filha.
— Acho bom. — levantei com cuidado e fui pegar meu boné lá no quarto.
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O Meu Ômega é um Doidinho
FanfictionOnde um alfa não é imponente, superior ou machão. aqui o ômega não é nada sensível ou chorão. Onde Taehyung é um alfa de vinte e oito anos e um louco apaixonado pelo seu ômega. Onde Yoongi é um ômega de vinte anos bem durão, que briga com seu alfa...