Capitulo 9

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"𝐀 𝐛𝐨𝐚 𝐦ú𝐬𝐢𝐜𝐚 𝐧𝐮𝐧𝐜𝐚 𝐬𝐞 𝐞𝐧𝐠𝐚𝐧𝐚, 𝐞 𝐯𝐚𝐢 𝐝𝐢𝐫𝐞𝐢𝐭𝐚, 𝐛𝐮𝐬𝐜𝐚𝐫 𝐚𝐨 𝐟𝐮𝐧𝐝𝐨 𝐝𝐚 𝐚𝐥𝐦𝐚 𝐨 𝐝𝐞𝐬𝐠𝐨𝐬𝐭𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐧𝐮𝐧𝐜𝐚 𝐝𝐞𝐯𝐨𝐫𝐚"

"𝐀 𝐛𝐨𝐚 𝐦ú𝐬𝐢𝐜𝐚 𝐧𝐮𝐧𝐜𝐚 𝐬𝐞 𝐞𝐧𝐠𝐚𝐧𝐚, 𝐞 𝐯𝐚𝐢 𝐝𝐢𝐫𝐞𝐢𝐭𝐚, 𝐛𝐮𝐬𝐜𝐚𝐫 𝐚𝐨 𝐟𝐮𝐧𝐝𝐨 𝐝𝐚 𝐚𝐥𝐦𝐚 𝐨 𝐝𝐞𝐬𝐠𝐨𝐬𝐭𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐧𝐮𝐧𝐜𝐚 𝐝𝐞𝐯𝐨𝐫𝐚"

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Após guardar as coisas do piquenique e ir embora do parque, cheguei em casa morta. Não fiz nada de cansativo, mas só de sair eu já me canso. Gente preguiçosa é assim.

Tracey mal chegou em casa e já saiu de novo, acho que foi no shopping com Aruna, já Aurora foi para o seu quarto. Eu também queria muito ir pro meu quarto e dormir, mas não posso, preciso sair de casa daqui a uma hora pra chegar no restaurante no horário.

       (...)

O resto do sábado ocorreu bem. Paloma me chamou pra dar uma esticadinha com ela e as meninas do trabalho, mas eu estava cansada demais. Tá! confesso, eu só não queria ir mesmo. Minha bateria social foi toda embora no piquenique.

No domingo, a rotina foi como sempre. A noite, Tracey saiu para ir à balada com Aruna e eu e Aurora ficamos comendo pipoca e assistindo pela milésima vez o mesmo filme de romance.

— Não acredito que você está chorando. Não é nem a primeira vez que a gente assiste esse filme! — Aurora diz indignada. A encaro feio com os olhos encharcados.

— Para! Ele continua sendo emocionante todas às vezes que eu vejo. — Digo secando as lágrimas do rosto. Não consigo não chorar assistindo a esse filme. Choro todas às vezes quando chega a parte final e o mocinho morre.

— Sua vida é muito triste, Maya. — Rora fala me encarando e balançando a cabeça. Minha vida é triste?

— Como? — Pergunto confusa.

— Você está assistindo um romance com final triste e chorando em pleno domingo. Você não está trabalhando hoje, poderia estar em uma festa, uma balada, não sei. Mas você tá aqui no sofá assistindo filme com sua irmã mais nova.

— E qual o problema disso? — Pergunto ainda sem entender. Eu amo assistir filmes com minha irmã nova, é muito melhor do que qualquer festa.

— Nenhum, mas se eu fosse você parava um pouco de ver a vida das pessoas nos livros e nos filmes e ia viver a sua vida. Ou até o seu romance. — Faço uma careta. Amo romance em livros e filmes, agora viver um? Não, obrigada. Até queria, mas nos dias de hoje é mais fácil ler do que viver.

— Para de falar besteira, Maya. — Tiro do filme, já que depois da cena mais triste do mundo dos filmes ele acaba.

— Não é besteira. Eu tenho 14 anos e tenho uma vida mais animada do que a sua. — Coloco a mão no coração completamente ofendida. Precisava disso?

— Mentira que você não tem nada, hoje é domingo e você tá aqui sem compromisso assistindo filme comigo.

— Sem compromisso, é... — Rora diz erguendo a sobrancelha e baixando a cabeça. Espera, ela tinha um compromisso? — Quer saber, vamos animar um pouco isso. — Aurora pega o controle da minha mão e coloca no YouTube.

A Culpa É Do VizinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora