Capitulo 10

6 2 1
                                    

"𝑶 𝒑𝒓𝒊𝒎𝒆𝒊𝒓𝒐 𝒂 𝒑𝒆𝒅𝒊𝒓 𝒅𝒆𝒔𝒄𝒖𝒍𝒑𝒂𝒔 é 𝒐 𝒎𝒂𝒊𝒔 𝒄𝒐𝒓𝒂𝒋𝒐𝒔𝒐. 𝑶 𝒑𝒓𝒊𝒎𝒆𝒊𝒓𝒐 𝒂 𝒑𝒆𝒓𝒅𝒐𝒂𝒓 é 𝒐 𝒎𝒂𝒊𝒔 𝒇𝒐𝒓𝒕𝒆. 𝑬 𝒐 𝒑𝒓𝒊𝒎𝒆𝒊𝒓𝒐 𝒂 𝒆𝒔𝒒𝒖𝒆𝒄𝒆𝒓 é 𝒐 𝒎𝒂𝒊𝒔 𝒇𝒆𝒍𝒊𝒛."

O resto da noite foi ótima

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

O resto da noite foi ótima. Terminamos de comer as panquecas e assistimos a um filme de comédia. Tracey chegou quase na metade do filme e assistiu conosco. Ela chegou mais cedo por estar com dor de estômago.

Depois do filme, cada uma foi para o seu quarto. Fui para o meu e coloquei meu celular para carregar na mesinha ao lado. Quando eu ia fechar os meus olhos para dormir, meu celular apita uma notificação.

— Uff! — Murmuro. Esqueci de baixar o volume. Minha hora do sono é sagrada, por isso sempre deixo ou o celular desligado, ou no silencioso.

Pego o celular e vejo que é uma notificação do contato salvo como "Lucca Vizinho" Ele não poderia deixar pra pedir o número de Rora amanhã?

Ah vai Maya, não seja tão amarga! Ele não ligou ou coisa do tipo, só mandou uma mensagem, só. Abro a mensagem e vejo o que ele mandou. É o link de uma música. Respondo.

"Ok. Vou mandar pra Aurora."

Em questão de segundos ele responde.

"Não, essa é pra você ouvir. Acredito que faz mais o seu tipo."

Faço uma careta estranha para o celular. Me viro de lado na cama e clico no link. Estou surpresa por ele se "preocupar" em mandar uma música mais do meu tipo. Enfim, espero que ele não esteja brincando com a minha cara. O link que dá no YouTube começa a rodar e logo a música começa.

É uma música em português, mas no vídeo tem uma tela já mostrando a tradução em inglês. Dou um leve sorriso ouvindo a música e lendo a tradução "Tu que tem esse abraço casa, se decidir bater asa, me leva contigo pra passear" Essa sim eu gostei, amei na verdade. É bem bonita.

Quando a música acaba, saio do YouTube e coloco no contato de Lucca. Uma coisa boa ele fez, me apresentou uma música legal.

"Gostei da música, é legal. Estranho"

Não me contenho em chamar ele de estranho. Ah, ele já falou tanta coisa, que um "estranho" não é praticamente nada. Lucca responde.

"Por quê estranho, Maya?"

Penso. Bom, porque ele é estranho.

"Porque você é. Nem me conhecia direito e me tratou como um sem educação."

Não acredito que é quase meia noite da madrugada e eu estou aqui tirando satisfação do porque ele foi sem educação comigo.

"Eu não te tratei como um sem educação. Você que agiu como uma irritante"

Irritante? Irritante como?! Eu literalmente fiz e dei biscoitos pra esse moço! Fui a vizinha mais gentil que ele poderia ter, mas ele me achou irritante. Irritante! Respondo com pressa.

"Irritante? Você com certeza deve ser muito amargurado da vida. Não tenho problema nenhum se você não gosta de biscoitos, se gosta de música alta, tanto faz! Mas suponho que ser educado com as pessoas é o mínimo que você pode fazer."

Faço questão de colocar um ponto final. Ele demora alguns minutos para responder, mas reponde.

"Ok, ok. Desculpa. Não agi bem desde que te conheci, fui um completo babaca. Enfim, peço que me desculpe e prometo usar a educação que a minha mãe me deu"

Dou um leve sorriso satisfeita. Respondo.

"Ok, aceito suas desculpas."

Ele responde.

"Ótimo estressadinha. Boa noite"

Estressadinha? Ele não consegue mesmo ser como qualquer outro vizinho normal. Educado, porém recatado. Respondo.

"Boa noite, estranho."

Bom, chumbo trocado não dói. Se ele pode me chamar de estressadinha, eu posso chamar ele de estranho. Mais do que justo. E ao contrário dele, eu não menti. Ele é estranho mesmo.

Dessa vez desligo o meu celular, coloco no carregador e fecho os meus olhos para finalmente poder dormir.

(...)

Na segunda feira aconteceu tudo como sempre acontece nos dias de semana. A diferença foi que recebi uma encomenda. O porteiro me avisou. Achei muito estranho porque eu e as meninas não compramos nada pela internet.

Quando peguei a caixa e a trouxe para o meu apartamento, percebi que ela não tinha um remetente. Apenas tinha um papel na frente que dizia "Para Maya Almendra" Não era nada de compra. O porteiro disse que um homem trouxe e não disse quem tinha me mandado.

Me sentei no sofá e comecei a abrir a caixa de papelão lacrada. Sem paciência a rasguei de uma vez. Dentro da caixa tinha outra caixa, dessa vez uma média de veludo. A abri me dando de cara com um colar choker cheio de pérolas brancas, algumas das pérolas compõem flores na choker. É linda.

Pego a choker na mão para a ver melhor. Quem mandou isso? Será se foi minha tia? Estranho, porque acredito que ela teria ligado para me avisar ou até mesmo subido. E se for para outra Maya Almendra? Não, seria muita coincidência ter outra Maya Almendra no prédio e eu não saber.

— Quem diabos me mandou isso? — Digo para mim mesma. É lindo, queria muito colocar pra ver como fica, mas só vou fazer isso quando eu souber que me deu. Sei lá, muito estranho me darem um presente e não falarem quem é.

Sem contar que minha lista de pessoas que poderiam me dar presentes é bem limitada. Minha tia, o namorado da minha tia, o que eu duvido muito. Paloma e as meninas do trabalho. Se Tracey e Aurora me dessem, elas mesmas me dariam na minha mão.

— Só comigo que acontece essas coisas. — Digo respirando fundo. Ganhei um presente lindo, mas não vou usar porque não sei quem me deu. Guardo a choker na caixa de veludo e coloco no meu quarto. A caixa de papelão rasgada, jogo no lixo.

Vou até à cozinha e pego o interfone, disco para ligar para o térreo, mais precisamente para o porteiro. Em poucos segundos ele atende.

— Oi! Senhor Willians. O senhor sabe mais sobre quem entregou a caixa pra mim? — Ouço o homem bufar por trás da linha. Preguiçoso.

— Não, só sei que um homem que trabalha com entregas trouxe. Ele só disse que era para entregar pra Maya Almendra. — Responde.

— E não tem outra Maya Alemendra no prédio? — Consigo ouvir um murmuro. Os funcionários desse prédio não são as pessoas mais gentis do mundo.

— É cada pergunta que essas pessoas me fazem. — Ele sussurra, mas eu escuto. Me controlo para ficar de boca fechada. Não quero arranjar confusão com o porteiro. — Não, só tem você de Maya no prédio. Tanto Maya quanto Almendra.

— Ok, só isso mesmo. Obrigada! — Desligo a ligação e mordo de leve o meu lábio. Agora não sei o que fazer.

Vou ligar pra Paloma e para minha tia para saber se foi alguma das duas que me mandou essa choker. Quero muito usar ela, já que é bastante bonita! Mas só vou fazer isso quando eu descobrir quem me deu.

━━━━━━━━❪❃❫━━━━━━━━

Gente, a música citada no capitulo é "Trevo (tu) AnaVitória" (MÍDIA)💜🍇

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Dec 16, 2022 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

A Culpa É Do VizinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora